"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

A expansão marítimo-comercial européia – Resumo (Parte 02/06)


As navegações portuguesas

Os navios que faziam a rota comercial Atlântico-Mediterrâneo iniciavam a viagem nas cidades italianas, atravessavam o estreito de Gibraltar e faziam escala em Portugal, para reabastecimento e comércio, antes de partir para o mar do Norte. Com isso, apareceu um grupo mercantil forte no reino português. A presença desse grupo mercantil, associado a uma monarquia centralizada e com interesses mercantis, foi fator decisivo para as navegações portuguesas. Além disso, os portugueses gozavam de uma situação de paz interna e externa. Isso já não acontecia com outros países europeus. A França e a Inglaterra lutavam na Guerra dos Cem Anos, e a Espanha tentava expulsar os mouros de Granada, seu último reduto.
O plano português para atingir as Índias era contornar o continente africano. Em 1415, uma poderosa esquadra rumou para Ceuta, cidade dominada pelos árabes que ficava do lado africano do estreito de Gibraltar. Após violenta luta, a cidade caiu em mãos lusitanas. A conquista de Ceuta foi importante, pois, além de ser um centro comercial, também constituía um ponto estratégico para o controle do litoral africano.
Em 1416, o infante D. Henrique, filho do rei D. João I, de Portugal, fundou a Escola de Sagres. Era um centro de estudos náuticos no qual se reuniam vários navegantes. Lá se procurava aperfeiçoar as técnicas de navegação, elaboravam-se mapas e determinavam-se rotas. Esse conhecimento favoreceu Portugal.
Gradativamente, os portugueses avançavam pelas costas do continente africano. Em 1419, iniciaram a colonização da ilha da Madeira. Quando descobriram o arquipélago dos Açores, iniciaram nele o cultivo da cana-de-açúcar, utilizando a mão-de-obra escrava africana. Em 1453, os turcos otomanos conquistaram a cidade de Constantinopla, capital do Império Bizantino e importante centro comercial da época. Apesar de utilizarem outros portos comerciais, como o de Alexandria, a queda de Constantinopla prejudicou o comércio das cidades italianas, que passaram a ter mais dificuldade para conseguir as especiarias e os produtos de luxo.
Houve elevação dos preços dos produtos orientais, o que tornou mais urgente a descoberta de um caminho marítimo para as Índias.
Em 1488, Bartolomeu Dias atingiu o extremo sul do continente africano, contornando o cabo das Tormentas, mais tarde denominado cabo da Boa Esperança. Essa expedição provou que o plano de navegação de Portugal estava correto, ao mostrar que era possível contornar a África para chegar às Índias.

1 Response to "A expansão marítimo-comercial européia – Resumo (Parte 02/06)"

  1. Anônimo Says:
    13 de novembro de 2011 às 16:23

    oke esta escrito no mapa ? ¬¬