"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

A Expansão do Comércio Local


Inicialmente, a população das minas, com o olhar voltado para o enriquecimento rápido, concentrava suas energias na descoberta e na exploração de jazidas auríferas. Mineradores e escravos dedicavam-se quase que exclusivamente a estas atividades. Como conseqüência, sentiu-se a necessidade do abastecimento dos mais diversos produtos.
Vendas, boticas, estalagens, negras quitandeiras e ambulantes disputavam, em troca das suas mercadorias e dos seus serviços, o ouro dos mineradores. Contudo, dessa dinâmica econômica nem todos participavam, já que os produtos eram caros.
Muitas mercadorias chegavam de Portugal através do porto do Rio de Janeiro : vinhos, biscoitos, tecidos finos, sapatos, utensílios diversos e, sobretudo, escravos.
Outras vinham de diferentes partes da Colônia, articulando, economicamente, as regiões : feijão, milho e marmelada, da vila de São Paulo; gado, para o abate, trazido da Bahia pelos tropeiros: bestas e mulas (para transportes pesados), assim como o charque, do sul; escravos recém-chegados da África, do nordeste açucareiro, ou do Rio de Janeiro.
Muitos comerciantes enriqueceram. Assim, constituíram um grupo social de peso considerável, com interesses próprios. Segundo a historiadora Laura Vergueiro, a maioria das grandes fortunas nas Gerais formou-se devido "mais ao comércio do que à atividade mineradora".

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