"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Oração para um Feliz Ano Novo

Senhor Deus, dono do tempo e da eternidade,
teu é o hoje e o amanhã, o passado e o futuro.

Ao iniciar mais um ano,
paro minha vida diante de teu calendário,
que ainda não comecei, e te apresento estes dias,
que somente tu sabes se chegarei a vivê-los.

Hoje, te peço para mim
e para todos os meus familiares,
parentes e amigos, a paz e a alegria,
a fortaleza e a prudência,
a lucidez e a sabedoria.
Quero viver cada dia com otimismo e bondade,
levando por toda parte
um coração cheio de compreensão e paz.
Que meu espírito seja repleto somente de bênçãos,
para que as derrame por onde eu passar.

Enche-me de bondade e alegria,
para que todas as pessoas
que eu encontrar no meu caminho
possam descobrir em mim um pouquinho de ti.

Dá-me um ano feliz e ensina-me a repartir felicidade.
Amém!

Com carinho fraterno
Tony Mendes

De A a Z um nome que seu filho não quer ter


Na contramão dos livros que sugerem nomes para os filhos dos outros, Prodoctor investiu na pesquisa e trouxe para você, caro leitor, algumas sugestões de nomes que seu filho não quer ter, e que estão por aí assustando ouvidos incautos e trazendo alegria ao fígado alheio.

A – Abecê Nogueira, Antônio Dodói, Argonauta Sucupira, América do Sul Brasil Santana.

B – Baião de Dois Azevedo, Benemérita do Rêgo Grande, Barrigudinha Seleida, Brasil Valente, Brasil Guarani das Missões.

C - Cavalo Antônio, Chevrolet da Silva Ford, Colapso Cardíaco da Silva, Cólica de Jesus, Comigo é Nove na Garrucha Trouxada.

D – Delícia Costa Melo, Dinosauro Carlos da Silva Rios, Diva Gina dos Santos, Doctor Bravo Mendes, Divina Anunciação.

E- Éter Sulfúrico Amazonino Rios, Epílogo Campos, Exolvidres Ponta Fina Amolador da Ponta Grossa, Eva Gina Melo.

F – Faraó do Egito de Souza, Flávio Cavalcanti Rei da Televisão Brasileira Nogueira, Fé Esperança e Caridade.

G - Gêngis Khan Camargo, Gerunda Gerundina Pif Paf Guimarães Peixoto, Gilete Queiroga de Castro, Gol Santana da Silva, Gueythysmayny Silva Brasileiro, Gywalraydy Silva Brasileiro.

H – Himeneu Casamenteiro das Dores Conjugais, Hiprafodito da Silva, Holophontina Raimunda dos Prazeres.

I – Ib de Deus Silva, Ilegível Inelegível da Silva, Inocêncio Coitadinho Sossegado, Ita Missa Est.

J – Janeiro Fevereiro da Silva Março, João Bebe Água, João Sem Sobrenome, João Gonzaga do Imposto de Renda.

K – Koala da Silva e Castro, Kanaatan de Moura, Kruagten de Moura.

L – Lança Perfume Rodo Metálicos de Andrade, Lisarb César Estrela, Luz do Sol Clemente, Lúcifer Maria da Conceição.

M – Maria Privada de Jesus, Magnésia Bisurada do Patrocínio, Mijardina Pinto.

N – Naída Navinda Navolta Pereira, Napoleão Sem Medo e Sem Mácula, Numa Pereira do Vale, Nacional Futuro Provisório.

O – Oceano Atlântico de Sá, Oceano Pacífico de Sá, Optatus Nehemias Eustáquio, Orbilantina de Paula.

P – Pacífico Pacato Cordeiro Manso, Pedro Leva Tapa Na Cara de Almeida, Placenta Maricórnia, da Letra Pi.

Q – Quodwalt Deus Gomes Vinha.

R – Restos Mortais de Catarina, Remo Longo, Remédio Amargo, Radjamontes Brasil, Rolando Caio da Rocha, Rolando Pelas Estradas Abaixo.

S – Saber Abreu, São Sebastião do Rio de Janeiro, Suplício Medeiros, Sousabrasil Madeira de Lei, Sérgionivebaldo de Fonseca.

T – Tfernandes Laurindo, Talher Araújo, Tanajura Vai Com As Outras, Telésforo Gamado da Silva, Tom Mix Bala, Treze de Maio de 1888.

U – Último de Carvalho, Último Vaqueiro,Um Dois Três de Oliveira Quatro, Universo Cândido, Urano Magalhães.

V – Vandregésimo Solteiro, Verme Marques.

W – Washington Luis Moço, Waterloo Napoleão de Lima.

X – Xisto Betuminoso Zeno Valoes, Xilderico Alarico de Freitas.

Y – Yolanda Picão, Yokaanam Oceano de Sá.

Z – Zinder Esculágio, Zorro da Silva.


Extraído do livro “Nomes pouco comuns” de Nelson Souto Mayor

Arthur e a guerra dos dois mundos - Luc Besson

Último volume da série infanto-juvenil do cineasta e escritor francês Luc Besson. M., o Maldito, aproveitou a abertura do raio da Lua para crescer e passar para o mundo dos humanos e, agora, essa criatura abominável mede mais de dois metros e está decidida a conquistar novas terras. Mas será que vale a pena lutar contra um monstro gigantesco quando se mede apenas dois milímetros de altura?

Arthur e os minimoys - Luc Besson

Arthur é um garotinho de 10 anos às voltas com os problemas do mundo dos adultos. Seu avô está misteriosamente desaparecido, seus pais estão sem trabalho, e sua avó está prestes a perder a casa para um empresário maldoso. Mas nem tudo está perdido. Arthur sabe de um segredo que pode salvar a casa de sua avó - um tesouro escondido em algum lugar do jardim. Como encontrá-lo? Com muita aventura e fantasia, começa a história que leva nosso pequeno herói para um mundo mágico onde vivem pequeninos e encantadores seres - a Terra dos Minimoys.

O Veleiro de Cristal - José Mauro de Vasconcelos

O livro é um convite ao leitor para uma viagem a bordo do "Veleiro de Cristal", uma casa de praia que Edu, garoto de treze anos, transforma em um mágico navio. Após sofrer uma delicada cirurgia, o menino de cabeça grande, aleijado e esquecido pelos familiares luta para superar as dificuldades, velejando nos mares da fantasia, do sonho e da imaginação com a querida tia Anna e os amigos: o tigre Gabriel, a coruja Mintaka e o sapo Bolitrô. História sensível, repleta de poesia que resgata o encontro das coisas mais singelas da vida.

Olga - Fernando Moraes



O livro de Fernando Morais consegue nos colocar em contato com toda a atmosfera de tensão vivida pelos comunistas no Brasil de Getúlio Vargas, em plena década de 1930. Retrocede até antes disso para nos fazer conhecer as origens dessa judia alemã que se juntou aos camaradas russos para tentar propagar a revolução proletária mundo afora. Relata sua vinda para o Brasil aonde veio a trabalhar com Prestes na fracassada tentativa de insurreição conhecida historicamente como Intentona Comunista de 1935.
Independentemente dos resultados das ações desencadeadas pelos comunistas no Brasil, o importante é relatar a história dessa jovem mulher que abraçou uma causa com tanto fervor que teve que verdadeiramente se sacrificar em favor de suas crenças e ideais.
Mulher altiva, de beleza inconteste, oriunda de família bem estabelecida na Alemanha, Olga não se acomodou a uma situação de conforto burguês e resolveu aderir aos movimentos internacionais de trabalhadores. Era a ponte para vôos muito mais altos que passavam necessariamente por Moscou. Reuniões de partido, militância entre a juventude comunista, treinamentos militares, além de grande perícia com as armas acabaram colocando essa militante de olhos claros no caminho da América Latina.
Seu destino parecia irremediavelmente traçado pelo fato de um notável e respeitado líder latino-americano também estar em Moscou, se preparando para deflagrar o socialismo no maior país dessa região do mundo, o Brasil. Tratava-se de ninguém menos que Luís Carlos Prestes. Precedido de enorme fama e de grande consideração pelos próprios russos, em virtude de sua liderança expressiva durante a chamada Coluna Prestes, o ex-militar brasileiro conseguia na União Soviética os recursos e aliados necessários para a revolução proletária no Brasil.
Convocada a participar dessa campanha do outro lado do Atlântico, no hemisfério sul, em terras tupiniquins, Olga viajou ao lado de Prestes como se fosse sua esposa, num transatlântico onde se destacavam grandes figurões do capitalismo internacional e algumas proeminentes figuras do nazismo alemão. Disfarçados de prósperos investidores, viviam a antítese de tudo aquilo que defendiam...
Sua vida se torna ainda mais interessante a partir do momento em que se envolve emocionalmente com o conhecido Cavaleiro da Esperança. De mero disfarce para que não fossem identificados como líderes revolucionários de esquerda, Olga e Prestes acabariam se tornando um casal apaixonado, mesmo que o amor fosse considerado pela alemã como um sentimento burguês que teria que desprezar em sua existência.
Desse relacionamento surgiria uma gravidez e isso tornaria ainda mais dramática e difícil a situação da mulher de Luís Carlos Prestes. Amotinados em 1935, contando com o apoio de uma estrutura que não existia, insuflada pelos sonhos dos milhões de simpatizantes e filiados da sua fachada política conhecida como Aliança Nacional Libertadora (ANL), Olga e Prestes viram ruir o sonho do socialismo no Brasil da década de 1930.
A prisão de seus maiores e mais próximos colaboradores colocou a própria vida dos dois em risco. Aprisioná-los se tornou questão de honra para o virulento Filinto Müller, chefe maior da polícia política de Vargas, encarregado de caçar Prestes a qualquer custo. Capturados, Prestes e Olga foram separados para sempre. O grande elo de sua união permanecia ligado umbelicalmente a Olga, sua futura filha Anita Leocádia Prestes. Apesar disso e de todos os protestos desencadeados em terras brasileiras contra o aprisionamento do casal e particularmente as condições desumanas de vida a que estava exposta a jovem e grávida mulher de Prestes, Olga foi sentenciada ao degredo em seu país de origem, a Alemanha.
E o mais aterrorizante de tudo isso é lembrar que são princípios elementares do nazismo tanto o anti-semitismo (a perseguição aos judeus) quanto o anti-comunismo (que gerou violenta repressão política e ideológica contra os esquerdistas), portanto, o futuro de Olga e de seu bebê pareciam tenebrosos.
Olga é, sem dúvida, uma das maiores contribuições de Fernando Morais para a literatura nacional. Livro de ritmo denso, rico em reconstituições e detalhes, produto de intensa pesquisa em arquivos no Brasil e no exterior, com uma narrativa que faz com que se pareça com uma obra de ficção, encanta o leitor da primeira a última página. Só queremos largar o livro depois de seu final e prendemos o fôlego e as lágrimas várias vezes.

D.Pedro II - José Murilo de Carvalho



D. Pedro II governou o Brasil por quase meio século, de 1840 até a proclamação da República, em 1889. Durante todo esse tempo fez de tudo para se adequar ao padrão de equilíbrio e austeridade do governante perfeito, sempre racional e dedicado aos interesses do país. Mas, em privado, Pedro d'Alcântara passou a detestar cada vez mais as solenidades públicas e viver o exercício do poder como um fardo. É essa figura contraditória, ao mesmo tempo majestática e rebelde, que José Murilo de Carvalho descreve nesta biografia que vai muito além do retrato convencional do imperador imponente, com suas longas barbas brancas e seus penetrantes olhos azuis. 'Ser ou não ser' era o dilema de um homem que oscilava entre a coroa imperial de D. Pedro II e a cartola comum de Pedro d'Alcântara. Dando igual atenção a ambas as facetas do monarca, o historiador o revela como uma personalidade complexa e torturada entre o dever e o desejo, o Estado e as paixões pessoais. Por um lado, ficamos assim conhecendo a atuação política de um monarca que procurou manter a moderação nas lutas políticas do seu tempo, teve a coragem de preservar a liberdade de imprensa e conduziu o Império à vitória na Guerra do Paraguai. Por outro, vem à tona a figura de um homem tímido, oprimido pelo próprio poder, às vezes inconformado com os sacrifícios pessoais que lhe eram exigidos e, sobretudo, nem sempre capaz de conter suas paixões - como a que por décadas o ligou à preceptora de suas filhas, a condessa de Barral.

Enfim ... é Natal !

Que o Espírito de Natal do Cristo vivo
que vai nascer permaneça pelo infinito
em cada um de vocês,
cheio de luz, de paz, de alegria,
de saúde, mas sobretudo com muito amor,
sabedoria e otimismo.
Feliz Natal!

Enem 2009 - Provas e Gabaritos

O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), organizador do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) 2009, divulgou as versões corrigidas do gabarito oficial. Clique nos links abaixo e confira as provas e os respectivos gabaritos:

Amor de Pai

Programa de Computador para deficiente visual

Esta matéria diz respeito a um programa de computador utilizado por pessoas com deficiência visual. O material foca um caso específico, o de Isabela, para mostrar como a tecnologia pode contribuir para a inserção das pessoas cegas no mundo digital.

Inclusão do deficiente visual

Este vídeo mostra como deve ser o processo de inclusão de crianças com deficiência visual.

Escola do Futuro: uma experiência portuguesa

Crescimento da educação a distância

Educação a distância


Apresentação dos ideais da educação a distância (e-learning) e de um grupo de "fazedores destes ideais" Canoas, Rio Grande do Sul, Brasil.
- Texto e Criação por Lígia Futterleib
- Música de fundo: Semente do Amanhã, Gonzaguinha
(Lígia Futterleib é professora da ULBRA/RS)

Considerações de Pierre Lévy sobre Educação à Distância

Smile - Charlie Chaplin - voz de Michael Jackson

Mulheres - Martinho da Vila

A INCLUSÃO EDUCACIONAL DO DEFICIENTE AUDITIVO

A inclusão do aluno com surdez deve acontecer desde a educação infantil até a educação superior, garantindo-lhe, desde cedo, utilizar os recursos de que necessita para superar as barreiras no processo educacional e usufruir seus direitos escolares, exercendo sua cidadania, de acordo com os princípios constitucionais do nosso país. A inclusão de pessoas com surdez na escola comum requer que se busquem meios para beneficiar sua participação e aprendizagem tanto na sala de aula como no Atendimento Educacional Especializado. O aperfeiçoamento da escola regular em favor de todos os alunos é primordial e os professores precisam conhecer e usar a Língua de Sinais, entretanto, deve-se considerar que a simples adoção dessa língua não é suficiente para escolarizar o aluno com surdez. Assim, a escola comum precisa implementar ações que tenham sentido para os alunos em geral e que esse sentido possa ser compartilhado com os alunos com surdez. Mais do que a utilização de uma língua, os alunos com surdez precisam de ambientes educacionais estimuladores, que desafiem o pensamento, explorem suas capacidades, em todos os sentidos. Se somente o uso de uma língua bastasse para aprender, as pessoas ouvintes não teriam problemas de aproveitamento escolar, já que entram na escola com uma língua oral desenvolvida. Trabalho realizado pelo Grupo "Filhos do Silêncio". Componentes: Antonio Mendes, Beatriz Coelho, Elisângela Rocha, Núbia Ribeiro e Vanilton Nunes para a disciplina Inclusão de Tecnologias Assistivas do Curso de Especialização em Tecnologia da Educação da PUC-Rio.

Quer dar uma olhada no trabalho, então, clique aqui.

Crepúsculo - trailer oficial (legendado)

Crepúsculo - 122 min

Isabella Swan (Kristen Stewart) e seu pai, Charlie (Billy Burke), mudaram-se recentemente. No novo colégio ela logo conhece Edward Cullen (Robert Pattinson), um jovem admirado por todas as garotas locais e que mantém uma aura de mistério em torno de si. Eles aos poucos se apaixonam, mas Edward sabe que isto põe a vida de Isabella em risco.


Gentilmente cedido por Thainá Figueiredo Silva - aluna da 8ª A

Educação a Distância: Mitos e Verdades

Que a Educação a Distância cresceu nestes últimos anos ninguém duvida. No entanto muitos estudiosos ainda duvidam dessa modalidade de ensino. A revista Nova Escola (Edição 227) deste mês traz como reportagem de capa uma discussão sobre Educação a Distância. Vale a pena conferir a matéria clicando aqui!

E você, faria um curso a distância? Por que?

Universitários têm déficit de aprendizado

Lixo é luxo (transforme sua vida)

Reciclar e preservar são os verbos que devem ser conjugados neste e em todos os séculos. Com o crescimento desordenado da população, a globalização e a era da informática, vieram os desmatamentos, a poluição dos rios, do ar e mananciais. Tudo isso contribuiu para o surgimento deste projeto que é um grito de alerta para os habitantes do planeta Terra. Está na hora de tomarmos uma posição contra a degradação ambiental! A letra da música "Lixo é Luxo" (tudo se transforma), composta por Cyda Lyma e Antonio Patury, mostra que tudo pode ser reaproveitado - até o lixo, que é um luxo! O objetivo desta letra/alerta é conscientizar cada cidadão da sua responsabilidade com o meio ambiente e a qualidade de vida, porque temos direitos e deveres para tornar o mundo melhor, com paz e união, acreditando sempre no novo e começando nas salas de aula, para que os cidadãos do amanhã possam usufruir de um mundo infinitamente melhor.

O Mundo Grego - parte 2/2

O Mundo Grego - parte 1/2

Por que as estrelas brilham ?



Jogo da Velha

Tradicional jogo da velha, onde a pessoa joga contra o computador. Marca um ponto quem conseguir marcar primeiro três casas seguidas. É um jogo muito interessante principalmente para os mais jovens, pois ajuda a trabalhar o raciocínio de planejamento futuro, lógica, etc. (Jogo em Flash) Faixa Etária: Indicado para todas as idades.

Labirinto Lógico

Interessante e bem bolado desafio lógico que vai exigir do jogador muita cabeça. Os primeiros níveis, mais fáceis, preparam o jogador para as fases mais complexas. (Jogo em Flash).

Não deixe o menino chorar

Jogo de conhecimentos gerais semelhante ao Jogo da Forca, muito divertido. Nesta versão o jogador deve descobrir qual foi a palavra secreta escolhida pelo computador. Em breve teremos versões por grupo de palavras temáticas.Como por exemplo: Coisas do campo, coisas da cidade, coisas da escola, etc. Nesta versão, o conjunto de palavras é geral, ou seja, não está restrito a nenhum tema em particular. Faixa Etária: Todas as idades - É indicado ainda como utilitário complementar à alfabetização.

Viagem através do conhecimento

O jogador deve responder a perguntas de múltiplas escolhas enquanto avança em direção ao seu objetivo. Um interessante meio de aprender enquanto se diverte! Tente responder com calma pois a quantidade de tentativas é limitada. Mas, a qualquer momento que desejar, o jogador pode recomeçar outra vez.

Grécia - Construindo um Império [Parte 1]

A civilização ocidental foi influenciada por muitas culturas, mas seu nascimento teve lugar na antiga Grécia. Além de filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles a Grécia trouxe como contribuição para a humanidade idéias geniais, que enriqueceram a arte da arquitetura e da construção. Os vídeos que disponibilizamos é uma produção do History Channel e está dividido em 05 (partes). Bons estudos e uma belíssima viagem por um dos cenários mais deslumbrates da história da humanidade: a Grécia Antiga.

Grécia - Construindo um Império [Parte 2]

Grécia - Construindo um Império [Parte 3]

Grécia - Construindo um Império [Parte 4]

Grécia - Construindo um Império [Parte 5]

Diferenças entre comédia e tragédia

O teatro na Grécia Antiga surgiu a partir de manifestações a Dioniso, deus do vinho, da vegetação, do êxtase e das metamorfoses. Pouco a pouco, os rituais dionisíacos foram se modificando e se transformando em tragédias e comédias. Dioniso se tornou, assim, o deus do teatro. Atenas é considerada a terra natal do teatro antigo, e, sendo assim, também do teatro ocidental. "Fazer teatro" significava respeitar e seguir o culto a Dionisio. O período entre os séculos VI a.C. e V a.C. é conhecido como o "Século de Ouro". Foi durante esse intervalo de tempo que a cultura grega atingiu seu auge. Atenas tornou-se o centro dessas manifestações culturais e reuniu autores de toda a Grécia, cujos textos eram apresentados em festas de veneração a Dioniso. O teatro grego pode ser dividido em três partes: tragédia, comédia antiga e comédia nova.

A tragédia
Do grego "tragoidía" ("tragos" = bode e "oidé" = canto). Canto ao bode é uma manifestação ao deus Dioniso, que se transformava em bode para fugir da perseguição da deusa Hera. Em alguns rituais se sacrificavam esses animais em homenagem ao deus.
A tragédia apresentava como principais características o terror e a piedade que despertava no público. Para os autores clássicos, era o mais nobre dos gêneros literários.
Era constituída por cinco atos e, além dos atores, intervinha o coro, que manifestava a voz do bom senso, da harmonia, da moderação, face à exaltação dos protagonistas. Diferentemente do drama, na tragédia o herói sofre sem culpa. Ele teve o destino traçado e seu sofrimento é irrefutável. Por exemplo, Édipo nasce com o destino de matar o pai, Laio, e se casar com a mãe. É um dos exemplos de histórias da mitologia grega que serviram de base para o teatro.

Autores trágicos
Por se tratar de uma sociedade antiga, deve-se muito à arqueologia o resgate dessa memória. A partir de alguns registros, acredita-se que foram cerca de 150 os autores trágicos. Os três tragediógrafos que conhecemos, Ésquilo, Sófocles e Eurípedes escreveram cerca de 300 peças, das quais apenas 10% chegaram até nós.

Ésquilo (cerca de 525 a.C. a 456 a.C.) - Considerado o fundador do gênero, sete peças suas sobreviveram à destruição do tempo: "Os Persas", "Sete contra Tebas", "As Suplicantes", "Prometeu Acorrentado", "Agamêmnon", "Coéforas" e "Eumênides".
Sófocles (496 a.C. a 406 .a.C.) - Importante tragediógrafo, também trabalhava como ator. Entre suas peças estão a trilogia "Édipo Rei", "Édipo em Colona" e "Antígona".
Eurípides (485 a.C. a 406 a.C.) - Pouco se sabe sobre sua vida. Ainda assim, é dele o maior número de peças que chegaram até nós. São 18 no total, entre elas: "Medéia", "As Bacantes", "Heracles", "Electra", "Ifigênia em Áulis" e "Orestes".

A comédia antiga
A origem da comédia é a mesma da tragédia: as festas ao deus Dioniso. A palavra comédia vem do grego "komoidía" ("komos" remete ao sentido de procissão).
Na Grécia havia dois tipos de procissão que eram denominadas "komoi". Numa, os jovens saiam às ruas, fantasiados de animais, batendo de porta em porta pedindo prendas, brincando com os habitantes da cidade. No segundo tipo, era celebrada a fertilidade da natureza.
Apesar de também ser representada nas festas dionisíacas, a comédia era considerada um gênero literário menor. É que o júri que apreciava a tragédia era nobre, enquanto o da comédia era escolhido entre as pessoas da platéia.
Também a temática diferia nos dois gêneros. A tragédia contava a história de deuses e heróis. A comédia falava de homens comuns.

Um gênero ligado à democracia
A encenação da comédia antiga era dividida em duas partes, com um intervalo. Na primeira, chamada "agón", prevalecia um duelo verbal entre o protagonista e o coro.
No intervalo, o coro retirava as máscaras e falava diretamente com o público para definir uma conclusão para a primeira parte. A seguir, vinha a segunda parte da comédia. Seu objetivo era esclarecer os problemas que surgiram no "agón".
A comédia antiga, por fazer alusões jocosas aos mortos, satirizar personalidades vivas e até mesmo os deuses, teve sempre a sua existência muito ligada à democracia. A rendição de Atenas na Guerra do Peloponeso, no ano de 404 a.C., levou consigo a democracia e, conseqüentemente, pôs fim a comédia antiga.

Aristófanes (447 a.C. a 385 a.C.) - Considerado o maior autor da comédia antiga, escreveu mais de 40 peças, das quais conhecemos apenas 11, entre elas: "Lisístrata", "As Vespas", "As Nuvens" e "Assembléia de Mulheres".

A comédia nova
Após a capitulação de Atenas frente a Esparta, surgiu a comédia nova, que se iniciou no fim do século IV a.C. e durou até o começo do século III a.C. Essa última fase da dramaturgia grega exerceu profunda influência nos autores romanos, especialmente em Plauto e Terêncio.
A comédia nova e a comédia antiga possuem muitas diferenças. Na primeira, o coro já não é um elemento atuante, sua participação fica resumida à coreografia dos momentos de pausa da ação, a política quase não é discutida. Seu tema são as relações humanas, como por exemplo, as intrigas amorosas.
Não existem mais as sátiras violentas. A comédia nova é mais realista e procura, utilizando uma linguagem bem comportada, estudar as emoções do ser humano.
Menandro (343 a.C. a 291 a.C.) - Principal comediógrafo dessa fase, mais de 100 peças suas chegaram recentemente até nós. Muitas conhecemos apenas por título ou por fragmentos citados por outros autores antigos, com exceção de "O Misantropo", uma de suas oito peças premiadas, cujo texto completo, preservado num papiro egípcio, foi encontrado e publicado em 1958.
Fonte: Portal UOL

Os mitos gregos e sua influência na cultura ocidental


Ao escutarmos a palavra "mitologia", quase automaticamente a associamos à palavra "grega". De fato, a mitologia grega ganhou destaque sobre a mitologia de vários outros povos pelo própria influência que a civilização e o pensamento grego exerceram sobre o mundo, em particular sobre o Ocidente. Para se ter uma idéia dessa influência, basta lembrar que a filosofia e a matemática, por exemplo, são "invenções" gregas.
Da mesma maneira, a maioria das palavras que dão nome às ciências têm origem grega: física, geografia, biologia, zoologia, história, etc. Também vêm do grego as palavras que designam os relacionamentos dos seres humanos entre si e em sociedade. É o caso de palavras essenciais, como ética, política e democracia.

Herança grega
Se conseguimos compreender a importância da herança grega para nossa civilização contemporânea - que está cerca de 3000 anos distante dela - não é difícil imaginar a influência que os gregos exerceram nas civilizações que lhes eram mais próximas em termos temporais. É o caso dos romanos, por exemplo, que dominaram a Grécia política e militarmente. No entanto, culturalmente, adaptaram-se aos modelos gregos.
Mas podemos ir mais além. Se o fim do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C., representa o fim da influência greco-romana nos padrões culturais do mundo ocidental, que passou a ser modelado pelo cristianismo, por outro lado, a cultura e a mitologia greco-romana são retomadas ao fim da Idade Média no período que ficou conhecido como Renascimento, bem como no século 18, quando se desenvolve um movimento cultural conhecido como Neoclassicismo.

Religião e arte
Por outro lado, é importante deixar claro que a mitologia grega ou greco-romana, em suas origens mais remotas está ligada a uma visão de mundo de caráter religioso. Ao contrário, à medida que avançamos no tempo em direção aos nossos dias, a mitologia vai se esvaziando do significado religioso e ganhando, principalmente, um caráter artístico. Em outras palavras, no século 15, ao retratar uma deusa greco-romana como Vênus, o pintor Sandro Botticelli não a encarava como uma entidade religiosa, mas como um ideal estético de beleza.
Na verdade, mesmo em termos de Antigüidade, é muito difícil fazer uma separação entre mitologia e arte. A arte da Grécia antiga, por exemplo, trata essencialmente de temas mitológicos. E foi através da arte que tomamos contato com a mitologia grega: além de uma grande quantidade de templos (arquitetura), de esculturas, baixo-relevos e pinturas, a literatura grega é a principal fonte que temos dessa mitologia. Em especial, podemos destacar a obra de Homero, a "Ilíada" e a "Odisséia", que datam provavelmente do século 9 a.C., e a de Hesíodo, "Teogonia", escrita possivelmente no século seguinte.

Homero e Hesíodo
Essas três obras podem ser consideradas as fontes básicas para o conhecimento da mitologia grega. A "Teogonia" narra a origem dos deuses (Theos, em grego, significa deus). Já a "Ilíada" e a "Odisséia" tratam de aventuras de heróis, respectivamente Aquiles e Odisseu, embora a participação dos deuses em ambas as narrativas sejam fundamentais. No entanto, além delas existem ainda muitas outras obras antigas que têm como personagens entidades mitológicas - sejam deuses, semi-deuses ou heróis.
Entre elas, merecem destaque as tragédias (obras teatrais) de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, pois através delas conseguimos perceber com maior facilidade o significado simbólico que os mitos têm para a própria existência humana. Por meio delas, talvez se evidencie mais o significado que os mitos têm em termos psicológicos, que acabaram levando psiquiatras como Sigmund Freud e Carl Jung a analisar o significado dos mitos.
Vamos deixar de lado, porém, o significado ou os significados dos mitos. Tudo o que se disse até agora teve como exclusiva função apresentar o contexto que envolve os mitos apenas para podermos apresentar a você, leitor, os próprios mitos, ou melhor, pelo menos alguns deles.

A luta pelo poderÉ interessante começar dizendo que os gregos não acreditavam que o universo tivesse sido criado pelos deuses. Ao contrário, eles acreditavam que o universo criara os deuses. Antes de mais nada, existiam o Céu e a Terra, que geraram os Titãs, também chamados de deuses antigos. O mais importante deles foi Cronos (ou Saturno, para os romanos), que reinou sobre todos os outros. No entanto, o Destino - uma entidade à qual os próprios deuses estavam submetidos - determinara que Cronos seria destronado por um de seus filhos. Por isso, mal eles saíam do ventre materno, Cronos os devorava.
Réia, sua mulher, resolveu salvar seu último filho, escondendo-o do marido. Este filho, Zeus, cumpriu a profecia, destronou Cronos e retirou de seu estômago todos os irmãos que haviam sido devorados. Com eles, Zeus passou a reinar sobre o mundo, de seu palácio no topo do monte Olimpo. A corte de Zeus era formada por outros onze deuses, seus irmãos, sua esposa e seus filhos, como se vê no quadro que segue:

Fonte:
Portal UOL

Arte na Grécia Antiga


As artes plásticas na Grécia antiga tinham, basicamente, duas funções: decorar a arquitetura e pedir ou agradecer aos deuses.Uma curiosidade: na tradição greco-romana não existia diferença entre os conceitos de arte e técnica. Tanto em grego como em latim, a mesma palavra era utilizada para o trabalho em escultura, olaria, joalheria, pintura. O mesmo termo significava técnica, habilidade, uma espécie de conhecimento técnico e também estava associado ao trabalho, à profissão.O artesão era aquele que executava um trabalho, buscando a perfeição, o conhecimento. Segundo esse conceito, a "arte" era uma habilidade que poderia ser aprendida e aperfeiçoada.

Mitos e cenas do cotidiano - Para os gregos antigos, música e poesia eram classificados em outra categoria de atividades, com uma definição mais próxima ao que consideramos hoje em dia como arte. Tratava-se de atividades que não resultavam apenas de uma habilidade aprendida, mas de talento pessoal. Além disso, muitas esculturas tinham finalidade meramente religiosas. Não eram vistas como obras de arte. Os relevos eram utilizados para decorar templos e altares com o objetivo de narrar mitos. O mesmo valia para as ânforas (jarras ou vasos), que poderiam trazer em suas pinturas cenas mitológicas ou do cotidiano.

Os romanos e a arte grega - Os romanos, ao dominarem o Império construído por Alexandre o Grande, absorveram a cultura helênica (grega). Assim, muito do que sabemos hoje sobre a arte grega chegou até nós por meio dos objetos produzidos (e copiados) pelos romanos. Isso quer dizer que dependemos muito da arqueologia para entender essas sociedades e culturas tidas como berço de nossa civilização. A música se perdeu, não existem registros. A poesia chegou até nós graças às peças de teatro. Segundo alguns estudiosos, só sobreviveu 10% ou menos do que efetivamente foi produzido. Também conseguiram resistir ao tempo os textos narrativos considerados os mais antigos da civilização ocidental, em forma de versos, que são os poemas épicos atribuídos a Homero: a "Ilíada" e a "Odisséia". Outro ícone do desenvolvimento artístico grego são os inúmeros vestígios de mármore e cerâmica, com o qual se faziam esculturas.

O período arcaico (700 a.C. a 490 a.C.)

Chama-se de arcaico o período em que os gregos começaram a desenvolver técnicas sob a influência e contato com as idéias das civilizações mais antigas do Egito e do Oriente.Durante essa fase, os escultores gregos desenvolveram a representação da figura humana, tornando-a mais realista. Iniciou-se a preocupação com os detalhes do corpo e das vestimentas. Observe as imagens ao lado.Assim como faziam os egípcios, desenvolveram a representação de jovens ("kouroi"), fazendo estátuas para pedir ou agradecer. Mas é possível notar no "kouros", masculino, o início da definição dos músculos, as pernas separadas e um esboço de movimento. Essas características levariam às regras de representação na Grécia Clássica.

Período clássico (490-80 a.C. a 330-20 a.C.)

É nesse momento em que as esculturas chegam ao ápice do naturalismo. Alguns escultores passam a ser reconhecidos pelo seu trabalho e assinam suas obras, como Fídias e Policleto. Este último chegou a escrever regras de representação da figura humana. Policleto viveu em Argos. Fazia esculturas de deuses, mas sobretudo de atletas. Com a escultura Doríforo ele estabeleceu um cânone da beleza, ou seja, regras de proporção para a representação da figura humana que influenciaram artistas durante muitos séculos.
Período helenístico (cerca de 323 a.C. a 30 a.C.)

Você sabe qual a diferença entre helênico e helenístico? Helênico é um adjetivo que os gregos da antigüidade usavam para se referirem a eles mesmos. Eles se autodenominavam helenos, assim como a Grécia era chamada Hélade.
Helenístico é um adjetivo moderno utilizado para descrever o período que vai da morte de Alexandre (323 a.C.) à conquista final do mundo helênico por Roma (30 a.C).
As mudanças nas concepções artísticas no período, em relação aos precentes, são evidentes na representação da figura humana. A habilidade técnica e os ideais de beleza estabelecidos são aplicados à representação de figuras que sugerem movimento, por vezes quase teatrais, que toma o lugar da serenidade formal.
Em "Laocoonte e seus filhos", conjunto de esculturas que representam uma lenda da época da Guerra de Tróia, podem-se observar os esforços de representar o corpo de maneira realista e a dramaticidade na ação, reforçadas pela presença das serpentes, nos detalhes da roupa e na sensação de sofrimento transmitida pela obra.
Todo esse desenvolvimento da habilidade para representar a figura humana fez o ideal de beleza construído pelos gregos perdurar até nossos dias. São apenas os artistas modernos, as vanguardas européias no início do século 20 que irão contestar esse padrão, 2.500 anos depois.

Fonte: Portal UOL

A influência da cultura helenística na civilização ocidental

A importância de se conhecer a Grécia da Antigüidade (que se desenvolveu entre 2000 a.C. e 500 a.C.) é que a herança de sua cultura atravessou os séculos, chegando até os nossos dias. Foram influências no campo da filosofia, das artes plásticas, da arquitetura, do teatro, enfim, de muitas idéias e conceitos que deram origem às atuais ciências humanas, exatas e biológicas. No entanto, não podemos confundir a Antigüidade grega com o país Grécia que existe hoje. Os gregos atuais não são descendentes diretos desses povos que começaram a se organizar a mais de quatro mil anos atrás. Muita coisa se passou entre um período e outro e aqueles gregos antigos perderam-se na mistura com outros povos. Depois, a Grécia antiga não formava uma nação única, mas era composta de várias cidades, que tinham suas próprias organizações sociais, políticas e econômicas.Apesar dessas diferenças, os gregos tinham uma só língua, que, mesmo com seus dialetos, podia ser entendida pelos povos das várias regiões que formavam a Grécia. Esses povos tinham também a mesma crença religiosa e compartilhavam diversos valores culturais. Assim, os festivais de teatro e os campeonatos esportivos, por exemplo, conseguiam reunir pessoas de diferentes lugares da Hélade, como se chama o conjunto dos diversos povos gregos.
Cidades-Estados - Essa Grécia de 4.000 anos atrás era formada por ilhas, uma península e parte do continente europeu. Compunha-se de várias cidades, com seus Estados próprios, que eram chamadas de cidades-Estados. Essas cidades localizavam-se ao sul da Europa, nas ilhas entre os mares Egeu e Jônio. Algumas das cidades gregas de maior destaque na Antigüidade foram Atenas, Esparta, Corinto e Tebas.Essas cidades comercializavam e ao mesmo tempo guerreavam entre si. As guerras eram motivadas pelo controle da região e para se conseguir escravos, os prisioneiros de guerra, que moviam grande parte da economia daquelas sociedades.Afora os escravos e os pequenos proprietários, havia os cidadãos propriamente ditos, naturais da cidade e proprietários de terras, que tinham direitos políticos e podiam se dedicar a atividades artísticas, intelectuais, guerreiras e esportivas. Isso indica que as pessoas com mais prestígio e propriedade cuidavam exclusivamente do aprimoramento do corpo e da mente. Os mais pobres e os escravos eram quem movimentava a economia, fazendo o trabalho braçal, considerado, então, como algo desprezível.
Influência de Creta, Egito e Fenícia - Esses diversos povos gregos organizaram-se e ganharam força por volta do ano 2.000 a.C. A cultura grega tornou-se tão importante porque foi a síntese, o resumo, de diversas outras culturas da Antigüidade, dos povos que viveram na África e no Oriente Médio. Assim, os gregos conheceram os cretenses, que eram excelentes navegadores. Tiveram contato com os egípcios, famosos nos nossos dias pelo complexo domínio de conhecimentos técnicos que possuíam e por sua organização social.Por fim, a influência dos fenícios também foi muito importante na cultura grega. Os fenícios foram o povo, naquela parte do planeta, que havia inventado o alfabeto cerca de 1.000 anos a.C. Esse alfabeto foi aperfeiçoado pelos gregos, que por sua vez deu origem ao alfabeto latino, inventado pelos romanos. Como se sabe, a língua portuguesa, que nós falamos, tem origem latina.Todo esse processo demonstra como ocorreram freqüentes intercâmbios entre os povos ao longo da história da humanidade, embora muitos conhecimentos e invenções tenham se perdido ou deixado de fazer sentido quando essas civilizações desapareceram.
Sociedade espartana - As cidades-Estados sobre as quais sobreviveram mais informações são Atenas e Esparta. Essas sociedades eram, aliás, bem diferentes e freqüentemente lutaram uma contra a outra. A sociedade espartana era considerada rígida (nos dias de hoje, quando queremos dizer que alguma coisa ou pessoa é muito cheia de regras, fechada, dizemos que é "espartana"). Em Esparta, os homens viviam para a vida militar.Eles só podiam casar depois de terem sido educados pelo Estado, em acampamentos coletivos, onde viviam dos 12 até os 30 anos. Para o governo, existiam os conselhos de velhos, que controlavam a sociedade e definiam as leis. As mulheres espartanas cuidavam da casa e tinham também uma vida pública: administravam o comércio na ausência dos homens.
Atenas e a democracia - Já Atenas, que foi considerada o exemplo mais refinado da cultura grega, teve seu apogeu cultural e político no século 5 a.C. Na sociedade ateniense, diferentemente de Esparta, as decisões políticas não estava nas mãos de um conselho, mas sim no governo da maioria, a democracia. Dentro desse sistema, todos os cidadãos podiam representar a si mesmos (não precisavam eleger ninguém) e decidir os destinos da cidade. Ao mesmo tempo em que Atenas abria o espaço para os cidadãos, reservava menor espaço para as mulheres do que na sociedade espartana. Em Atenas, as mulheres, assim como os escravos, não eram consideradas cidadãs.
Os jogos olímpicos - De tempos em tempos, as civilizações que surgiram após os gregos - inclusive a nossa - voltam seus olhos para essa cultura tão antiga, chegando mesmo a retomar alguns de seus costumes. Assim aconteceu, por exemplo, com os Jogos Olímpicos. Essa atividade ganhou importância no mundo ocidental na primeira metade do século 20, como uma forma de celebrar pacificamente a rivalidade entre os países que se confrontaram em duas Guerras Mundiais. Na verdade, as Olimpíadas foram reinventadas no final do século 19, ou seja, mais de 2.000 anos depois de terem sido extintas.Na Grécia Antiga, os jogos olímpicos eram um ritual de homenagem a Zeus (o deus máximo de uma religião com muitos deuses). Esses jogos realizavam-se na cidade de Olímpia e envolviam todas as cidades-Estados da Hélade em várias competições de atletismo. Dentre as modalidades de esporte que se praticavam havia a corrida, a luta livre, o arremesso de discos, salto e lançamento de dardos. Os vencedores voltavam às suas cidades com uma coroa de folhas de oliveira e um imenso prestígio.
Os macedônios e a cultura helenística - No entanto, após o esplendor de Atenas no século 5 a.C., as cidades-Estados gregas foram perdendo seu poder e acabaram conquistadas e unificadas pelos macedônios, no século 4 a. C. Sob o domínio de Alexandre, o Grande, a cultura grega se expandiu territorialmente, indo do Egito à Índia, num processo em que simultaneamente influenciava e sofria influências. Essa cultura que correu mundo, tendo como raiz a tradição grega, foi chamada de cultura helenística. Por fim, no século 1 a.C., foi a vez dos romanos chegarem à Grécia antiga, conquistando-a. Ainda que Roma tenha incorporado a maior parte dos valores gregos, inaugurando a cultura greco-romana, os povos gregos da Antigüidade não conseguiram mais obter sua autonomia política e assim foram, ao longo dos séculos, desaparecendo.


Extraído do Portal UOL

O Mundo Grego: Grécia Antiga Clássica e Helenística - Teleaula 08 (parte 2)

O Mundo Grego: Grécia Antiga Clássica e Helenística - Teleaula 08 (parte 1)

Nesta teleaula você aprenderá que as duas cidades mais poderosas da Grécia Antiga eram a militarista Esparta e a democrática Atenas, onde as artes se desenvolveram muito. Além disso, verá como o enfraquecimento dos gregos foi aproveitado pelos macedônios, que, com Alexandre Magno, conquistaram um grande império e difundiram a cultura grega no Oriente.

O Mundo Grego: de Creta à Grécia Heróica - Teleaula 07 (parte 2)

O Mundo Grego: de Creta à Grécia Heróica - Teleaula 07 (parte 1)

Nesta teleaula você aprenderá que, antes dos gregos, havia uma civilização brilhante em Creta. Os egeus eram helenos que dominaram as cidades de Micenas e Tirinto, criando uma sociedade guerreira e comercial que aproveitou muito da cultura de Creta. Além disso, verá que eles lideraram os gregos numa guerra contra a importante cidade comercial de Tróia, vencida, segundo o poeta Homero, com o truque do cavalo de Tróia.

Muro de Berlim - 20 anos da queda

No dia 9 de novembro de 1989 vinha abaixo o principal símbolo da Guerra Fria. Vídeos, textos e imagens contam as histórias da construção e da queda do Muro, relatam tentativas de fuga dos alemães-orientais e apresentam a Alemanha reunificada.

Quando Nietzsche - 104 min.

Adaptação de um dos maiores sucessos literários no Brasil, o livro homônimo de Irvin Yalom, o filme "Quando Nietzsche Chorou" conta à história de um encontro fictício entre o filósofo alemão Friedrich Nietzsche (Armand Assante) e o médico Josef Breuer (Ben Cross), professor de Sigmund Freud (Jamie Elman). Nietzsche é ainda um filósofo desconhecido, pobre e com tendências suicidas. Breuer passa por uma má fase após ter se envolvido emocionalmente com uma de suas pacientes, Bertha (Michal Yannai), com quem cria uma obsessão sexual e fica completamente atormentado. Breuer é procurado por Lou Salome (Katheryn Winnick), amiga de Nietzsche, com quem teve um relacionamento atribulado. Ela está empenhada em curá-lo de sua depressão e desespero e pede ao médico que o trate com sua controversa técnica da "terapia através da fala". O tratamento vira uma verdadeira aula de psicanálise, onde os dois terão que mergulhar em si próprios, em um difícil processo de autoconhecimento. Eles então descobrem o poder da amizade e do amor.

Quando Nietzche chorou - Irvin D. Yalom


Sinopse:
Uma história maravilhosa acerca do amor, da redenção e do poder da amizade. Friederich Nietzsche, o maior filósofo da Europa, está no limite de um desespero suicida, incapaz de encontrar cura para as insuportáveis enxaquecas que o afligem. Josef Breuer, médico distinto e um dos pais da Psicanálise, aceita tratar o filósofo com uma terapia nova e revolucionária: conversar com Nietzsche e, assim, tornar-se um detective na sua cabeça. Pelas ruas, cemitérios e casas de chá da Viena do sec. XIX, estes dois gigantes do seu tempo vão conhecer-se um ao outro e, fundamentalmente, conhecer-se a si próprios.E no final não é apenas Nietzsche que exorciza os seus fantasmas. Também Breuer encontra conforto naquelas sessões e descobre a razão dos seus próprios pesadelos, insónias e obsessões sexuais. Quando Nietzsche Chorou funde realidade e ficção, ambiente e suspense, para desvendar uma história superior sobre amor, redenção e o poder da amizade.

Resenha:
O autor Irvin D. Yalom é psicoterapeuta e professor de Psiquiatria com vários títulos na vida acadêmica. Quando Nietzsche Chorou foi seu primeiro romance. Curiosamente quem deu o título a seu livro foi sua esposa Marilyn.
O livro traz um paralelo entre ficção e realidade, mostrando o nascimento da psicanálise de forma espetacular, com personagens reais mas seus dois personagens principais, Breuer e Nietzsche, nunca se encontraram realmente.
O texto é narrado em 3ª pessoa, porém o narrador é onisciente e nada foge à sua observação, nem mesmo os pensamentos e sonhos dos personagens.
São cinco os personagens principais do livro. Primeiro o filósofo alemão Friedrich Nietzsche, que no livro está a beira do desespero por sua enxaqueca intermitente, que o aflige ao ponto de incapacitá-lo, e a dor de um amor não correspondido.
Depois o médico, e um dos pais da psicanálise, Josef Breuer, que foi encarregado, pela bela Lou Salomé, de curar o desespero do amigo Nietzsche. Breuer também está às voltas com seus problemas interiores, como o desejo que sente por uma de suas pacientes, Anna O.
Continuando encontramos o jovem pupilo de Breuer, Sigmund Freud, na época um médico residente, futuramente também conhecido como um dos pais da psicanálise, tal qual seu tutor. Trabalhou com Breuer até que se desentenderam, futuramente reconheceu que estava errado.
O quarto personagem é Bertha Pappenheim, ou mais conhecida como Anna O., o caso mais famoso de Breuer. Com ela o médico deu início a um novo método de tratamento, a terapia da conversa. Bertha sofria de depressão e histeria, e seu tratamento desencadeou a revolução psicanalítica, por Breuer e Freud. Futuramente, após anos de tratamento, virou uma exemplar assistente social, recebendo inclusive homenagem póstuma.
Enfim chegamos a razão de um dos desesperos, e razão da amizade narrada no livro, de Nietzsche: Lou Salomé, sua discípula. O motivo para tanto desespero foi se apaixonar pela encantadora discipula, pedindo-a em casamento, e ela negando. Ainda corroborando para a trágica relação de amor e ódio, as interferências de Elizabeth, irmã de Nietzsche, geraram grandes dificuldades para o filósofo. Lou Salomé seguiu uma carreira brilhante como literata e psicanalista. Nietzsche por anos nutriu mágoa por esse amor perdido e pelo sentimento de traição.
No livro, após muita insistência e perspicácia, Nietzsche aceita ser tratado de sua enxaqueca pelo médico Josef Breuer, que por trás tem um plano para tentar livrá-lo da dor da rejeição e sentimento iminente de suicídio. Para isso, torna-se também paciente do filósofo, tendo sessões de filosofia com ele, para tentar resolver seus pensamentos com Anna O. O livro então nos apresenta cada sessão, as impressões que cada um deles teve do outro, vemos a amizade brotar em cada um e uma entrega emocionada no final.
O livro destaca o sofrimento existencial que existe em todos nós, nos brinda com excertos de cartas verdadeiras como a que o compositor Wagner escreveu para Nietzsche. O conteúdo, a estrutura, os sentimentos que desperta no leitor é maestral. É mágico poder se envolver nos primórdios da psicanálise com personagens tão carismáticos e envolventes. Quando o livro termina nos deixa uma sensação de vazio, saudades eu diria.
Leitura e tema envolventes. Magnífico.
Fonte: resenhaemfoco.blogspot.com

Constantino e a Cruz - 120 min.

Em 303 d.C., Constantino proclama o Edito de Milão ao se tornar o imperador da Gália. Comandando seus soldados, derrota as legiões romanas, assegurando liberdade de culto aos cristão. Filmado em locações na itália, este grande épico possui incríveis cenas de batalhas e grandes atuações do elenco.

Ilha das Flores - 12 min.

Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não. ILHA DAS FLORES segue-o até seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulheres e crianças. E então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos.

Ela deu tudo o que tinha


Jesus ensinava, dizendo: “Tomai cuidado com os escribas. Eles gostam de andar com roupas vistosas, de ser saudados nas praças públicas, de ocupar as primeiras cadeiras nas sinagogas e os primeiros lugares nos banquetes. Devoram as casas das viúvas, fingindo fazer longas orações. Eles terão sentença mais severa”. Jesus estava sentado diante do cofre de esmolas e observava como o povo depositava as moedas. Muitos ricos depositavam muitas moedas. Veio, então, uma pobre viúva e pôs no cofre apenas duas moedinhas no valor de alguns centavos. Jesus chamou os discípulos e lhes disse: “Eu vos asseguro: esta pobre viúva deu mais do que todos os que depositaram no cofre. Pois todos eles deram do que lhes sobrava; ela, porém, na sua indigência, deu tudo que tinha, todo o seu sustento”.

Mais uma vez nos encontramos para meditarmos a Palavra de vida e salvação de Deus. Hoje nos encontramos com Jesus denunciando a hipocrisia dos fariseus e elogiando o gesto generoso de uma viúva pobre.
As aparências enganam, diz Jesus. Não se deixem iludir por aquilo que seus olhos vêm. Esses doutores da lei que deveriam dar o exemplo, justamente eles que deveriam ter uma conduta exemplar, são na verdade enganadores e exploradores. Fazem uso dos altos cargos que ocupam em benefício próprio.
Aqueles que deveriam ser guias e protetores do povo eram sim exploradores. Exploravam as viúvas e roubavam suas casas. Eram lobos disfarçados de cordeiros. A aparente mansidão servia para encobrir a falsidade.
A Palavra de Deus é sempre atual, nunca envelhece. Há dois mil anos Jesus denunciava os abusos cometidos pelos donos do poder e, no entanto, parece que foi ontem que tudo isso aconteceu. De lá para cá, quase nada mudou, continua igual a forma de agir e de pensar das pessoas.
Jesus chama nossa atenção para o comportamento hipócrita de certos líderes religiosos que fazem da religião o seu meio de vida. Em nome de Deus, constroem impérios às custas do suor dos seus fiéis seguidores, as "viúvas" da atualidade.
Disfarçam-se de cordeiros, conhecem profundamente a lei, são capazes de interpretá-la ao pé da letra, sabem de cor os capítulos e os versículos, falam muito bonito, mas não vivem o que dizem.
Esse evangelho é muito mais amplo e atual do que parece. Os doutores da lei e os escribas mencionados, não são somente dirigentes religiosos. Suas funções são as mais diversas. São também homens públicos, são dirigentes de grandes autarquias e políticos que se autodenominam cristãos, mas se comportam como verdadeiros pagãos.
Não exercem com sinceridade e humildade o cargo de responsabilidade que ocupam e fazem do templo um palanque político. Fazem questão de serem notados. Onde houver um banquete, lá estão eles perfumados, elegantes e muito bem vestidos. Com suas roupas luxuosas e com suas esposas muito bem trajadas, são os primeiros a chegar na igreja, e sempre ocupam os primeiros bancos.
De forma bem aberta e clara, Jesus reprova o comportamento dessas pessoas. Diz que são arrogantes, vaidosas e que se escondem atrás das aparências. São capazes até de ofertarem grandes somas para mostrar generosidade. Na verdade, estas grandes somas são migalhas, são pequenas sobras dos rios de dinheiro que desviam e que recebem injustamente.
A verdadeira piedade consiste numa total entrega a Deus, colocando-se a seu serviço. O que a pobre viúva fez parece pouco, mas significa muito mais do que as gordas esmolas dos ricos. Sua consciência a fez enxergar como o seu pouco poderia tornar-se muito. Ela não ofertou restos, tirou de si própria e dividiu.
A boa notícia de hoje chama-se amor, e nos vem através do desapego desta viúva. Ela ensina que, no gesto concreto o cristão vive a caridade e a partilha, porque ser cristão é servir… e servir é amar.

32º Domingo do Tempo Comum - Evangelho: (Mc 12, 38-44) - Extraído de http://www.cantodapaz.com.br/

20 anos da Queda do Muro de Berlim


A Europa foi o cenário crucial da confrontação planetária. O lado ocidental reconstruiu economias de mercado sob o influxo dos dólares do Plano Marshall (1948-52). O lado oriental foi congelado pelo monopólio político dos partidos comunistas e as economias nacionais foram submetidas ao controle estatal e à planificação central.
A OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) foi criada em 1949, quando se consumou a bipartição da Alemanha. Pelo tratado, os Estados Unidos davam uma garantia de engajamento militar automático em caso de agressão soviética a qualquer país dessa aliança.O Pacto de Varsóvia foi criado em 1955, como resposta ao rearmamento da RFA (Alemanha Ocidental). Liderado pela União Soviética, ele reunia as forças armadas da Polônia, Tchecoslováquia, RDA (Alemanha Oriental), Hungria, Romênia e Bulgária. A Iugoslávia e a Albânia — com regimes comunistas que não aceitavam a liderança de Moscou — estavam fora da aliança político-militar. Por duas vezes — na Hungria, em 1956, e na Tchecoslováquia, em 1968 — as tropas do Pacto foram o instrumento da derrubada de regimes comunistas reformistas.
A Cortina de Ferro da Guerra Fria demarcava a fronteira geopolítica do bloco soviético. Passava no interior do território alemão, separando a RFA da RDA. O Muro de Berlim, erguido em 1961 para impedir a fuga de alemães do leste para a RFA, simbolizou a nova divisão do continente. Era como se ele fosse um pedaço da fronteira imaginária construído com cimento, tijolos e arame farpado que permaneceu até 09 de novembro de 1989, quando as autoridades de Berlim Oriental autorizaram o livre trânsito entre os dois lados da cidade

Clique aqui e veja reportagem sensacional do jornal O Globo

Eyvind Earle - " The Rock "

Os Miseráveis - O filme

Após cumprir 19 anos de prisão com trabalhos forçados por ter roubado comida, Jean Valjean (Liam Neeson) é acolhido por um gentil bispo (Peter Vaughan), que lhe dá comida e abrigo. Mas havia tanto rancor na sua alma que no meio da noite ele rouba a prataria e agride seu benfeitor, mas quando Valjean é preso pela polícia com toda aquela prata ele é levado até o bispo, que confirma a história de lhe ter dado a prataria e ainda pergunta por qual motivo ele esqueceu os castiçais, que devem valer pelo menos dois mil francos. Este gesto extremamente nobre do religioso devolve a fé que aquele homem amargurado tinha perdido. Após nove anos ele se torna prefeito e principal empresário em uma pequena cidade, mas sua paz acaba quando Javert (Geoffrey Rush), um guarda da prisão que segue a lei inflexivelmente, tem praticamente certeza de que o prefeito é o ex-prisioneiro que nunca se apresentou para cumprir as exigências do livramento condicional. A penalidade para esta falta é prisão perpétua, mas ele não consegue provar que o prefeito e Jean Valjean são a mesma pessoa. Neste meio tempo uma das empregadas de Valjean (que tem uma filha que é cuidada por terceiros) é despedida, se vê obrigada a se prostituir e é presa. Seu ex-patrão descobre o que acontecera, usa sua autoridade para libertá-la e a acolhe em sua casa, pois ela está muito doente. Sentindo que ela pode morrer ele promete cuidar da filha, mas antes de pegar a criança sente-se obrigado a revelar sua identidade para evitar que um prisioneiro, que acreditavam ser ele, não fosse preso no seu lugar. Deste momento em diante Javert volta a perseguí-lo, a mãe da menina morre mas sua filha é resgatada por Valjean, que foge com a menina enquanto é perseguido através dos anos pelo implacável Javert.

Os Miseráveis, de Victor Hugo



Os Miseráveis, do escritor francês Victor Hugo, foi escrito em 1862 e é uma narração de caráter social em que o misticismo, a fantasia e a denúncia das injustiças formam uma trama complexa, onde descreve vividamente, ao tempo de condenação, a injustiça social da França do século XIX.
Os Miseráveis é uma obra grandiosa no estilo narrativo e descritivo de Hugo, que esbanja a elegância, a riqueza e o fausto do barroco. Mas o romântico autor transcende os floreios da linguagem recheando essa estrutura estilística de um conteúdo rico e psicologicamente profundo: os movimentos dramáticos da alma humana sacudida por um turbilhão de anseios, sentimentos e emoções. É também grandioso pelos personagens intensos e extremados, figuras humanas que como Jean Valjean e o próprio policial Javert, perseverante, obstinado e frio, vivem sob a égide inabalável de princípios e ideais, a ponto de serem quase que sufocados pelas conseqüências emocionais de seus próprios atos. Os personagens são dotados de uma humanidade que resvala, por vezes para o belo mas também para o bizarro. Os cenários são descritos com riqueza de detalhes que podemos visualizá-los e imaginar que estamos nas cidadelas da França do século XIX ou vivendo a Batalha de Waterloo.
O romance conta a triste história de um homem (Jean Valjean), que, por ver os irmãos passarem fome, rouba um pedaço de pão e é condenado a 5 anos de prisão. Devido às tentativas de fuga e mau comportamento na cadeia, acaba sofrendo outras condenações, pagando 19 anos de reclusão. O livro é uma denúncia contra as injustiças do poder judiciário que vem se repetindo em todas as épocas. Para o autor, o mundo é o terreno onde se defrontam os mitos, o bem e o mal, a bondade e a crueldade.


Jean Valjean - é um homem que vive uma situação de miserabilidade no mesmo período em que Napoleão III (Imperador da França, de 1852 a 1871) aumentara seus gastos com a política externa francesa em busca de glória política. A vida miserável leva-o ao crime, mas se reabilita socialmente quando consegue uma ajuda caridosa. Em certo sentido, Jean é a própria mancha social que os projetos urbanos de Haussmann (Prefeito em Sena, de 1853 a 1870) pretendiam jogar para a periferia, mas que insistia em invadir o centro em horários inoportunos, emergindo literalmente de dentro de si (metáfora dos esgotos de Paris).
Na descrição que Victor Hugo faz da vida do personagem Jean Valjean, podemos observar que há o cuidado de evidenciar as circunstâncias que o levaram ao crime e, portanto, mais do que uma questão de gosto ou preferência pessoal por uma vida irregular, tratava-se de uma situação social que deveria ser encarada francamente pela sociedade em geral e pelas autoridades políticas em particular:
Jean Valjean, de humilde origem camponesa, ficara órfão de pai e mãe ainda pequeno e foi recolhido por uma irmã mais velha, casada e com sete filhos. Enviuvando a irmã, passou a arrimo da família, e assim consumiu a mocidade em trabalhos rudes e mal remunerados (...). Num inverno especialmente rigoroso, perdeu o emprego, e a fome bateu à porta da miserável família. Desesperado, recorreu ao crime: quebrou a vitrina de uma padaria para roubar um pão. (...) Levado aos tribunais por crime de roubo e arrombamento, foi condenado a cinco anos de galés. (...) Mesmo na sua ignorância, tinha consciência de que o castigo que lhe fora imposto era duro demais para a natureza de sua falta e que o pão que roubara para matar a fome de uma família inteira não podia justificar os longos anos de prisão a que tinha sido condenado.
Nota: O clássico Os miseráveis foi chamado de "um dos maiores best-sellers de todos os tempos". Nas 24 horas seguintes à publicação da primeira edição de Paris (1862), as 7 mil cópias foram todas vendidas. O livro foi publicado simultaneamente em Bruxelas, Budapeste, Leipzig (na Alemanha), Madri, Rio de Janeiro, Rotterdam e Varsóvia. Depois, a obra foi traduzida para quase todas as línguas do mundo. No século XX, Os miseráveis se tornou filme e musical da Broadway.

Enredo
No início do século XIX, na França, Jean Valjean rouba um pedaço de pão para os sobrinhos famintos e é injustamente condenado a prisão e a marginalidade. Após cumprir 19 anos de prisão com trabalhos forçados, Jean Valjean é acolhido por um gentil bispo, que lhe dá comida e abrigo. Mas havia tanto rancor na sua alma que no meio da noite ele rouba a prataria e agride seu benfeitor, mas quando Valjean é preso pela polícia com toda aquela prata ele é levado até o bispo, que confirma a história de lhe ter dado a prataria e ainda pergunta por qual motivo ele esqueceu os castiçais, que devem valer pelo menos dois mil francos.
Este gesto extremamente nobre do religioso devolve a fé que aquele homem amargurado tinha perdido.
Após nove anos, com o nome de senhor Madeleine, ele se torna prefeito e principal empresário em uma pequena cidade, mas sua paz acaba quando Javert, um guarda da prisão que segue a lei inflexivelmente, tem praticamente certeza de que o prefeito é o ex-prisioneiro que nunca se apresentou para cumprir as exigências do livramento condicional. A penalidade para esta falta é prisão perpétua, mas ele não consegue provar que o prefeito e Jean Valjean são a mesma pessoa. Neste meio tempo uma das empregadas de Valjean (que tem uma filha que é cuidada por terceiros) é despedida, se vê obrigada a se prostituir e é presa. Seu ex-patrão descobre o que acontecera, usa sua autoridade para libertá-la e a acolhe em sua casa, pois ela está muito doente. Sentindo que ela pode morrer ele promete cuidar da filha, Cosette, mas antes de pegar a criança sente-se obrigado a revelar sua identidade para evitar que um prisioneiro, que acreditavam ser ele, não fosse preso no seu lugar. Deste momento em diante Javert volta a persegui-lo, a mãe da menina morre mas sua filha é resgatada por Valjean, que foge com a menina enquanto é perseguido através dos anos pelo implacável Javert.
O tempo passa e a menina Cosette se apaixona profundamente por Marius, um jovem e carismático revolucionário.
Em plena revolução de 1832, a busca incansável de Jean Valjean pela redenção alcança seu clímax quando ele escolhe sacrificar sua liberdade para salvar o grande amor de Cosette, até que um dia o confronto dos dois inimigos é inevitável, e só então, através da grandeza de seu ato, Jean Valjean se sente verdadeiramente livre da perseguição impiedosa do policial Javert. Valjean teve de lutar muito para mostrar que era um homem de bem e conseguir viver em paz.

Fragmentos do livro
Jean Valjean foi conduzido diante dos tribunais daquele tempo por "roubo e arrombamento durante uma noite numa casa habitada".
Jean Valjean foi declarado culpado. Os termos do código eram categóricos. Nossa civilização tem momentos terríveis: são os momentos em que uma sentença anuncia um naufrágio. Que minuto fúnebre este em que a sociedade se afasta e relega ao mais completo abandono um ser que raciocina!
Começou por julgar a si mesmo. Reconheceu não ser um inocente injustamente punido. Concordou que havia cometido uma ação desesperada e reprovável, que, talvez, se tivesse pedido, não lhe haveriam de recusar o que roubara, que, em último caso deveria confiar na caridade ou no próprio trabalho, que afinal, não era razão suficiente afirmar-se que não pode esperar quando se tem fome.
Era necessário, portanto, ter paciência... porque afinal era absurdo ele, infeliz e mesquinho como era, querer pegar toda uma sociedade pelo pescoço, e ter pensado que é pelo roubo que se foge à miséria, pois é impossível sair-se da miséria pela porta que leva à infâmia. Enfim, ele estava errado.
Depois deve ter perguntado a si mesmo:
Nessa história toda, o erro era só dele? Era igualmente grave o fato de ele, operário, não ter trabalho e não ter pão. Depois de a falta ter sido cometida e confessada, por acaso o castigo não foi por demais feroz e excessivo? Onde haveria mais abuso: da parte da lei, na pena, ou da parte do culpado, no crime? Não haveria excesso de peso em um dos pratos da balança, justamente naquele em que está a expiação? Por que o exagero da pena não apagava completamente o crime, quase que invertendo a situação, substituindo a falta do delinquente pela da Justiça, fazendo do culpado a vítima, do devedor credor, pondo definitivamente o direito justamente do lado de quem cometeu o furto?
Pode a sociedade humana ter o direito de sacrificar seus membros, ora por sua incompreensível imprevidência, acorrentando indefinidamente um homem entre essa falta e esse excesso, falta de trabalho e excesso de castigo? Não era, talvez, exagero a sociedade tratar desse modo precisamente os seus membros mais mal dotados na repartição dos bens de fortuna, e, conseqüentemente, os mais dignos de atenção?
É próprio das sentenças em que domina a impiedade, isto é, a brutalidade, transformar pouco a pouco, por uma espécie de estúpida transfiguração, um homem em animal, às vezes até em animal feroz. As sucessivas e obstinadas tentativas de evasão, bastariam para provar o estranho trabalho feito pela lei sobre a alma humana. Jean Valjean renovou as fugas, tão inúteis e loucas, toda vez que se apresentou ocasião propícia, sem pensar um pouquinho nas conseqüências, nem nas vãs experiências já feitas. Escapava impiedosamente, como o lobo que encontra a jaula aberta. O instinto lhe dizia: "Salve-se". A razão lhe teria dito: "Fique"! Mas, diante de tentação tão violenta, o raciocínio desaparecia, ficando somente o instinto. Era o animal que agia. Quando era novamente preso, os novos castigos que lhe infligiam só serviam para torná-lo mais sobressaltado.
A história é sempre a mesma. Essas pobres criaturas, carecendo de apoio, de guia, de abrigo, ficam ao léu, quem sabe até, indo cada uma para seu lado, mergulhando na fria bruma que absorve tantos destinos solitários, mornas trevas onde, na sombria marcha do gênero humano desaparecem sucessivamente tantas cabeças desafortunadas.

Extraído de www.passeiweb.com