A mitologia grega
Antes de a
primeira filosofia evoluir na Grécia antiga, o retrato predominante do mundo
era mitológico. Esse retrato ganhou corpo ao longo de séculos. A mitologia
grega se desenvolveu plenamente por volta de 700 a.C., quando Homero e Hesíodo
registraram compilações de mitos. As mais célebres são os poemas Ilíada e Odisseia, de Homero.
Há pelo menos
duas explicações possíveis para o surgimento da mitologia grega: os deuses
representam fenômenos naturais, como o sol e a lua, ou eram heróis de um
passado remoto, que foram glorificados ao longo do tempo.
Os Deuses
gregos se assemelharam fisicamente aos humanos e revelava sentimentos humanos,
com frequência se comportando de uma maneira tão egoísta quanto qualquer
mortal.
As histórias
desses deuses falam de uma época heroica de homens e mulheres com poderes
extraordinários e a exemplo do que ocorreu em outras culturas, há também mitos
que narram à criação do mundo e da humanidade.
Os mitos são
crenças e observações dos antigos rituais gregos, o primeiro povo ocidental,
surgindo por volta de 2000 a.C.. Consiste principalmente de um grupo de relatos
e lendas diversos sobre uma variedade de deuses.
A mitologia
grega tem várias características particulares. Os deuses gregos eram retratados
como semelhantes aos humanos em forma e sentimentos. Ao contrário de antigas
religiões, como o Hinduísmo ou o Judaísmo, a mitologia grega não envolvia
revelações especiais ou ensinamentos espirituais.
Também
variava largamente na sua prática e crença, com nenhuma estrutura formal, tal
como um governo religioso, a exemplo da igreja de nossos dias, e nenhum código
escrito, como um livro sagrado.
Séculos antes
do nascimento de Cristo e do advento do cristianismo, os gregos adoravam um
certo número de deuses e deusas que, segundo eles acreditavam, viviam no Monte
Olimpo, no sul da Macedônia, na Grécia.
As antigas
histórias desses deuses inspiraram poetas, pintores e escultores durante vários
séculos. Algumas das pinturas e esculturas mais conhecidas e preciosas do mundo
representam os deuses do Olimpo e suas aventuras.
Os gregos
antigos acreditavam que a terra era de forma achatada e circular, seu ponto
central o Monte Olimpo ou Delfos. A terra era dividida em duas partes iguais
pelo Mar, como era chamado então o Mediterrâneo (medi = meio, terrâneo =
terra). Ao redor da terra corria o Rio Oceano, cujo curso regular alimentava o
Mar e os rios.
Naqueles
tempos remotos, os gregos pouco sabiam sobre a existência de outros povos além
deles mesmos, a não ser dos povos vizinhos as suas terras. Imaginavam que ao
norte vivia uma raça de povo feliz, os Hiperbórios, que viviam numa eterna
felicidade. Seu território não podia ser alcançado nem por terra nem por mar.
Eles nunca envelheciam nem adoeciam, não trabalhavam, nem guerreavam. Ao sul
vivia um outro povo feliz que se chamava Aethiopios. Eram amados pelos deuses
que costumavam visitá-los e compartilhar seus banquetes. Ao oeste encontrava-se
o lugar, o mais feliz de todos, os Campos Elíseos, onde as pessoas que tinham o
favor dos deuses eram levadas para viver para sempre sem nunca morrer.
A mitologia
grega é uma das mais geniais concepções que a humanidade produziu. Os gregos,
com sua fantasia, povoaram o céu e a terra, os mares e o mundo subterrâneo de
Divindades Principais e Secundárias. Amantes da ordem instauraram uma precisa
categoria intermediária para os Semideuses e Heróis.
A mitologia
grega apresenta-se como uma transposição da vida em zonas ideais. Superando o
tempo, ela ainda se conserva com toda a sua serenidade, equilíbrio e alegria. A
religião grega teve uma influência tão duradoura, ampla e incisiva, que vigorou
da pré-história ao século IV e muitos dos seus elementos sobreviveram nos
Cultos Cristãos e nas tradições locais.
A civilização
grega era constituída de pequenas cidades-estados. Os gregos amavam a vida e a
viviam com entusiasmo. Eles tinham pouco interesse na vida após a morte, a
qual, mesmo para os grandes homens daquele tempo, era acreditada como sendo
incômoda.
Na Odisseia
a morte de Aquiles retrata que ele preferia ser um escravo em vida à um rei
morto. O melhor que um homem podia esperar seria procurar realizar grandes
façanhas que seriam relembradas depois de sua morte.
Os gregos
acreditavam no individualismo e apreciavam as diferentes personalidades e caráteres Eles eram fascinados pela contradição que muitas virtudes podem levar
um homem exemplar à ruína ou à felicidade. Tinham uma forma de pensamento muito
sutil.
Seus mitos e
religião refletiam estas características. Seus deuses eram personalizados com
poder e imperfeições individuais, deuses que cometiam erros e eram flagrados
enganando seus cônjuges. Mas também eram deuses heroicos hábeis, amáveis e
desenvolviam artes e habilidades essenciais de diversas maneiras, como música,
tecelagem, ferragem etc.
Os heróis
mortais também tinham um papel importante na mitologia. Houve tempos em que os
deuses precisavam de um herói mortal para vencer batalhas por eles. Mas muito
raramente faziam com que um herói viesse a se tornar um deus.
Muitos dos
mais famosos contos heroicos apresentam vez ou outra, relatos de alguém sendo
trazido de volta do mundo subterrâneo. Esta característica apresenta um forte
contraste às religiões que consagram que a ida ao mundo além da vida é o
caminho correto para o objetivo principal da existência.
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