"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Civilização Egípcia – Resumo (Parte 02/04)


Formação do Egito

No quarto milênio a.C., ao longo das margens do rio Nilo, existiam os nomos, aldeias agropastoris independentes, cujos governantes eram chamados de nomarcas. Os nomos foram reunidos, formando dois reinos: o Baixo Egito, no deIta do Nilo, e, mais ao sul, o Alto Egito. Por volta de 3000 a.C., Menés, um príncipe do Alto Egito, unificou os reinos sob seu comando. A partir dessa unificação teve início o chamado período dinástico do Egito Antigo, que costuma ser dividido em: Antigo Império, Médio Império e Novo Império.

O Antigo Império

No Antigo Império, as capitais foram Tínis e Mênfis e a forma de governo, a monarquia teocrática. O rei era denominado faraó e possuía caráter divino, sendo considerado filho do deus Sol. Tinha poder absoluto e atuava como chefe político, supremo legislador, juiz e sacerdote. Nessa época, o Egito não possuía exército permanente.
O faraó era auxiliado por ministros escolhidos entre os membros da alta nobreza. Os escribas, pessoas que sabiam ler e escrever, possuíam funções administrativas, principalmente ligadas à cobrança de impostos.
Esses impostos possibilitavam ao faraó acumular grandes riquezas e realizar obras, como as construções de pirâmides e templos.
As pirâmides mais conhecidas, que receberam os nomes dos faraós que mandaram construí-las, são as de Quéops, Quéfren e Miquerinos, na planície de Gisé, guardadas pela Esfinge, uma enorme escultura com corpo de leão e cabeça humana.
Após um período de paz e prosperidade, por volta de 2300 a.C., o Antigo Império entrou em crise, em conseqüência do fortalecimento do poder dos nomarcas. Houve uma anarquia política, só solucionada por volta do ano 2000 a.C., quando os governantes da cidade de Tebas submeteram os nomos à sua autoridade.

O Médio Império

O Médio Império marcou o restabelecimento da monarquia nacional. A capital do Egito passou a ser a cidade de Tebas. Foram construídos muitos canais de irrigação e reservatórios de água.
Por volta de 1750 a.C., o Egito foi invadido pelos hicsos, um povo oriundo da Ásia. Eram militarmente superiores aos egípcios, possuindo armas mais eficientes e carros de guerra puxados por cavalos. Por quase dois séculos, mantiveram o domínio do território. Crises internas decorrentes dessa invasão marcaram o fim do Médio Império. Com a expulsão dos hicsos, em 1580 a.C., teve início uma nova fase, o Novo Império.

O Novo Império

O Novo Império estendeu-se até 525 a.C. e caracterizou-se pelo militarismo e pelo imperialismo. Com um exército bem organizado, muitos faraós partiram para a conquista de vários povos e estenderam as fronteiras egípcias até o rio Eufrates, na Mesopotâmia. Na formação do império egípcio destacaram-se os faraós Tutmés III e Ramsés II.
Gastos com campanhas militares e com guerras internas acabaram por enfraquecer o império egípcio, favorecendo a invasão de diferentes povos. Os assírios invadiram o império em 670 a.C. e só foram expulsos em 653 a.C. Em 525 a.C., os persas, comandados por Cambises, venceram a batalha de Pelusa e dominaram o império, governando-o durante aproximadamente 200 anos. Mais tarde, em 332 a.C., Alexandre Magno, da Macedônia, conquistou a região, e, finalmente, em 30 a.C., os egípcios caíram nas mãos dos romanos.

0 Response to "Civilização Egípcia – Resumo (Parte 02/04)"