"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Dinastias Sui e Tang: reunificação e esplendor do império (Parte 03/07)


Invasões à Coréia
O imperador também pretendia que o Grande Canal fosse um instrumento para sua política expansionista e a vizinha Coréia foi um dos primeiros alvos. Na época, ela estava dividida em três reinos independentes e o imperador chinês tentou quatro vezes conquistar um deles, chamado Goguryeo.
Na primeira vez, ele reuniu os membros da nobreza guerreira e os enviou à Coréia numa tentativa malsucedida de invadir e dominar o reino de Goguryeo. As forças chinesas sofreram derrotas em terra e no mar. Os coreanos ofereceram forte resistência enquanto defendiam as muradas de suas cidades. E fora das muradas, os soldados chineses também eram derrotados por dois inimigos: a fome e o frio.
Uma das razões para a vitória coreana foi a sua superioridade na engenharia naval: os seus navios eram encouraçados de metal, uma novidade na época, e conseguiram repelir a marinha chinesa. As outras três tentativas de conquistar o reino coreano também fracassaram.
O exército chinês foi arrasado na série de guerras travadas contra o reino coreano. Estima-se que as baixas chinesas superaram a marca de dois milhões. Das 305 mil tropas enviadas para lutar na Coréia, apenas duas mil e setecentas retornaram. O alto custo dessas derrotas militares, tanto em dinheiro quanto em vidas humanas, contribuiu para o fim da dinastia Sui.
O imperador se tornou cada vez mais impopular e, no ano de 618, acabou sendo assassinado por seus próprios ministros. Outros fatores que contribuíram para a sua queda foram as invasões de nômades turcos no território chinês e os excessivos gastos com luxos no palácio - à custa dos impostos pagos pelos mais pobres.

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