"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Dinastias Sui e Tang: reunificação e esplendor do império (Parte 02/07)

Afresco de Dun Huang

Dinastia Sui

Wendi, o primeiro imperador Sui, encontrando um país arrasado pela guerra ordenou o corte de gastos com "mordomias", que beneficiavam apenas os membros da nobreza, e tentou melhorar as condições de vida dos camponeses, que eram paupérrimos.
Tais medidas não agradaram certos nobres que logo tramaram e assassinaram o primeiro imperador Sui. Em seguida, substituíram-no por seu filho, Yangdi, que diferente do pai, preferia gastar a economizar.
Assim, o segundo imperador Sui aumentou os gastos com "mordomias" e obras "faraônicas" beneficiando a nobreza que o havia colocado no trono. E quem pagou a conta, desse aumento nos gastos, foram os camponeses que passaram a ser ainda mais explorados.

O Grande Canal

A obra mais importante construída durante o governo do segundo imperador Sui foi o Grande Canal, que ligava os dois principais rios da China. Ela facilitou o transporte do imposto pago em arroz até as duas capitais do país na época, na bacia do rio Amarelo: Chang'an, a oeste, e Luoyang, a leste.
Esse arroz era estocado em armazéns públicos, cujo objetivo era garantir uma reserva em períodos de escassez e também para evitar o aumento exagerado dos preços, a famosa inflação, conhecida até os dias de hoje.
Apesar da importância econômica do Grande Canal, a sua construção significou grandes sacrifícios para o povo chinês: milhares de camponeses foram convocados para trabalhar na obra e vários deles morreram enquanto realizavam a tarefa. Não bastasse isso, cada homem convocado representou braços a menos para trabalhar nos campos. Conseqüentemente houve queda na produção agrícola, o que significava menos comida no país.

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