"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

A expansão marítimo-comercial européia – Resumo (Parte – 05/06)


Os tratados de divisão de terras

A concorrência espanhola nas navegações preocupou o governo português. Ele temia pela rota oriental que procurava e pelas terras que já havia descoberto.
A descoberta de terras ocidentais pelos espanhóis despertou em Portugal o interesse em assegurar parcela dessa região. A disputa entre os países ibéricos foi encaminhada ao papa Alexandre VI, que, em 1493, expediu a Bula Inter Coetera. Por ela, a Espanha ficava com a posse de terras situadas a ocidente de uma Linha meridiana imaginária, traçada de pólo a pólo, a cem Léguas das Ilhas de Açores e Cabo Verde.
O rei de Portugal, D. João II, considerando que seu país fora prejudicado, protestou contra a decisão do papa. Diante da reação de Portugal, os reis da Espanha aceitaram estabelecer diretamente outro acordo, que resultou, em julho de 1494, no Tratado de Tordesilhas.
Ficava estabelecido um meridiano traçado a 370 léguas a oeste das Ilhas de Cabo Verde. As terras situadas a oeste desse meridiano pertenceriam à Espanha e as terras a Leste, a Portugal. Em 1506, por solicitação do rei português, o papa Júlio II ratificou o tratado.
Com o Tratado de Tordesilhas, Portugal ficou com o domínio de quase todo o Atlântico Sul, que era importante como defesa de sua rota para chegar às Índias. Abriu-se também a possibilidade de tomar posse de terras ocidentais que já supunha existirem.

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