O CRIADOR
279. «No princípio, Deus criou o céu e a terra» (Gn 1,
1). É com estas palavras solenes que começa a Sagrada Escritura. E o Símbolo da
fé retoma-as, confessando a Deus, Pai todo-poderoso, como «Criador do céu e da
terra» (101), «de todas as coisas, visíveis e invisíveis» (102). Vamos,
portanto, falar primeiro do Criador, depois da sua criação, e, finalmente, da
queda do pecado, de que Jesus, Filho de Deus, nos veio Libertar.
280. A criação é o fundamento de «todos os desígnios
salvíficos de Deus», «o princípio da história da salvação» (103), que culmina
em Cristo. Por seu lado, o mistério de Cristo derrama sobre o mistério da
criação a luz decisiva; revela o fim, em vista do qual «no princípio Deus criou
o céu e a terra» (Gn 1, 1): desde o princípio, Deus tinha em
vista a glória da nova criação em Cristo (104).
281. É por isso que as leituras da Vigília Pascal,
celebração da nova criação em Cristo, começam pela narrativa da criação. Do
mesmo modo, na liturgia bizantina, a narrativa da criação constitui sempre a
primeira leitura das vigílias das grandes festas do Senhor. Segundo o
testemunho dos antigos, a instrução dos catecúmenos para o Batismo segue o
mesmo caminho (105).
Notas:
101. Símbolo dos Apóstolos: DS 30.
102. Símbolo Niceno-Constantinopolitano: DS 150.
103. Cf. Sagrada Congregação do Clero, Directorium
catechisticum generale, 51: AAS 64 (1972) 128.
104. Cf. Rm 8, 18-23.
105. Cf. Egria, Itinerarium seu Peregrinatio ad loca
sancta 46, 2: SC 296, 308: PLS 1, 1089-1090: Santo
Agostinho. De catechizandis rudibus 3, 5: CCL 46. 124 (PL 40,
313).
Fonte: Catecismo da Igreja
Católica (versão digital). Disponível: www.catolicoorante.com.br.
Acesso: 22/jul/2020
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