"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Eleitos (Os): onde o futuro começa - [1983] - 193 min.


A adaptação da obra não fictícia escrita por Tom Wolfe retrata os primeiros quinze anos do programa espacial americano. Os focos são as vidas dos astronautas, incluindo John Glenn e Alan Shepard, e a reconstrução dos perigos e frustrações vividas pelos envolvidos com a NASA. Os astronautas lutam contra a burocracia e problemas familiares para ganhar a corrida espacial em nome do seu país.

Dois caras legais - [2016] - 116 min.



A filha de uma funcionária do Departamento de Justiça é sequestrada. Sua mãe contrata o detetive Healy para investigar o caso. Ao lado do desajeitado oficial March, eles descobrem uma conspiração ligada à morte de uma estrela de filmes adultos.

Aventuras de Agamenon (As), o repórter - [2012] - 74 min.



O filme conta a história do jornalista fictício Agamenon Mendes Pedreira, mostrando seus divertidíssimos furos de reportagem em eventos importantes de todo o século XX.

Aparecida, o Milagre - [2010] - 90 min.


Depois de um grave acidente, Lucas fica entre a vida e a morte. Desesperado para salvá-lo, seu pai pede ajuda a Nossa Senhora Aparecida, que lhe restitui a fé e lhe dá a chance de acertar as contas com o passado, com sua família e com ele mesmo.

12 anos de escravidão - 134 min.



Em 1841, Solomon Northup é um negro livre, que vive em paz ao lado da esposa e filhos. Um dia, após aceitar um trabalho que o leva a outra cidade, ele é sequestrado e acorrentado. Vendido como se fosse um escravo, Solomon precisa superar humilhações físicas e emocionais para sobreviver. Ao longo de doze anos, ele passa por dois senhores, Ford e Edwin Epps, que, cada um à sua maneira, exploram seus serviços.

Alexandre, o Grande - 124 min.



Conquistando 90 por cento do mundo até os 25 anos de idade, Alexandre, o Grande liderou seu exército por 35.000 km em ataques e conquistas em apenas oito anos. Da minúscula Macedônia, Alexandre liderou seu exército contra o poderoso Império Persa, rumou para o Egito e finalmente chegou à Índia.

Castelo de areia - [2017] - 117 min.




Durante a ocupação americana no Iraque, um grupo de soldados acaba de concluir uma ação vitoriosa em Bagdá. Antes de voltarem aos Estados Unidos, eles têm uma última missão: ir ao pequeno vilarejo Baquba, região pouco conhecida pelas tropas estrangeiras. A tarefa dos militares é reativar o serviço de água dos habitantes, destruído pelo próprio exército americano. O soldado Matt Ocre (Nicholas Hoult) não tem vocação para a vida no exército, mas precisa buscar ajuda dos iraquianos a fim de concluir o difícil serviço. Mas como confiar nos inimigos? Como fazer o povo atacado confiar nos americanos? 

Força Aérea Um - [1997] - 126 min.



Depois de fazer um discurso em Moscou, prometendo nunca negociar com terroristas, o presidente James Marshall embarca no Air Force One com a sua família e conselheiros. Quando um grupo de terroristas liderados por Ivan Korshunov sequestra o voo, os princípios do Presidente são colocados à prova. Fingindo a sua fuga, o ex-soldado Marshall fica escondido na aeronave e corre contra o tempo para salvar sua família e todos a bordo.

Troca (A) - 142 min.



Em 1928, em Los Angeles, Christine Collins, uma mãe solteira, chega em casa e descobre que seu filho Walter desapareceu. Cinco meses depois, ela recebe a notícia que ele foi encontrado em Illinois. Porém, para sua surpresa, o garoto que chega de trem não é seu filho. Autoridades enfrentam suas alegações e seu aliado vê o caso como sua chance para expor a corrupção do governo e da polícia de Los Angeles.

Psicose - [1960] - 109 min.



Após roubar 40 mil dólares para se casar com o namorado, uma mulher foge durante uma tempestade e decide passar a noite em um hotel que encontra pelo caminho. Ela conhece o educado e nervoso proprietário do estabelecimento, Norman Bates, um jovem com um interesse em taxidermia e com uma relação conturbada com sua mãe. O que parece ser uma simples estadia no local se torna uma verdadeira noite de terror.

Resumindo



176. A fé é uma adesão pessoal, do homem todo, a Deus que Se revela. Comporta uma adesão da inteligência e da vontade à Revelação que Deus fez de Si mesmo, pelas suas ações e palavras.

177. «Crer» tem, pois, uma dupla referência: à pessoa e à verdade; à verdade, pela confiança na pessoa que a atesta.

178. Não devermos crer em mais ninguém senão em Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.

179.  A fé é um dom sobrenatural de Deus. Para crer, o homem tem necessidade dos auxílios interiores do Espírito Santo. 

III. Uma só fé



172. Desde há séculos, através de tantas línguas, culturas, povos e nações, a Igreja não cessa de confessar a sua fé única, recebida de um só Senhor, transmitida por um só Batismo, enraizada na convicção de que todos os homens têm apenas um só Deus e Pai (50). Santo Ireneu de Lião, testemunha desta fé, declara:

173. «A Igreja, embora dispersa por todo o mundo até aos confins da Terra, tendo recebido dos Apóstolos e dos seus discípulos a fé, [...] guarda [esta pregação e esta fé] com tanto cuidado como se habitasse numa só casa; nela crê de modo idêntico, como tendo um só coração e uma só alma; prega-a e ensina-a e transmite-a com voz unânime, como se tivesse uma só boca» (51). 

II. A linguagem da fé



170. Não acreditamos em fórmulas, mas sim nas realidades que as fórmulas exprimem e que a fé nos permite «tocar». «O ato [de fé] do crente não se detém no enunciado, mas na realidade [enunciada]» (48). No entanto, é através das fórmulas da fé que nos aproximamos dessas realidades. As fórmulas permitem-nos exprimir e transmitir a fé, celebrá-la em comunidade, assimilá-la e dela viver cada vez mais.

171. A Igreja, que é «coluna e apoio da verdade» (1 Tm 3, 15), guarda fielmente a fé transmitida aos santos de uma vez por todas (49). É ela que guarda a memória das palavras de Cristo. É ela que transmite, de geração em geração, a confissão de fé dos Apóstolos. Tal como uma mãe ensina os seus filhos a falar e, dessa forma, a compreender e a comunicar, a Igreja, nossa Mãe, ensina-nos a linguagem da fé, para nos introduzir na inteligência e na vida da fé.

I. «Olhai, Senhor, para a fé da vossa Igreja»



168. É, antes de mais, a Igreja que crê, e que assim suporta, nutre e sustenta a minha fé. É primeiro a Igreja que, por toda a parte, confessa o Senhor («Te per orbem terrarum sancta confitetur Ecclesia» – «A Santa Igreja anuncia por toda a terra a glória do vosso nome» – como cantamos no «Te Deum»). Com ela e nela, também nós somos atraídos e levados a confessar: «Eu creio», «Nós cremos». É da Igreja que recebemos a fé e a vida nova em Cristo, pelo Batismo. No Ritual Romano, o ministro do Batismo pergunta ao catecúmeno: «Que vens pedir à Igreja de Deus?» E ele responde: – «A fé». – «Para que te serve a fé?» – «Para alcançar a vida eterna» (46).

169. A salvação vem só de Deus. Mas porque é através da Igreja que recebemos a vida da fé, a Igreja é nossa Mãe. «Cremos que a Igreja é como que a mãe do nosso novo nascimento, mas não cremos na Igreja como se ela fosse a autora da nossa salvação»(47). É porque é nossa Mãe, é também a educadora da nossa fé.

NÓS CREMOS



166. A fé é um ato pessoal, uma resposta livre do homem à proposta de Deus que Se revela. Mas não é um ato isolado. Ninguém pode acreditar sozinho, tal como ninguém pode viver só. Ninguém se deu a fé a si mesmo, como ninguém a si mesmo se deu a vida. Foi de outrem que o crente recebeu a fé; a outrem a deve transmitir. O nosso amor a Jesus e aos homens impele-nos a falar aos outros da nossa fé. Cada crente é, assim, um elo na grande cadeia dos crentes. Não posso crer sem ser amparado pela fé dos outros, e pela minha fé contribuo também para amparar os outros na fé.

167. «Eu creio» (44): é a fé da Igreja, professada pessoalmente por cada crente, principalmente por ocasião do Batismo. «Nós cremos» (45): é a fé da Igreja, confessada pelos bispos reunidos em Concílio ou, de modo mais geral, pela assembleia litúrgica dos crentes. «Eu creio»: é também a Igreja, nossa Mãe, que responde a Deus pela sua fé e nos ensina a dizer: «Eu creio», «Nós cremos». 

A FÉ – VIDA ETERNA INICIADA



163. A fé faz que saboreemos, como que de antemão, a alegria e a luz da visão beatifica, termo da nossa caminhada nesta Terra. Então veremos Deus «face a face» (1 Cor 13, 12), «tal como Ele é» (1 Jo 3, 2). A fé, portanto, é já o princípio da vida eterna:
«Enquanto, desde já, contemplamos os benefícios da fé, como reflexo num espelho, é como se possuíssemos já as maravilhas que a nossa fé nos garante havermos de gozar um dia» (40).

164. Por enquanto, porém, «caminhamos pela fé e não vemos claramente» (2 Cor 5, 7), e conhecemos Deus «como num espelho, de maneira confusa, [...] imperfeita» (1 Cor, 13, 12). Luminosa por parte d'Aquele em quem ela crê, a fé é muitas vezes vivida na obscuridade, e pode ser posta à prova. O mundo em que vivemos parece muitas vezes bem afastado daquilo que a fé nos diz: as experiências do mal e do sofrimento, das injustiças e da morte parecem contradizer a Boa-Nova, podem abalar a fé e tornarem-se, em relação a ela, uma tentação.

165. É então que nos devemos voltar para as testemunhas da fé: Abraão, que acreditou, «esperando contra toda a esperança» (Rm 4, 18); a Virgem Maria que, na «peregrinação da fé» (41), foi até à «noite da fé» (42), comungando no sofrimento do seu Filho e na noite do seu sepulcro (43); e tantas outras testemunhas da fé: «envoltos em tamanha nuvem de testemunhas, devemos desembaraçar-nos de todo o fardo e do pecado que nos cerca, e correr com constância o risco que nos é proposto, fixando os olhos no guia da nossa fé, o qual a leva à perfeição» (Heb 12, 1-2). 

A LIBERDADE DA FÉ



160. Para ser humana, «a resposta da fé, dada pelo homem a Deus, deve ser voluntária. Por conseguinte, ninguém deve ser constrangido a abraçar a fé contra vontade. Efetivamente, o ato de fé é voluntário por sua própria natureza» (32). «E certo que Deus chama o homem a servi-Lo em espírito e verdade; mas, se é verdade que este apelo obriga o homem em consciência, isso não quer dizer que o constranja [...]. Isto foi evidente, no mais alto grau, em Jesus Cristo» (33). De fato, Cristo convidou à fé e à conversão, mas de modo nenhum constrangeu alguém. «Deu testemunho da verdade, mas não a impôs pela força aos seus contraditores. O seu Reino [...] dilata-se graças ao amor, pelo qual, levantado na cruz, Cristo atrai a Si todos os homens (34)».

A NECESSIDADE DA FÉ

161. Para obter a salvação é necessário acreditar em Jesus Cristo e n'Aquele que O enviou para nos salvar (35). «Porque "sem a fé não é possível agradar a Deus" (Heb 11, 6) e chegar a partilhar a condição de filhos seus; ninguém jamais pode justificar-se sem ela e ninguém que não "persevere nela até ao fim" (Mt 10, 22; 24, 13) poderá alcançar a vida eterna» (36).

A FÉ E A INTELIGÊNCIA



156. O motivo de crer não é o fato de as verdades reveladas aparecerem como verdadeiras e inteligíveis à luz da nossa razão natural. Nós cremos «por causa da autoridade do próprio Deus revelador, que não pode enganar-se nem enganar-nos» (20). «Contudo, para que a homenagem da nossa fé fosse conforme à razão, Deus quis que os auxílios interiores do Espírito Santo fossem acompanhados de provas exteriores da sua Revelação» (21). Assim, os milagres de Cristo e dos santos (22), as profecias, a propagação e a santidade da Igreja, a sua fecundidade e estabilidade «são sinais certos da Revelação, adaptados à inteligência de todos» (23), «motivos de credibilidade», mostrando que o assentimento da fé não é, «de modo algum, um movimento cego do espírito» (24).

157. A fé é certa, mais certa que qualquer conhecimento humano, porque se funda na própria Palavra de Deus, que não pode mentir. Sem dúvida, as verdades reveladas podem parecer obscuras à razão e à experiência humanas; mas «a certeza dada pela luz divina é maior do que a dada pela luz da razão natural» (25). «Dez mil dificuldades não fazem uma só dúvida» (26). 

III. As características da fé



A FÉ É UMA GRAÇA

153. Quando Pedro confessa que Jesus é o Cristo, o Filho do Deus vivo, Jesus declara-lhe que esta revelação não lhe veio «da carne nem do sangue, mas do seu Pai que está nos Céus» (Mt 16, 17) (16). A fé é um dom de Deus, uma virtude sobrenatural infundida por Ele. «Para prestar esta adesão da fé, são necessários a prévia e concomitante ajuda da graça divina e os interiores auxílios do Espírito Santo, o qual move e converte o coração para Deus, abre os olhos do entendimento, e dá "a todos a suavidade em aceitar e crer a verdade"» (17).

A FÉ É UM ATO HUMANO

154. O ato de fé só é possível pela graça e pelos auxílios interiores do Espírito Santo. Mas não é menos verdade que crer é um ato autenticamente humano. Não é contrário nem à liberdade nem à inteligência do homem confiar em Deus e aderir às verdades por Ele reveladas. Mesmo nas relações humanas, não é contrário à nossa própria dignidade acreditar no que outras pessoas nos dizem acerca de si próprias e das suas intenções, e confiar nas suas promessas (como, por exemplo, quando um homem e uma mulher se casam), para assim entrarem em mútua comunhão. Por isso, é ainda menos contrário à nossa dignidade «prestar, pela fé, submissão plena da nossa inteligência e da nossa vontade a Deus revelador» (18) e entrar assim em comunhão intima com Ele. 

II. «Eu sei em quem pus a minha fé» (2 Tm 1, 12)



CRER SÓ EM DEUS

150. Antes de mais, a fé é uma adesão pessoal do homem a Deus. Ao mesmo tempo, e inseparavelmente, é o assentimento livre a toda a verdade revelada por Deus. Enquanto adesão pessoal a Deus e assentimento à verdade por Ele revelada, a fé cristã difere da fé numa pessoa humana. É justo e bom confiar totalmente em Deus e crer absolutamente no que Ele diz. Seria vão e falso ter semelhante fé numa criatura (12).

CRER EM JESUS CRISTO, FILHO DE DEUS

151. Para o cristão, crer em Deus é crer inseparavelmente n'Aquele que Deus enviou – «no seu Filho muito amado» em quem Ele pôs todas as suas complacências (13): Deus mandou-nos que O escutássemos (14). O próprio Senhor disse aos seus discípulos: «Acreditais em Deus, acreditai também em Mim» (Jo 14, 1). Podemos crer em Jesus Cristo, porque Ele próprio é Deus, o Verbo feito carne: «A Deus, nunca ninguém O viu. O Filho Unigénito, que está no seio do Pai, é que O deu a conhecer» (Jo 1, 18). Porque «viu o Pai» (Jo 6, 46), Ele é o único que O conhece e O pode revelar (15). 

MARIA – «FELIZ AQUELA QUE ACREDITOU»



148. A Virgem Maria realiza, do modo mais perfeito, a «obediência da fé». Na fé, Maria acolheu o anúncio e a promessa trazidos pelo anjo Gabriel, acreditando que «a Deus nada é impossível» (Lc 1, 37) (9) e dando o seu assentimento: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1, 38). Isabel saudou-a: «Feliz aquela que acreditou no cumprimento de quanto lhe foi dito da parte do Senhor» (Lc 1, 45). É em virtude desta fé que todas as gerações a hão-de proclamar bem-aventurada (10).

149. Durante toda a sua vida e até à última provação (11), quando Jesus, seu filho, morreu na cruz, a sua fé jamais vacilou. Maria nunca deixou de crer «no cumprimento» da Palavra de Deus. Por isso, a Igreja venera em Maria a mais pura realização da fé. 

I. A «obediência da fé»



144. Obedecer (ob-audire) na fé é submeter-se livremente à palavra escutada, por a sua verdade ser garantida por Deus, que é a própria verdade. Desta obediência, o modelo que a Sagrada Escritura nos propõe é Abraão. A sua realização mais perfeita é a da Virgem Maria.

ABRAÃO – «O PAI DE TODOS OS CRENTES»

145. A Epístola aos Hebreus, no grande elogio que faz da fé dos antepassados, insiste particularmente na fé de Abraão: «Pela fé, Abraão obedeceu ao chamamento de Deus, e partiu para uma terra que viria a receber como herança: partiu, sem saber para onde ia» (Heb 11, 8) (4). Pela fé, viveu como estrangeiro e peregrino na terra prometida (5). Pela fé, Sara recebeu a graça de conceber o filho da promessa. Pela fé, finalmente, Abraão ofereceu em sacrifício o seu filho único (6). 

A RESPOSTA DO HOMEM A DEUS



142. Pela sua revelação, «Deus invisível, na riqueza do seu amor, fala aos homens como amigos e convive com eles, para os convidar e admitir à comunhão com Ele» (1). A resposta adequada a este convite é a fé.

143. Pela fé, o homem submete completamente a Deus a inteligência e a vontade; com todo o seu ser, o homem dá assentimento a Deus revelador (2). A Sagrada Escritura chama «obediência da fé» a esta resposta do homem a Deus revelador (3).

Desmundo - Ana Miranda



Este belo romance de Ana Miranda é o relato de uma jovem que atravessou não apenas o oceano Atlântico, mas a linha imaginária que separa a realidade e o sonho, a liberdade e a escravidão, o amor e o ódio, a virtude e o pecado, o corpo e o espírito. Numa noite do ano de 1555 chega ao Brasil uma caravela trazendo uma leva de órfãs mandadas pela rainha de Portugal para se casarem com os cristãos que aqui habitavam. Com a mente repleta de sonhos e fantasias, elas pisam pela primeira vez a terra distante, onde um mundo rude, belíssimo, violento as espera. A história dessas órfãs é contada por uma delas, Oribela, com sua visão mítica, espiritual, sensual - uma jovem que costuma ter visões noturnas, ímpetos de partir e muito medo da paixão que habita sua alma. 

De primeira viagem: (antologia de contos) - Heloisa Prieto (Org.)



O conto "Juventude", de Joseph Conrad, que encerra a antologia De primeira viagem, organizada por Heloisa Prieto, mostra bem o que as histórias reunidas no livro têm em comum: são todas narrativas de experiências inaugurais. No conto, um marinheiro que aos vinte anos sobreviveu a um naufrágio relembra a aventura vivida em alto mar como uma passagem de sofrimento, mas também de felicidade intensa - sentimentos que podem ser tomados como metáfora desse período especial da vida. A juventude é o tema que desafia sete autores brasileiros a contar histórias marcadas por momentos de iniciação: a descoberta do amor sensual, o medo da noite urbana, o universo febril do rock, o relacionamento conflituoso entre pai e filho - tristezas e alegrias próprias da juventude alternam-se nos textos do livro. Contos de Milton Hatoum, Ana Miranda, Moacyr Scliar, Fernando Bonassi, Heloisa Prieto, Paulo Bloise e Tony Bellotto apresentam vivências próprias àqueles que estão às voltas com mistérios, medos, sonhos e amores dos vinte anos, tempo da existência em que o desejo mais urgente é lançar-se à vida como um navegante que empreende a primeira travessia.

Entre a seca e a garoa: conto - Ricardo Ramos



Treze contos trazem homens e mulheres comuns vivendo e tentando compreender os mistérios da vida. Reflexões, saudades e um turbilhão de sentimentos mostram de um jeito cativante o comportamento humano.

Erinlé, o caçador e outros contos africanos - Adilson Martins



Neste livro os personagens têm nomes africanos; os animais e as plantas são nativos da África; os lugares ficam na África; mas seus temas são universais. Alguns contos procuram explicar a origem de certas coisas: esse é um tipo de conto presente em todas as culturas. Existem contos que falam de recompensas e castigos, ou do valor da esperteza para enfrentar dificuldades. Com eles, também aprendemos que pequenos favores a animais mágicos podem trazer grandes benefícios, e que o caçula enganado pelos irmãos pode “dar a volta por cima”, entre muitas outras lições. Os contos se caracterizam por apresentar muitos elementos e detalhes que vamos descobrindo aos poucos, conforme vamos lendo (ou ouvindo) mais e mais vezes o mesmo texto.

Sagarana - Guimarães Rosa



Apresentando a paisagem e o homem de sua terra numa linguagem já então exclusiva, por meio de contos como 'O burrinho pedrês', 'Duelo', 'A hora e a vez de Augusto Matraga', Guimarães Rosa fez deste livro a semente de uma obra cujo sentido e alcance ainda estão por ser inteiramente decifrados.

Lendas do deserto - Malba Tahan



Em areias escaldantes do grande deserto, pontilhadas de guerreiros beduínos, califas, vizires, povoações humildes e palácios suntuosos se passam as lendas do deserto. São contos do povo árabe inventados pelo genial Malba Tahan.

Todos os contos do lápis surdo - Ramiro S. Osório



Os contos do livro nos remetem à literatura do nonsense (a mesma literatura em Alice no País das Maravilhas), com linguagem leve, espontânea e muito próxima da falada. Inovador, o autor desconstrói os signos, inventando para eles novas funções, sem abrir mão da poesia, como no conto "Do outro lado da ponte", quando escreve: Eu não vinha chorando. Eu apenas recorri a lágrimas para apagar o fogo. O leitor não se deve assombrar com o uso demasiado de pontuação, ou com a insensatez dos diálogos ou a carta inacabada de Lena para Ivo. São recursos provocativos que servem para nos dizer que a literatura segue por onde ela quer. Sempre nos causando espanto. Instigante, a literatura escolhida por Ramiro se apresenta inovadora não só na estética da escrita, como também, nas ilustrações: ele próprio criou as imagens dos seus contos.

O livreiro do Alemão - Otávio Júnior



Nesta obra, o autor revela como um livro, que ele encontrou no lixo quando tinha 8 anos de idade, mudou sua vida. Morador do Complexo do Alemão, Rio de Janeiro, Otávio criou em sua comunidade o projeto 'Ler é 10' - Favela, cujo objetivo é ensinar às crianças o prazer da leitura. Apesar da violência, do tráfico de drogas e da carência de recursos dos moradores das favelas, a história de Otávio tenta ser a prova que o livro tem um poder de transformação na vida das crianças e jovens

Os ratos - Dyonélio Machado



Em uma década marcada por grandes romances dedicados aos dramas cotidianos da população mais pobre, Dyonelio transformou Naziazeno Barbosa, atormentado protagonista de 'Os Ratos', em uma das figuras mais marcantes da galeria de personagens desvalidos que povoam a literatura brasileira dos anos 30. Naziezeno precisa de cinquenta e três mil-réis para pagar a conta do leite e sai pela cidade - Porto Alegre do começo do século XX - para cavar o dinheiro. Como num lance de jogo, a narração seguirá as andanças desse funcionário público, movido pela mais estrita necessidade, durante um único dia.

Sociedade dos poetas mortos - [1989] - 128 min.



Em 1959 na Welton Academy, uma tradicional escola preparatória, um ex-aluno (Robin Williams) se torna o novo professor de literatura, mas logo seus métodos de incentivar os alunos a pensarem por si mesmos cria um choque com a ortodoxa direção do colégio, principalmente quando ele fala aos seus alunos sobre a "Sociedade”.

Padre - [2011] - 87 min.



No mundo devastado por uma guerra entre humanos e vampiros, um padre guerreiro vive no anonimato até ter a sobrinha sequestrada. Ela é levada por um grupo de vampiros assassinos para um local de confinamento, que fica nas Reservas. Contrariando as ordens da Igreja, entidade que orienta os humanos e afirma não haver ataques vampíricos, o padre parte para o resgate da menina. Sua determinação esbarra nas decisões da Igreja, que recruta outros padres para tentar trazê-lo de volta, vivo ou morto.

Vida é bela (A) - [1998] - 122 min.



Durante a Segunda Guerra Mundial na Itália, o judeu Guido e seu filho Giosué são levados para um campo de concentração nazista. Afastado da mulher, ele tem que usar sua imaginação para fazer o menino acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê-lo do terror e da violência que os cercam.

Sufragistas (As) - [2015] - 106 min.



O início da luta do movimento feminista e os métodos incomuns de batalha. A história das mulheres que enfrentaram seus limites na luta por igualdade e pelo direito de voto. Elas resistiam à opressão de forma passiva, mas, a partir do momento em que começaram a sofrer uma crescente agressão da polícia, decidiram se rebelar publicamente.

Corajosos - [2011] - 130 min.



Quatro policiais questionam sua fé e seu papel como pais e maridos após uma tragédia que acontece próximo a casa deles. Juntos, eles tomam uma decisão que muda suas vidas.

Mogli: entre dois mundos - [2018] - 104 min.



Criado por uma alcateia em meio às florestas da Índia, Mogli vive com os animais da selva e conta com a amizade do urso Baloo e da pantera Bagheera. Ele é aceito por todos os animais, exceto pelo temido tigre Shere Khan. Mogli se depara com suas origens humanas e perigos maiores do que a rixa com Shere Khan surgem.

Inimigos públicos - [2009] - 143 min.



John Dillinger era um criminoso audacioso e violento, mas que atraía a opinião pública ao seu favor, principalmente porque dizia retirar dos bancos o dinheiro que elas roubavam do cidadão. Assim, prender o assaltante tornou-se uma obsessão do presidente J. Edgar Hoover que, disposto a tudo para fortalecer o FBI, coloca Dillinger como o inimigo público número um. Para ajudar em sua missão, Hoover contrata o policial Melvin Purvis e o deixa igualmente obcecado pela captura do bandido.

Protegendo o inimigo - [2012] - 115 min.



Tobin Frost é um ex-agente da CIA procurado pela Agência por traição. Ele é perseguido por mercenários ao negociar um dispositivo eletrônico na Cidade do Cabo e sua única alternativa é pedir proteção ao agente Weston.

First they killed my father - [2017] - 136 min.



Camboja, 1975. Quando o regime comunista do Khmer Vermelho assume o controle da capital do país, Phnom Penh, a pequena Loung Ung (Sareum Srey Moch) é obrigada a deixar para trás sua casa e seguir com a família para o interior. Num campo de trabalho forçado ela convive diariamente com o horror, a fome, o medo e a ameaça de separação dos pais e irmãos. Baseado em fatos reais.

Olhos da justiça - [2015] - 119 min.



Um agente do FBI passa 13 anos investigando o assassinato brutal da filha de uma colega de trabalho e uma nova pista revela um segredo obscuro e terrível.

Controle absoluto - [2008] - 118 min.



Jerry Shaw e Rachel Holloman não se conhecem, mas um telefonema feito por uma mulher desconhecida muda suas vidas completamente. Ameaçando a vida de ambos e de suas famílias, a voz utiliza a mais moderna tecnologia para rastrear e controlar todos os seus movimentos. Logo eles se tornam os fugitivos mais procurados do país, precisando se unir para descobrir o que realmente está ocorrendo.