"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

A Guerra no Brasil (Parte 03/09)

ataque japonês a base americana de Pearl Harbor

Segunda Guerra Mundial

Em uma atmosfera de grande depressão, causada pelos efeitos da crise de 1929 sobre a economia alemã - entre eles uma inflação descontrolada e o desemprego em massa -, chegou ao poder em 1933, sob a liderança de Adolf Hitler, o Partido Nacional Socialista da Alemanha. Apoiado na ideologia anti-semita do nazismo, o programa de governo de Hitler visava à recuperação econômica e militar do país e à revisão dos termos do Tratado de Versalhes, assinado por ocasião da Conferência de Paz de Paris de 1919.
França e Inglaterra, por seu lado, desejavam manter uma política não-intervencionista na Europa, para evitar qualquer novo confronto armado. Foi essa a posição que adotaram diante da guerra civil espanhola, que teve início em 1936. E foi essa a reação que tiveram diante das reivindicações territoriais de Hitler, numa política conhecida como appeasement. Além de permitir o envio de tropas alemãs à zona desmilitarizada do Reno e a incorporação da Áustria à Alemanha, França e Inglaterra endossaram a anexação pela Alemanha da região dos Sudetos, na Tchecoslováquia, através dos Acordos de Munique de 1938. Essa decisão só contribuiu para legitimar a política externa expansionista de Berlim que, após a assinatura do pacto de não-agressão com a União Soviética, ordenou a invasão da metade ocidental da Polônia, iniciada em 1° de setembro de 1939. Dois dias depois, cumprindo o compromisso assumido com o governo polonês em março de 1939 de garantir a integridade territorial polonesa, França e Inglaterra declararam guerra à Alemanha. Começou aí a guerra na Europa.
Não demorou muito para que outros países europeus, alvo da política de ocupação alemã, se vissem envolvidos no conflito. Foi o que aconteceu com Dinamarca, Noruega, Bélgica e Holanda. Por outro lado, o Japão, que buscava a constituição da Grande Ásia, já se alinhara à Alemanha desde a assinatura do Pacto Anti-Komintern, em janeiro de 1936. E a Itália, sob o signo do fascismo implantado por Mussolini, igualmente decidira apoiar o governo de Hitler, com base no Pacto Ítalo-Germânico -Germânico de março de 1936, formando o eixo Roma-Berlim.
A União Soviética, que até então vinha adotando uma posição de quase aliança com a Alemanha, terminou por declarar guerra a esse país após ter seu território atacado pelos alemães em junho de 1941. Foi também em 1941, em seguida ao ataque japonês a Pearl Harbor no mês de dezembro, que os Estados Unidos decidiram se unir militarmente às forças aliadas.
Até cerca de junho de 1942, a guerra se caracterizou pela expansão vitoriosa das forças do Eixo, com a crescente ocupação de territórios. A partir de então, até fevereiro de 1943, foi a fase de contenção do Eixo e início da contra-ofensiva dos Aliados. Finalmente, a partir das vitórias contra os alemães no norte da África, foi-se consolidando a ofensiva aliada, com a recuperação dos territórios ocupados pelos alemães, italianos e japoneses.
Os italianos renderam-se aos Aliados em setembro de 1943, com a assinatura de um acordo de paz em separado, embora tropas alemãs permanecessem em seu território. Em 7 de maio de 1945 o governo alemão capitulou, pondo fim à guerra na Europa. Finalmente, em 14 de agosto do mesmo ano, o Japão se rendeu às forças aliadas, em seguida ao lançamento pelos Estados Unidos de duas bombas atômicas sobre as cidades de Hiroshima e Nagasaki.
Durante os seis anos de guerra, estima-se a perda de 50 milhões de vidas, entre militares e civis. Destes, mais de cinco milhões de judeus foram exterminados em campos de concentração nazistas, como parte da política anti-semita de Hitler.

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