A IMACULADA CONCEIÇÃO
490. Para vir a ser Mãe
do Salvador, Maria «foi adornada por Deus com dons dignos de uma tão grande
missão» (137). O anjo Gabriel, no momento da Anunciação, saúda-a como «cheia de
graça» (138). Efetivamente, para poder dar o assentimento livre da sua fé ao
anúncio da sua vocação, era necessário que Ela fosse totalmente movida pela
graça de Deus.
491. Ao longo dos
séculos, a Igreja tomou consciência de que Maria, «cumulada de graça» por Deus
(139), tinha sido redimida desde a sua conceição. É o que confessa o dogma da
Imaculada Conceição, proclamado em 1854 pelo Papa Pio IX:
«Por uma graça e favor singular de Deus onipotente e em previsão dos méritos de Jesus Cristo, Salvador do gênero humano, a bem-aventurada Virgem Maria foi preservada intacta de toda a mancha do pecado original no primeiro instante da sua conceição» (140).
492. Este esplendor de
uma «santidade de todo singular», com que foi «enriquecida desde o primeiro
instante da sua conceição» (141), vem-lhe totalmente de Cristo: foi «remida dum
modo mais sublime, em atenção aos méritos de seu Filho» (142). Mais que toda e
qualquer outra pessoa criada, o Pai a «encheu de toda a espécie de bênçãos
espirituais, nos céus, em Cristo» (Ef 1, 3). «N'Ele a escolheu
antes da criação do mundo, para ser, na caridade, santa e irrepreensível na sua
presença» (Ef 1, 4).
493. Os Padres da
tradição oriental chamam a Mãe de Deus «a toda santa» («Panaghia»), celebram-na
como «imune de toda a mancha de pecado, visto que o próprio Espírito Santo a
modelou e dela fez uma nova criatura» (143). Pela graça de Deus, Maria
manteve-se pura de todo o pecado pessoal ao longo de toda a vida.
Notas:
137. Cf. II Concílio
Vaticano, Const. dogm. Lumen
Gentium, 56: AAS 57 (1965) 60.
138. Cf. Lc 1, 28.
139. Cf. Lc 1, 28.
140. Pio IX,
Bulla Ineffabilis Deus DS 2803.
141. Cf. Cf. II Concílio
Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium,, 56: AAS 57 (1965) 60.
142. Cf. II Concílio
Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 53: AAS 57 (1965) 58.
143. Cf. II Concílio
Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 56: AAS 57 (1965) 60.
Fonte: Catecismo da Igreja
Católica (versão digital). Disponível: www.catolicoorante.com.br.
Acesso: 07/fev/2021
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