"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

O conhecimento filosófico



Para iniciarmos nosso caminho na estrada que leva à investigação crítica da filosofia, temos que saber um pouco de como, passo a passo, o conhecimento foi se modificando no decorrer da história. É preciso saber como a filosofia foi se estruturando na medida em que os diversos pensadores foram tomando conhecimento dos trabalhos uns dos outros, criticando-os, fazendo sugestões, tendo idéias.
É difícil imaginarmos que o conhecimento filosófico, desde a época de Sócrates, Platão e Aristóteles, tenha aumentado ou diminuído. Geralmente pensamos apenas que ele se modificou, adquirindo elementos novos e perdendo outros tantos na mesma medida. Isto acontece porque não tratamos o conhecimento filosófico como, por exemplo, tratamos o conhecimento sobre as diversas tecnologias.  

Características da Filosofia



Com Sócrates, Platão e Aristóteles, a filosofia ganhou algumas características que se fixaram, transformando-se na marca de discurso racional até os dias de hoje. O que isto quer dizer é que, se possuímos algo que se chama razão e se a exercitamos por meio de uma investigação crítica do pensamento, então, esta investigação, este pensamento crítico sobre o que quer que seja, deverá possuir, em algum grau, essas características. Vejamos quais são:

A Filosofia ganha seu espaço


Busto de Sócrates, Platão e Aristóteles

A filosofia, portanto, ganha importância e assume definitivamente o seu papel dentro da sociedade antiga, mais precisamente na Grécia dos séculos VIII a.C., quando a maioria decide que explicações baseadas no pensamento racional são melhores, ou mais convincentes, que as de origem mitológicas ou supersticiosas. O uso da Razão é, assim, a coluna central na edificação do conhecimento ocidental desde o seu nascimento com a filosofia até os dias em que nos encontramos atualmente.  

A Razão



Já tivemos a chance de conhecer um pouquinho das histórias que são contadas a respeito de deuses e pessoas, tudo para tentar entender melhor o que é isto chamado Razão. Mas não tivemos chance de compará-las efetivamente. Ao que tudo indica, as duas histórias, sem levar em consideração se realmente aconteceram ou não, podem ser encaradas como maneiras de se falar a respeito de como os humanos, homens e mulheres, abandonaram um tipo de pensamento para se concentrarem em um outro tipo. Isto é, como passaram do uso exclusivo da fé para o uso exclusivo da Razão, com o objetivo de criarem suas explicações para o que acontecia na superfície do mundo.

Sem coração – Stephen Paul Cohen

 



O assassinato de Tony coloca Eddie, seu melhor amigo numa rede de intrigas que tem como pano de fundo o submundo da cidade de Nova York. A luta para encontrar o assassino de Tony transformam Eddie em detetive improvisado.

São Paulo: Best Seller, 1986. 231p.

Ilha (A) – Aldous Huxley



É exatamente disso que esse livro se trata: sobre a prisão que acabamos construindo pra nós mesmos dentro das nossas cabeças. Aldous Huxley nos conta em 300 páginas a história de um povo que conseguiu achar outra saída, tendo a consciência de que a nossa inteligência evolutiva não precisa ser um fardo e tampouco fonte de sofrimento constante. Sua receita é simples, embora o resultado possa não ser assim tão fácil de engolir. 

Rio de Janeiro: Rio Gráfica, 1986.335p.

Horizonte Perdido – James Hilton

 


As aventuras de Horizonte Perdido começam com uma incrível viagem pelo Extremo Oriente na década de 1930. A bordo de um avião em fuga de uma conturbação revolucionária, quatro envolventes personagens acabam sendo conduzidos para Shangri-La, enigmático mosteiro de lamas cravado no Tibete. Naquele paraíso perdido, vão experimentar um tipo superior de aventura, a espiritual, iniciando uma jornada de autoconhecimento e contemplação. Pouco a pouco, descobrem que a realidade pode ser vista com outros olhos – que não os do pragmatismo e da agressividade –, retomando a esperança no destino humano em meio a um mundo arrasado por guerras. É o caminho da pacificação do espírito e da satisfação plena.

 São Paulo: Abril Cultural, 1980. 248p. 

Espião que saiu do frio (O) – John Le Carré

 


A trama de Le Carré acompanha o agente Alec Leamas na guerra de espionagem entre os dois lados do Muro de Berlim, sendo que Leamas pertence à parte Ocidental. Este é um livro focado no jogo de inteligência, explorando bastidores e estratégias dos grupos de espionagem na Guerra Fria.

São Paulo: Abril Cultural, 1980. 259p. 

O amadurecimento da Filosofia

Adão e Eva - Dürer

A partir do momento em que a filosofia começou a amadurecer no mundo ocidental, e isto se deu na Grécia Antiga, lá pelos séculos V e IV a.C., as explicações sobre os eventos, sobre os fenômenos, sobre as causas e fins da existência adquiriram um novo formato, um novo perfil. As explicações baseadas nos humores divinos começaram a ser deixadas de lado em favor de um tipo totalmente novo de argumentação. Este novo tipo de argumentação tinha por base o uso pleno da famosa Razão Humana - e esta tinha por uma das características deixar os deuses de lado quando o assunto exigisse algum tipo de reflexão do pensamento. 

O Nascer da Filosofia

Culto Afro - Omulu

Como vimos, as pessoas têm se perguntado o porquê das coisas serem de tal maneira desde o início do pensamento, desde o início da história humana. Porém, antes mesmo que a filosofia pudesse formular qualquer investigação sobre a natureza, a origem e o fim das coisas que existem, das que vemos e das que não vemos, outras tentativas de encontrar respostas foram executadas. 

A Filosofia


A palavra filosofia tem um significado muito especial, que é desconhecido pela maioria e que, no entanto, nos ajuda a entender a sua função na história humana.
Em termos muito gerais, filosofia vem do grego e quer dizer apego ao conhecimento. Mas este apego ao conhecimento também pode ser entendido como uma vontade, que é própria do ser humano, em tentar entender e explicar tudo o que está à sua volta, assim como o ar fresco matinal, as árvores pequenas e grandes, os riachos que fluem, as pedras que ficam paradas, ou as que rolam morro abaixo em tentar entender e explicar o objeto mais difícil e interessante de todos, que é a própria figura daquele que pensa sobre tudo isso, o homem.

Legalmente loira 2 - 84 min.



Depois de se formar em Harvard, Elle Woods (Reese Whiterspoon) é agora uma jovem advogada, que conseguiu seu primeiro emprego em um grande escritório e divide seu tempo entre a carreira e os preparativos para o casamento com Emmett Richmond (Luke Wilson). Ao descobrir que a mãe do seu adorado chihuahua, Bruiser, está sendo usada como cobaia em testes com cosméticos por um dos clientes do escritório em que trabalha, Elle resolve defender os direitos dos animais e é imediatamente despedida. Ela fica arrasada, mas sem deixar de ser otimista vai para Washington, para trabalha com a congressista Victoria Rudd (Sally Field) e resolver as coisas do seu jeito. Ao tentar entender como as decisões são tomadas e conquistar a simpatia de políticos, visando seus interesses pessoais, Elle enfrentará um grande desafio e logo é chamada de "Barbie do Capitólio", pois em meio a tantas cores sóbrias seu visual cor-de-rosa se sobressai. Isto faz com que os políticos não se simpatizem com Elle inicialmente e Washington D.C. não é um lugar fácil para uma mulher ligada com as últimas tendências da moda, mas com determinação Elle enfrenta o sistema ao estilo Woods. Elle ergue a voz em defesa não só por Bruiser, pois também quer criar uma lei que proteja todos os animais.

Repouso do Guerreiro (O) – C. Rochefort

 


O Repouso do Guerreiro" narra no melhor estilo realista a história de Geneviève e Renaud. Geneviève é uma estudante de medicina imersa em princípios humanitários, e que salva a vida de um alcoólatra suicida. Rochefort explora até a última consequência o erotismo feminino

São Paulo: Abril Cultural, 1980. 248p. 

Grande Gatsby (O) – F. Scott Fitzgerald

 


Nick Carraway, um jovem comerciante de Midwest, torna-se amigo de seu vizinho Jay Gatsby, um bilionário conhecido pelas festas animadas que dava na sua mansão em Long Island. ... Eventualmente, numa cena explosiva no hotel em Manhattan, Tom percebe o amor de Gatsby por Daisy e alega que Gatsby é um gângster.

São Paulo: Abril Cultural, 1980. 221p. 

Espártaco – Howard Fast


 

Romance histórico inspirado em um episódio real: a grande revolta dos escravos romanos iniciada em 73 a.C.. Spartacus era apenas um homem do povo, mas toda Roma tremia ao ouvir o seu nome.

São Paulo: Abril Cultural, 1981. 296p.

Dia do Chacal (O) – Frederic Forsyth

 


Ao descolonizar a Argélia, Charles de Gaulle provocou o descontentamento de parte da sociedade francesa e de oficiais de direita do exército francês. Uma organização clandestina conhecida como OAS, formada por antigos militares desertores, contrata um assassino profissional conhecido apenas como Chacal.

São Paulo: Abril Cultural, 1980. 442p.

Caso dos dez negrinhos (O) – Agatha Christie

 


O Caso dos Dez Negrinhos conta a história de dez pessoas que ficam presas em uma ilha. ... Se assustam mais ainda quando começam a morrer um por um, de acordo com um quadro localizado acima da lareira da sala, que conta um poema de como dez negrinhos morreram.

São Paulo: Abril Cultural, 1981. 201p.

Sangue Frio (A) – Truman Capote



Relata o brutal assassinato de uma família na cidade de Holcomb, localizada no interior do estado do Kansas, nos Estados Unidos da América, da ideia inicial do crime até a execução dos assassinos. 

São Paulo: Abril Cultural, 1980. 412p.

Grande Hotel – Vicki Baum


O livro conta as histórias entrelaçadas de várias personagens que transitam por um hotel situado em Berlim, o qual dá título ao verbete. 

São Paulo: Abril Cultural, 1980. 282p.

Fantoches de Deus (Os) – Morris West



A história começa com o ato de imensa repercussão: o Papa Gregório XVII abdica de seu cargo. Os cardeais apresentaram um ultimato ao Pontífice: "Deixe o cargo ou vamos declará-lo insano!" O motivo? O Papa afirma ter recebido uma revelação pessoal do fim do mundo e do Segundo Advento de Cristo. Gregório XVII é um místico, um lunático ou fanático emprenhado numa manobra de poder? É uma indagação que se formula não apenas em relação a Gregório, mas também sobre os maiores líderes religiosos e políticos do mundo, uma indagação com terríveis implicações. É que o mundo está em crise, mais uma vez, com os russos ameaçados de passarem um inverno à míngua, privados de alimentos, as colheitas fracassadas, enquanto as potências ocidentais lhes negam, numa manobra política, os cereais que poderiam salvá-los. A guerra atômica é uma sombria perspectiva, mais próxima do que nunca. O terror domina as pessoas, a desconfiança se instala por toda a parte, não há mais segurança nas ruas. Ainda resta alguma esperança, ainda existe alguma possibilidade de sobrevivência da humanidade? E quem poderia ser o instrumento da salvação do homem? O Papa que abdicou? O professor alemão, seu amigo, que deixou o hábito para casar e viver agora dilacerado pelos conflitos do mundo e pelos conflitos de sua própria família? A jovem francesa aleijada e disforme, que, para sobreviver, vende numa praça de Paris suas esculturas em vidro? Ou os pequenos fantoches de Deus - as crianças que não contam com inteligência ou perspectiva - podendo apenas exibir um sorriso meigo? A profundidade da história, a variedade de personagens extremamente bem delineados, a força dramática, a qualidade das idéias e a veemente afirmação de dignidade e esperança fazem que "Os Fantoches de Deus" seja uma leitura excepcional, uma experiência que ninguém poderá jamais esquecer. 

Rio de Janeiro: Record, 1981. 372p. 

Nome de Deus (Em) – David Yallop

 


O jornalista britânico David Yallop publicou em 1984, após longa pesquisa, a obra Em nome de Deus (In God\\'s Name), na qual oferece pistas sobre uma possível conspiração para matar João Paulo I. A dar-se crédito às fontes de Yallop (que incluem inúmeros clérigos e habitantes da cidade do Vaticano), João Paulo I esboçara, no início de seu breve pontificado, uma investigação sobre supostos esquemas de corrupção no IOR (Istituto di Opere Religiose, vulgo Banco do Vaticano). 

5ª edição. Rio de Janeiro: Record, 1984. 370p.

Fio da Navalha (O) – W. Somerset Maugham

 


O livro apresenta a estória de Larry, um piloto da Primeira Guerra que, ao retornar aos Estados Unidos, decide drásticas mudanças em sua vida: recusa de  emprego promissor, rompimento do noivado e viagem pelo mundo a procura de sabedoria e fé que vão além da natureza finita do homem. Possui fé em um Deus que nem sabe se existe e custa-lhe acreditar que a dura realidade seja permitida por um ser conhecido como “Todo Poderoso”. Por não combinarem com sua própria ideia de Deus, essas inquietações o deixa voraz por nova explicação sobre o mundo. Em sua busca pelo significado da vida e sua sede por conhecimento, Larry percorre três continentes e vivencia várias situações oriundas da guerra. 

Rio de Janeiro: Rio Gráfica, 1994. 331p.