"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Os filósofos da natureza


A visão mitológica do mundo


O que é Filosofia?


Ampliando nossa ideia de razão.


A ideia de razão que apresentamos até aqui e que constitui o ideal de racionalidade criado pela sociedade européia ocidental sofreu alguns abalos profundos desde o início do século XX.
Aqui, vamos apenas oferecer alguns exemplos dos problemas que a Filosofia precisou enfrentar e que levaram a uma ampliação da ideia da razão.
Um primeiro abalo veio das ciências da Natureza ou, mais precisamente, da física e atingiu o princípio do terceiro-excluído. A física da luz (ou óptica) descobriu que a luz tanto pode ser explicada por ondas luminosas quanto por partículas descontínuas. Isso significou que já não se podia dizer: “ou a luz se propaga por ondas contínuas ou se propaga por partículas descontínuas”, como exigiria o princípio do terceiro-excluído, mas sim que a luz pode propagar-se tanto de uma maneira como de outra.  

Os princípios racionais.


Desde seus começos, a Filosofia considerou que a razão opera seguindo certos princípios que ela própria estabelece e que estão em concordância com a própria realidade, mesmo quando os empregamos sem conhecê-los explicitamente. Ou seja, o conhecimento racional obedece a certas regras ou leis fundamentais, que respeitamos até mesmo quando não conhecemos diretamente quais são e o que são. Nós as respeitamos porque somos seres racionais e porque são princípios que garantem que a realidade é racional.
Que princípios são esses? São eles:  

Origem da palavra razão.


Na cultura da chamada sociedade ocidental, a palavra razão origina-se de duas fontes: a palavra latina ratio e a palavra grega logos. Essas duas palavras são substantivos derivados de dois verbos que têm um sentido muito parecido em latim e em grego.
Logos vem do verbo legein, que quer dizer: contar, reunir, juntar, calcular. Ratio vem do verbo reor, que quer dizer: contar, reunir, medir, juntar, separar, calcular.  

Os vários sentidos da palavra razão.


Em nossa vida cotidiana usamos a palavra razão em muitos sentidos. Dizemos, por exemplo, “eu estou com a razão”, ou “ele não tem razão”, para significar que nos sentimos seguros de alguma coisa ou que sabemos com certeza alguma coisa. Também dizemos que, num momento de fúria ou de desespero, “alguém perde a razão”, como se a razão fosse alguma coisa que se pode ter ou não ter, possuir e perder, ou recuperar, como na frase: “Agora ela está lúcida, recuperou a razão”.  

Largo de São Francisco - Rio de Janeiro


Largo de São Francisco em 1875 (foto Marc Ferrez).

Trilhos do bonde


Trilhos do bonde na rua das Laranjeiras (foto Marc Ferrez).

Rua Direita - Rio de Janeiro

 

Rua Direita, antiga Primeiro de Março, um dos principais logradouros do Rio de Janeiro à época da colônia (foto Marc Ferrez).

Marc Ferrez (fotógrafo)


O fotógrafo Marc Ferrez ligou indissoluvelmente seu nome às imagens do Rio de Janeiro antigo.

Confeitaria Carceler


Confeitaria Carceler, na rua Direita, ponto elegante do Rio antigo (foto Marc Ferrez).

Avenida Beira-Mar


Antiga avenida Beira-Mar, no Rio de Janeiro (foto Marc Ferrez).

Colheita do algodão


Colheita do algodão, um dos produtos agrícolas que fizeram a riqueza do sul dos Estados Unidos.

Manhattan


Manhattan, parte central e insular de Nova York, tornou-se símbolo da pujança econômica dos Estados Unidos.

Guerra do Vietnã


A guerra do Vietnã (1961-1975) representou uma grave ameaça à paz mundial.

Combate ao subdesenvolvimento


O crescimento econômico sustentável, aquele que não agride a natureza, é a chave do combate ao subdesenvolvimento.

Agrotóxicos


O uso de agrotóxicos para defender as lavouras é frequentemente combatido pelos ambientalistas.

Degradação ambiental


A degradação ambiental ameaça inúmeras espécies de vegetais no mundo inteiro.

Queda de fertilidade


A tendência à queda da taxa de fertilidade mundial (número de filhos por mulher) se deve à maior conscientização sobre as questões relativas à saúde reprodutiva.

Povos nômades


Povos nômades, como alguns ciganos, por não estarem ligados a um território, são mais vulneráveis à violação de seus direitos civis e políticos.

Xenófanes de Colófon


Xenófanes (570 a.C. - 460 a.C.) foi um filósofo e poeta grego. Levou uma vida de rapsodo, por isso, preferiu viveu de forma errante.
Xenófanes nasceu na cidade de Cólofon, localizada na Jônia, atual Turquia. Viveu exilado de sua terra durante um tempo, pois a Grécia foi dominada pelos persas em 546 aC. Com isso, adquiriu e exercitou a arte de escrever poesias em sua vida nômade.
O filósofo e poeta fundou a escola de Eléia. Combateu as idéias sobre antropomorfismo, que é o pensamento dominante de que Deus possuía características e atribuições humanas. Xenófanes já possuía a idéia de que Deus era um ser perfeito e unitário, o que só viria a acontecer com o advento das grandes religiões tradicionais. Por conta disso, é considerado um estudioso da teologia.
No livro “Metafísica, de Aristóteles, o filósofo escreveu que Xenófanes foi o primeiro a identificar que o “Um” não é apenas um conceito ou uma matéria, mas sim ligado a Deus.
Xenófanes viveu até os 92 anos de idade.


Fonte: Portal E-Biografias

Parmênides de Eléia


Parmênides é considerado o fundador da escola de pensamento de Eléia, colônia grega que ficava no litoral da região da Campânia, no sul da Itália. Para alguns estudiosos, ele teria sido discípulo do pitagórico Amínia. Outros (entre os quais Platão e Aristóteles) consideram-no um seguidor do pensamento de Xenófanes.
Ele foi admirado por seus contemporâneos por ter levado uma vida regrada e exemplar. Pouco se conhece sobre sua vida. Sabe-se que ele esteve em Atenas, no ano em que completou 65 anos (por volta da metade do século V a.C.), e ali conheceu e se tornou amigo do jovem Sócrates.
Parmênides foi o mais influente dos filósofos que precederam Platão. Em sua doutrina se destacam o monismo e o imobilismo. Ele propôs que tudo o que existe é eterno, imutável, indestrutível, indivisível e, portanto, imóvel.
Parmênides considera que o pensamento humano pode atingir o conhecimento genuíno e a compreensão. Essa percepção do domínio do "ser" corresponde às coisas que são percebidas pela mente. O que é percebido pelas sensações, por outro lado, é, segundo ele, enganoso e falso, e pertence ao domínio do não-ser. Trata-se de uma oposição direta ao mobilismo defendido por Heráclito de Éfeso, para quem "tudo passa, nada permanece". Seu pensamento influenciou a chamada "teoria das formas", de Platão.
Ao contrário da maioria dos filósofos precedentes, que divulgaram seus pensamentos em prosa, Parmênides era um poeta e escreveu sua grande obra, "Da Natureza", em versos hexâmetros semelhantes aos de Homero. Além disso, ele atribuiu suas idéias a uma revelação divina.


Fonte: "Dicionário dos Filósofos", Denis Huisman, Martins Fontes, 2001

Demócrito de Abdera


Nascido em Abdera, Demócrito viajou pelo Egito e pela Ásia e teve uma vida extremamente longa. Escreveu numa prosa arcaica mas bem elaborada, elogiada por Cícero e Plutarco, sobre filosofia da natureza, matemática, ética e música. Restam-nos de suas obras somente curtos fragmentos, mas Aristóteles analisou sua doutrina filosófica.
Esse grande filósofo desenvolveu a doutrina atomística de Leucipo e se opôs à escola de Heráclito e à de Parmênides. Segundo Demócrito, os átomos de que se compõe o universo, similares em qualidade mas diferentes em volume e forma, estão em movimento constante no espaço e se agrupam de maneiras diferentes para formar os corpos.
Demócrito acrescentava que, embora os corpos decaiam e pereçam, os próprios átomos são eternos. Para Demócrito, a alma é uma forma sutil de fogo (sendo este último composto de átomos mais sutis) animando o corpo humano.
Alguns aspectos da doutrina de Demócrito aproximam-se de noções científicas modernas.
Em ética, Demócrito sustenta que se deve buscar a felicidade na moderação dos desejos e no reconhecimento da superioridade da alma sobre o corpo.
Segundo seus contemporâneos, Demócrito estava sempre rindo das loucuras da humanidade, e ele é às vezes era chamado de filósofo risonho, em oposição ao melancólico Heráclito. 


Fonte: Dicionário Oxford de Literatura Clássica (grega e latina), Paul Harvey, Jorge Zahar Editor

Alexei Butirskiy - Portão de Autumn


Alexei Butirskiy - Orgulho de Alexei


Alexei Butirskiy - Depois da Tempestade


Jornada a 10.000 a.C - 109 min


10.000 a.C. se passa em um período em que homens e feras pré-históricas lutavam pela sobrevivência na Terra e mostra as aventuras de D’Leh (Steven Strait), um jovem caçador que lidera um exército ao longo de um vasto e perigoso deserto. Enfrentando mamutes e tigres dente-de-sabre, ele segue caminho rumo a uma civilização perdida para salvar sua amada Evolet (Camilla Belle) das mãos de um maligno e poderoso guerreiro determinado a possuí-la.

1984 - 113 min


1984, Londres. O Reino Unido está sob o regime socialista, sendo controlado com mão de ferro pelo partido. Há em todo lugar telas de TV, que servem como os olhos do governo para saber o que os cidadãos fazem. No intuito de controlá-los são exibidas constantemente imagens através destas mesmas telas, relatando as batalhas enfrentadas pela Oceania em outros continentes. Winston Smith (John Hurt) vive sozinho e trabalha para um dos departamentos do governo, manipulando informações de forma que as notícias sejam positivas para a população. Até que, um dia, ele passa a se interessar por uma colega, Julia (Suzanna Hamilton), que o leva até os arredores da cidade. Eles passam a ter um relacionamento, algo proibido pelo partido, que deseja eliminar a libido na população.

Reds - 188 min


Pouco antes da Primeira Guerra Mundial, John Reed (Warren Beatty), um jornalista americano, conhece Louise Bryant (Diane Keaton), mulher casada que larga o marido para ficar com ele e se torna uma importante feminista. Os dois se envolvem em disputas políticas e trabalhistas nos Estados Unidos e vão para a Rússia a tempo de participarem da Revolução de outubro de 1917, quando os comunistas assumiram o poder. Este acontecimento inspira o casal, que volta à América esperando liderar uma revolução semelhante.

A Segunda Guerra Mundial (Parte 01/02)


Nesta teleaula você vai ficar sabendo como e onde começou a Segunda Guerra, que reuniu, de um lado, Alemanha, Itália e Japão e, do outro, os países aliados, entre eles a Inglaterra, os Estados Unidos e a União Soviética. Além disso, você vai ver como foram as principais batalhas desse conflito e como ficou o mundo após o seu fim.

A Segunda Guerra Mundial (Parte 02/02)

Os nacionalismos totalitários (Parte 01/02)


Nesta teleaula você vai ver que a Segunda Guerra foi provocada pelas ambições imperialistas da Alemanha, da Itália e do Japão. Além disso, saberá o que foi o nazi-fascismo alemão, o fascismo italiano e como era o governo militarista japonês.

Os nacionalismos totalitários (Parte 02/02)

O período entreguerras (Parte 01/02)


Nesta teleaula você vai ver como a prosperidade dos Estados Unidos, após a Primeira Guerra, esbarrou numa crise econômica que atingiu todo o mundo. Além disso, vai conhecer os problemas enfrentados pelas antigas potências europeias e ver o desenvolvimento da União Soviética.

O período entreguerras (Parte 02/02)

A crise na década de 1920 (Parte 01/02)


Nesta teleaula você vai ver de que forma a eleição presidencial de 1922 trouxe à tona a crise do Pacto Oligárquico. Além disso, saberá de que maneira os militares voltaram à cena política, fato que resultou na Revolução de 30.

A crise na década de 1920 (Parte 02/02)

Temas, disciplinas e campos filosóficos


A Filosofia existe há 25 séculos. Durante uma história tão longa e de tantos períodos diferentes, surgiram temas, disciplinas e campos de investigação filosóficos enquanto outros desapareceram. Desapareceu também a ideia de Aristóteles de que a Filosofia era a totalidade dos conhecimentos teóricos e práticos da humanidade.
Também desapareceu uma imagem, que durou muitos séculos, na qual a Filosofia era representada como uma grande árvore frondosa, cujas raízes eram a metafísica e a teologia, cujo tronco era a lógica, cujos ramos principais eram a filosofia da Natureza, a ética e a política e cujos galhos extremos eram as técnicas, as artes e as invenções. A Filosofia, vista como uma totalidade orgânica ou viva, era chamada de “rainha das ciências”. Isso desapareceu.  

As questões discutidas pela Filosofia contemporânea: Infinito e finito


O século XIX prosseguiu uma tradição filosófica que veio desde a Antiguidade e que foi muito alimentada pelo pensamento cristão. Nessa tradição, o mais importante sempre foi a ideia do infinito, isto é, da Natureza eterna (dos gregos), do Deus eterno (dos cristãos), do desenvolvimento pleno e total da História ou do tempo como totalização de todos os seus momentos ou suas etapas. Prevalecia a ideia de todo ou de totalidade, da qual os humanos fazem parte e na qual os humanos participam.
No entanto, a Filosofia do século XX tendeu a dar maior importância ao finito, isto é, ao que surge e desaparece, ao que tem fronteiras e limites. Esse interesse pelo finito aparece, por exemplo, numa corrente filosófica (entre os anos 30 e 50) chamada existencialismo e que definiu o humano ou o homem como “um ser para a morte”, isto é, um ser que sabe que termina e que precisa encontrar em si mesmo o sentido de sua existência.  

As questões discutidas pela Filosofia contemporânea: A maioridade da razão


No século XIX, o otimismo filosófico levava a Filosofia a afirmar que, enfim, os seres humanos haviam alcançado a maioridade racional, e que a razão se desenvolvia plenamente para que o conhecimento completo da realidade e das ações humanas fosse atingido.
No entanto, Marx, no final do século XIX, e Freud, no início do século XX, puseram em questão esse otimismo racionalista. Marx e Freud, cada qual em seu campo de investigação e cada qual voltado para diferentes aspectos da ação humana - Marx, voltado para a economia e a política; Freud, voltado para as perturbações e os sofrimentos psíquicos -, fizeram descobertas que, até agora, continuam impondo questões filosóficas. Que descobriram eles?  

As questões discutidas pela Filosofia contemporânea: O fim da Filosofia


No século XIX, o otimismo positivista ou cientificista levou a Filosofia a supor que, no futuro, só haveria ciências, e que todos os conhecimentos e todas as explicações seriam dados por elas. Assim, a própria Filosofia poderia desaparecer, não tendo motivo para existir.
No entanto, no século XX, a Filosofia passou a mostrar que as ciências não possuem princípios totalmente certos, seguros e rigorosos para as investigações, que os resultados podem ser duvidosos e precários, e que, freqüentemente, uma ciência desconhece até onde pode ir e quando está entrando no campo de investigação de uma outra.  

As questões discutidas pela Filosofia contemporânea: A cultura


No século XIX, a Filosofia descobre a Cultura como o modo próprio e específico da existência dos seres humanos. Os animais são seres naturais; os humanos, seres culturais. A Natureza é governada por leis necessárias de causa e efeito; a Cultura é o exercício da liberdade.
A cultura é a criação coletiva de idéias, símbolos e valores pelos quais uma sociedade define para si mesma o bom e o mau, o belo e o feio, o justo e o injusto, o verdadeiro e o falso, o puro e o impuro, o possível e o impossível, o inevitável e o casual, o sagrado e o profano, o espaço e o tempo. A Cultura se realiza porque os humanos são capazes de linguagem, trabalho e relação com o tempo. A Cultura se manifesta como vida social, como criação das obras de pensamento e de arte, como vida religiosa e vida política.  

As questões discutidas pela Filosofia contemporânea: As utopias revolucionárias


No século XIX, em decorrência do otimismo trazido pelas idéias de progresso, desenvolvimento técnico-científico, poderio humano para construir uma vida justa e feliz, a Filosofia apostou nas utopias revolucionárias - anarquismo, socialismo, comunismo -, que criariam, graças à ação política consciente dos explorados e oprimidos, uma sociedade nova, justa e feliz.  

As questões discutidas pela Filosofia contemporânea: As ciências e as técnicas


No século XIX, entusiasmada com as ciências e as técnicas, bem como com a Segunda Revolução Industrial, a Filosofia afirmava a confiança plena e total no saber científico e na tecnologia para dominar e controlar a Natureza, a sociedade e os indivíduos.
Acreditava-se que a sociologia, por exemplo, nos ofereceria um saber seguro e definitivo sobre o modo de funcionamento das sociedades e que os seres humanos poderiam organizar racionalmente o social, evitando revoluções, revoltas e desigualdades.  

As questões discutidas pela Filosofia contemporânea: História e progresso


Dissemos que a Filosofia contemporânea vai dos meados do século XIX até nossos dias e que, por estar próxima de nós, é mais difícil de ser vista em sua generalidade, pois os problemas e as diferentes respostas dadas a eles parecem impossibilitar uma visão de conjunto.
Em outras palavras, não temos distância suficiente para perceber os traços mais gerais e marcantes deste período da Filosofia. Apesar disso, é possível assinalar quais têm sido as principais questões e os principais temas que interessaram à Filosofia neste século e meio.

Mitologia Grega - Quadro para pesquisa e estudo


Abaixo lista de posts existentes no blog. Basta clicar e se deliciar com com as maravilhas da mitologia grega.



Alexei Butirskiy - Visão além da janela


Alexei Butirskiy - Um Passado orgulhoso


Alexei Butirskiy - Abril em Paris


O Mito hoje


Mas, e quanto aos nossos dias, os mitos são diferentes?
Tradicionalmente, a criação de mitos e lendas, olha para o passado para tentar fazer com que o presente tenha sentido. Ao invés disso, alguns mitos modernos olham para o futuro. Os contadores de estórias fazem uso de muitas invenções dos últimos séculos para tentar dar pistas de como a Terra será daqui a centenas de anos, ou para imaginar a vida daqui há bilhões de anos-luz no espaço ou no futuro distante.