IV. Como é que o Filho de Deus é homem
O FILHO DE DEUS FEZ-SE HOMEM
IV. Como é que o Filho de Deus
é homem
470. Uma vez que, na
união misteriosa da Encarnação, «a natureza humana foi assumida, não absorvida»
(101), a Igreja, no decorrer dos séculos, foi levada a confessar a plena
realidade da alma humana, com as suas operações de inteligência e vontade, e do
corpo humano de Cristo. Mas, paralelamente, a mesma Igreja teve de lembrar repetidamente
que a natureza humana de Cristo pertence, como própria, à pessoa divina do
Filho de Deus que a assumiu. Tudo o que Ele fez e faz nela, depende de «um da
Trindade». Portanto, o Filho de Deus comunica à sua humanidade o seu próprio
modo de existir pessoal na Santíssima Trindade. E assim, tanto na sua alma como
no seu corpo, Cristo exprime humanamente os costumes divinos da Trindade (102):
«O Filho de Deus trabalhou com
mãos humanas, pensou com uma inteligência humana, agiu com uma vontade humana,
amou com um coração humano. Nascido da Virgem Maria, tornou-Se verdadeiramente
um de nós, semelhante a nós em tudo, exceto no pecado» (103).
Notas:
101. II Concílio do Vaticano,
Const. past. Gaudium et spes, 22: AAS 58 (1966) 1042.
102. Cf. Jo 14.
9-10.
103. II Concílio do
Vaticano, Const. past. Gaudium et spes, 22: AAS 58 (1966) 1042-1043.
Fonte: Catecismo da Igreja Católica (versão digital). Disponível: www.catolicoorante.com.br. Acesso: 02/jan/2021
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