A Aliança com Noé
56. Desfeita a unidade do gênero
humano pelo pecado, Deus procurou imediatamente, salvar a humanidade intervindo
com cada uma das suas partes. A aliança com Noé, a seguir ao dilúvio (9),
exprime o princípio da economia divina em relação às «nações», quer dizer, em
relação aos homens reagrupados «por países e línguas, por famílias e nações» (Gn 10,
5) (10).
57. Esta ordem, ao mesmo tempo
cósmica, social e religiosa da pluralidade das nações (11), destinava-se a
limitar o orgulho duma humanidade decaída, que, unânime na sua perversidade
(12), pretendia refazer por si mesma a própria unidade, à maneira de Babel
(13). Mas, por causa do pecado (14), quer o politeísmo quer a idolatria da
nação e do seu chefe são uma contínua ameaça de perversão pagã a esta economia
provisória.
58. A aliança com Noé permanece em
vigor enquanto durar o tempo das nações (15), até à proclamação universal do
Evangelho. A Bíblia venera algumas grandes figuras das «nações», como «o justo
Abel», o rei e sacerdote Melquisedec (16), figura de Cristo (17), ou os justos
«Noé, Danel e Job» (Ez 14, 14). Deste modo, a Escritura
exprime o alto grau de santidade que podem atingir os que vivem segundo a
aliança de Noé, na expectativa de que Cristo «reúna, na unidade, todos os
filhos de Deus dispersos» (Jo 11, 52).
NOTAS:
9. Cf. Gn 9, 9.
10. Cf. Gn 10, 20-31.
11. Cf. Act 17, 26-27.
12. Cf. Sb 10, 5.
13. Cf. Gn 11, 4-6.
14. Cf. Rm 1, 18-25.
15. Cf. Lc 21, 24.
16. Cf. Gn 14, 18.
17. Cf. Heb 7, 3.
Fonte: Catecismo da Igreja Católica
(versão digital). Disponível: www.catolicoorante.com.br. Acesso: 07/jun/2018
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