"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Roma Antiga – Resumo (Parte 11/14)


A crise do Império Romano

A partir do século III, o Império Romano foi marcado por inúmeras crises, dentre as quais se destacam a anarquia militar e as crises no campo e na cidade.
Anarquia militar — foi provocada em razão da disputa pelo poder entre os chefes militares, fortalecidos pelas guerras de conquista. Eram freqüentes os golpes políticos e os assassinatos de imperadores.
Crise no campo — com o fim das conquistas, houve a interrupção do abastecimento de escravos para as atividades econômicas. Essa falta de escravos, associada às epidemias e às guerras civis, contribuiu para a escassez de mão-de-obra, principalmente no campo. A produção caiu e os preços dos produtos subiram.
Crise na cidade — foi uma extensão da crise no campo. Passou a haver dificuldade para conseguir matérias-primas, o que prejudicou a indústria artesanal. O comércio também foi abalado. As cidades começaram a deixar de ser um centro comercial e industrial.
Apesar da crise, era mais fácil sobreviver no campo. Os grandes proprietários rurais começaram a arrendar lotes de terra aos camponeses. Com isso, conseguiam garantir a produção, além de prendê-los à terra. Em troca da proteção garantida pelos proprietários, os camponeses trabalhavam e ficavam com uma parte da produção.
O Estado acabou transformando a permanência do camponês à terra em uma instituição, chamada colonato, com o objetivo de garantir a produção agrícola. Mas como eram os proprietários que controlavam a produção, ela acabou ganhando força e, com o tempo, tornou-se maior que a do próprio Estado.
Tentando salvar o Império Romano da crise generalizada e melhorar a administração, em 284, o imperador Diocleciano criou a Tetrarquia. O império foi dividido em quatro partes, cada uma com um administrador. Contudo, a Tetrarquia não sobreviveu ao seu criador. Com a morte de Diocleciano, seus generais passaram a disputar o poder.
Em 313, assumiu o poder o general Constantino, que restabeleceu a unidade imperial. Contou com o apoio dos cristãos, já em número bastante grande. No mesmo ano, esse imperador assinou o Edito de Milão, concedendo liberdade de culto aos cristãos.
Constantino percebeu que, em sua maioria, as rendas do império vinham do Oriente. Reconstruiu a cidade de Bizâncio, antiga colônia grega às margens do Estreito de Bósforo, no mar Negro, denominando-a Constantinopla, e para lá transferiu a capital, em 330. A mudança da sede administrativa colaborou ainda mais para a decadência da parte ocidental do império.

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