Arte na Grécia Antiga
As artes plásticas na Grécia antiga tinham, basicamente, duas funções: decorar a arquitetura e pedir ou agradecer aos deuses.Uma curiosidade: na tradição greco-romana não existia diferença entre os conceitos de arte e técnica. Tanto em grego como em latim, a mesma palavra era utilizada para o trabalho em escultura, olaria, joalheria, pintura. O mesmo termo significava técnica, habilidade, uma espécie de conhecimento técnico e também estava associado ao trabalho, à profissão.O artesão era aquele que executava um trabalho, buscando a perfeição, o conhecimento. Segundo esse conceito, a "arte" era uma habilidade que poderia ser aprendida e aperfeiçoada.
Mitos e cenas do cotidiano - Para os gregos antigos, música e poesia eram classificados em outra categoria de atividades, com uma definição mais próxima ao que consideramos hoje em dia como arte. Tratava-se de atividades que não resultavam apenas de uma habilidade aprendida, mas de talento pessoal. Além disso, muitas esculturas tinham finalidade meramente religiosas. Não eram vistas como obras de arte. Os relevos eram utilizados para decorar templos e altares com o objetivo de narrar mitos. O mesmo valia para as ânforas (jarras ou vasos), que poderiam trazer em suas pinturas cenas mitológicas ou do cotidiano.
Os romanos e a arte grega - Os romanos, ao dominarem o Império construído por Alexandre o Grande, absorveram a cultura helênica (grega). Assim, muito do que sabemos hoje sobre a arte grega chegou até nós por meio dos objetos produzidos (e copiados) pelos romanos. Isso quer dizer que dependemos muito da arqueologia para entender essas sociedades e culturas tidas como berço de nossa civilização. A música se perdeu, não existem registros. A poesia chegou até nós graças às peças de teatro. Segundo alguns estudiosos, só sobreviveu 10% ou menos do que efetivamente foi produzido. Também conseguiram resistir ao tempo os textos narrativos considerados os mais antigos da civilização ocidental, em forma de versos, que são os poemas épicos atribuídos a Homero: a "Ilíada" e a "Odisséia". Outro ícone do desenvolvimento artístico grego são os inúmeros vestígios de mármore e cerâmica, com o qual se faziam esculturas.
O período arcaico (700 a.C. a 490 a.C.)
Chama-se de arcaico o período em que os gregos começaram a desenvolver técnicas sob a influência e contato com as idéias das civilizações mais antigas do Egito e do Oriente.Durante essa fase, os escultores gregos desenvolveram a representação da figura humana, tornando-a mais realista. Iniciou-se a preocupação com os detalhes do corpo e das vestimentas. Observe as imagens ao lado.Assim como faziam os egípcios, desenvolveram a representação de jovens ("kouroi"), fazendo estátuas para pedir ou agradecer. Mas é possível notar no "kouros", masculino, o início da definição dos músculos, as pernas separadas e um esboço de movimento. Essas características levariam às regras de representação na Grécia Clássica.
Período clássico (490-80 a.C. a 330-20 a.C.)
É nesse momento em que as esculturas chegam ao ápice do naturalismo. Alguns escultores passam a ser reconhecidos pelo seu trabalho e assinam suas obras, como Fídias e Policleto. Este último chegou a escrever regras de representação da figura humana. Policleto viveu em Argos. Fazia esculturas de deuses, mas sobretudo de atletas. Com a escultura Doríforo ele estabeleceu um cânone da beleza, ou seja, regras de proporção para a representação da figura humana que influenciaram artistas durante muitos séculos.
Período helenístico (cerca de 323 a.C. a 30 a.C.)
Você sabe qual a diferença entre helênico e helenístico? Helênico é um adjetivo que os gregos da antigüidade usavam para se referirem a eles mesmos. Eles se autodenominavam helenos, assim como a Grécia era chamada Hélade.
Helenístico é um adjetivo moderno utilizado para descrever o período que vai da morte de Alexandre (323 a.C.) à conquista final do mundo helênico por Roma (30 a.C).
As mudanças nas concepções artísticas no período, em relação aos precentes, são evidentes na representação da figura humana. A habilidade técnica e os ideais de beleza estabelecidos são aplicados à representação de figuras que sugerem movimento, por vezes quase teatrais, que toma o lugar da serenidade formal.
Em "Laocoonte e seus filhos", conjunto de esculturas que representam uma lenda da época da Guerra de Tróia, podem-se observar os esforços de representar o corpo de maneira realista e a dramaticidade na ação, reforçadas pela presença das serpentes, nos detalhes da roupa e na sensação de sofrimento transmitida pela obra.
Todo esse desenvolvimento da habilidade para representar a figura humana fez o ideal de beleza construído pelos gregos perdurar até nossos dias. São apenas os artistas modernos, as vanguardas européias no início do século 20 que irão contestar esse padrão, 2.500 anos depois.
Helenístico é um adjetivo moderno utilizado para descrever o período que vai da morte de Alexandre (323 a.C.) à conquista final do mundo helênico por Roma (30 a.C).
As mudanças nas concepções artísticas no período, em relação aos precentes, são evidentes na representação da figura humana. A habilidade técnica e os ideais de beleza estabelecidos são aplicados à representação de figuras que sugerem movimento, por vezes quase teatrais, que toma o lugar da serenidade formal.
Em "Laocoonte e seus filhos", conjunto de esculturas que representam uma lenda da época da Guerra de Tróia, podem-se observar os esforços de representar o corpo de maneira realista e a dramaticidade na ação, reforçadas pela presença das serpentes, nos detalhes da roupa e na sensação de sofrimento transmitida pela obra.
Todo esse desenvolvimento da habilidade para representar a figura humana fez o ideal de beleza construído pelos gregos perdurar até nossos dias. São apenas os artistas modernos, as vanguardas européias no início do século 20 que irão contestar esse padrão, 2.500 anos depois.
Fonte: Portal UOL
25 de março de 2011 às 17:07
Muito massa esse blog
5 de dezembro de 2015 às 14:54
gostei muito do blog me ajudou na escola vlw
obs: tbm sou de vitoria da conquista BA #tmj