"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Dinastias Sui e Tang: reunificação e esplendor do império (Parte 05/07)

Wu Hou foi a única mulher a ser reconhecida
oficialmente como imperatriz da China

Reforma agrária e concursos públicos

Durante o reinado de Taizong, o governo tomou medidas que contribuíram bastante para o desenvolvimento da China. Uma delas foi a reforma agrária: o imperador desapropriou as terras que pertenciam aos seus inimigos (era uma forma de evitar que os nobres se rebelassem contra o imperador) e as dividiu entre os camponeses que nela trabalhavam (conquistando, assim, apoio popular).
Para administrar o país, o imperador precisava de funcionários públicos qualificados. Então ele instituiu concursos públicos, nos quais os candidatos que apresentassem melhor desempenho nas provas eram selecionados. O critério de seleção baseava-se apenas no desempenho do candidato na prova, independente de sua origem social. Por isso, se diz que a China do período era uma meritocracia, ou seja, um regime em que as pessoas conquistam cargos com base no mérito e não por "apadrinhamento".

A imperatriz Wu Hou

A política de Taizong foi continuada por seus sucessores, dentre os quais, Wu Hou, a única mulher a ser reconhecida oficialmente como imperatriz da China, que havia sido uma das concubinas de Li Shimin.
Quando um imperador chinês morria, as mulheres, que faziam parte do harém, eram obrigadas a viver reclusas. Muitas delas eram enviadas para algum convento budista, geralmente próximo ao túmulo do imperador, onde tinham as suas cabeças raspadas e passavam o tempo rezando pela alma do morto para que ele fosse feliz em sua próxima reencarnação.
Wu Hou escapou desse destino porque seus atributos teriam impressionado o filho de Taizong, o imperador Gaozong. Ela governou ao lado de Gaozong de 670 a 683 e, sozinha, de 690 a 705, quando morreu. O seu sucessor foi o seu filho, Zhongzong.

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