"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

As Reformas Religiosas – Resumo (Parte 03/08)


A Reforma Luterana

Na Alemanha, o líder do movimento reformista foi o monge agostiniano Martinho Lutero (1483-1546). De origem humilde, fez os estudos universitários e foi professor de teologia na Universidade de Wittenberg.
Nessa época, a Alemanha estava dividida em vários Estados, que faziam parte do Sacro Império Romano-germânico. Essa fragmentação política colaborava para que o poder da Igreja fosse muito grande nessa região. O Sacro Império vivia uma situação econômica difícil. A agricultura apresentava ainda características feudais, e a Igreja detinha a propriedade de um terço das terras.
O interesse dos príncipes em confiscar os bens da Igreja, os abusos e a corrupção do clero e a reação dos camponeses, que eram explorados pelos senhores, foram fatores que provocaram a Reforma na Alemanha.
A ação reformista de Lutero foi motivada pela venda de indulgências na Alemanha, autorizada pelo papa Leão X. O sumo pontífice esperava obter fundos para terminar a construção da nova Basílica de São Pedro.
Em 1517, Lutero afixou nas portas da Catedral de Wittenberg 95 teses, condenando muitas das ações da Igreja e fazendo um apelo para que ela se reformasse. Essas teses foram escritas em latim, mas, logo depois, traduzidas para o alemão, espalharam-se pela Alemanha.
O papa Leão X, em 1520, excomungou Lutero, que queimou a bula de excomunhão em praça pública. Para que se retratasse, o imperador Carlos V convocou uma Dieta (assembléia com os representantes dos Estados alemães), em Worms, mas Lutero manteve-se firme em sua posição. Ameaçado de morte, refugiou-se no castelo do Duque da Saxônia, onde traduziu a Bíblia para o alemão. A partir desse momento, estruturou toda a sua doutrina.

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