"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Mena Barreto


João de Deus Mena Barreto nasceu em Porto Alegre, em 1874.
Militar, iniciou sua carreira em 1890, seguindo a carreira do pai, que era general, e de diversos outros membros de sua família desde o século XVI. De 1893 a 1895 combateu a Revolução Federalista deflagrada em seu estado contra o presidente Floriano Peixoto. Ingressou, em 1898, na Escola Militar do Rio de Janeiro. Em 1911, com a patente de major, tornou-se adjunto do ministro da Guerra, marechal Antônio Adolfo da Fontoura Mena Barreto, seu tio.  

Em 1922, como comandante da 2ª Brigada de Infantaria, participou da repressão ao levante militar ocorrido no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, que deu início às rebeliões tenentistas daquela década. Dois anos depois, voltou a combater uma rebelião promovida por jovens oficiais contra o governo, desta vez em Manaus. Ainda em 1924, assumiu o comando da 1ª Região Militar, cargo que exerceu até 1926, quando foi nomeado inspetor do 1º Grupo de Regiões Militares. Ainda em 1926, foi eleito presidente do Clube Militar.
Em 1930, com a crise no processo de sucessão presidencial e com a evolução dos fatos favorável aos revolucionários, liderou no Distrito Ferderal a articulação do golpe militar que depôs o presidente Washington Luís. Fez parte, em seguida, da junta militar que assumiu o poder no país entre 24 de outubro e 3 de novembro de 1930, da qual participavam também o general Tasso Fragoso e o contra-almirante Isaías de Noronha.
Depois da posse de Getúlio Vargas, foi mantido no cargo de inspetor do 1º Grupo de Regiões Militares. Em maio de 1931 foi nomeado interventor federal no estado do Rio de Janeiro, deixando o cargo três meses depois por discordar do Código dos Interventores, então publicado. Nesse mesmo ano foi nomeado ministro do Supremo Tribunal Militar (STM). Em 1932, procurou cumprir o papel de mediador no confronto então surgido entre os constitucionalistas de São Paulo e o governo federal.
Morreu no Rio de Janeiro, em 1933.
Fonte: Dicionário Histórico Biográfico Brasileiro pós 1930. 2ª ed. Rio de Janeiro: Ed. FGV, 2001

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