MARIA – «SEMPRE VIRGEM»
499. O aprofundamento da
fé na maternidade virginal levou a Igreja a confessar a virgindade real e
perpétua de Maria (162), mesmo no parto do Filho de Deus feito homem (163). Com
efeito, o nascimento de Cristo «não diminuiu, antes consagrou a integridade
virginal» da sua Mãe (164).
A Liturgia da Igreja
celebra Maria “Aeiparthenos” como a «sempre Virgem» (165)
500. A isso objeta-se, por vezes, que a Escritura menciona irmãos e irmãs de Jesus (166). A Igreja entendeu sempre estas passagens como não designando outros filhos da Virgem Maria. Com efeito, Tiago e José, «irmãos de Jesus» (Mt 13, 55), são filhos duma Maria discípula de Cristo (167) designada significativamente como «a outra Maria» (Mt 28, 1). Trata-se de parentes próximos de Jesus, segundo uma expressão conhecida do Antigo Testamento (168).
501. Jesus é o filho
único de Maria. Mas a maternidade espiritual de Maria (169) estende-se a todos
os homens que Ele veio salvar: «Ela deu à luz um Filho que Deus estabeleceu
como "primogênito de muitos irmãos" (Rm 8, 29), isto é, dos
fiéis para cuja geração e educação Ela coopera com amor de mãe» (170).
Notas:
162. II Concílio de
Constantinopla, Sess.8ª Canon 6 : DS 427.
163. Cf. São Leão
Magno, Tomus ad Flavianum: DS 291; Ibid.: DS 294; Pelágio I,
Ep.Humani generis: DS 442: Concílio e Latrão, Canon 3: DS 503; XVI
Concílio de Toledo,Symbolum: DS 571; Paulo IV, Const. Cum quorumdam
hominum: DS 1880.
164. II Concílio do Vaticano,
Const. dogm. Lumen Gentium, 57: AAS 57 (1965) 61.
165 II Concílio do
Vaticano, Const. dogm. Lumen
Gentium, 52: AAS 57 (1965) 58.
166. Cf. Mc 3, 31-35; 6, 3: 1
Cor 9, 5: Gl 1, 19.
167.
Cf. Mt 27, 56.
168. Cf. Gn 13, 8;
14, 16; 29. 15; etc.
169. Cf. Jo 19,
26-27; Ap 12, 17.
170. Cf. II Concílio do
Vaticano, Const. dogm. Lumen Gentium, 63: AAS 57 (1965) 64.
Fonte: Catecismo da Igreja
Católica (versão digital). Disponível: www.catolicoorante.com.br.
Acesso: 07/fev/2021
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