Vida e morte
Vida e morte não são, para nós
humanos, simples acontecimentos biológicos. Como disse um filósofo, as coisas
aparecem e desaparecem, os animais começam e acabam, somente o ser humano vive
e morre, isto é, existe. Vida e
morte são acontecimentos simbólicos,
são significações, possuem sentido e fazem sentido.
Viver e morrer são a descoberta
da finitude humana, de nossa temporalidade e de nossa identidade: uma vida é minha e minha, a morte. Esta, e somente ela, completa o que somos, dizendo
o que fomos. Por isso, os filósofos estoicos propunham que somente após a
morte, quando terminam as vicissitudes da vida, podemos afirmar que alguém foi
feliz ou infeliz. Enquanto vivos, somos tempo e mudança, estamos sendo. Os filósofos existencialistas disseram: a existência
precede a essência, significando com isso que nossa essência é a síntese final
do todo de nossa existência. “Quem não souber morrer bem terá vivido mal”, afirmou
Sêneca.
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