O Progresso da Ciência (Parte 02/05)
O que é Ciência ?
Quando ouvimos uma teoria como a do big-bang, segundo a qual o universo é resultado de uma explosão ocorrida há cerca de 14 bilhões de anos atrás, a primeira questão que pensamos é: como os cientistas chegaram à tese da explosão?
Segundo o filósofo francês especialista em epistemologia, Gaston Bachelard, a ciência é um conjunto de saberes cuja compreensão histórica não se faz de traz para frente. Isso significa que não se entende a ciência investigando as origens de forma linear. Muitas vezes só se compreende as conexões de conhecimentos que permitiram uma descoberta científica num tempo posterior ao da descoberta. Bachelard cita o exemplo da pólvora, inventada por volta do século IX na China. Analisando os elementos que a compõem, sabemos que os conhecimentos que as pessoas tinham sobre enxofre, nitrato de potássio e carvão não eram suficientes para saber que a mistura desses ingredientes geraria uma explosão surpreendente.
Os constituintes, não tendo neles mesmos nem princípio de ignição, nem força de explosão, daí decorre que a pólvora de canhão não pode nem se inflamar, nem explodir. O velho inventor (...) não podia compreender sua invenção partindo do conhecimento comum das substâncias que ele misturava. (BACHELARD, 1972, p. 25)
Esse exemplo mostra a necessidade de se compreender a ciência a partir da história de seus métodos e diretrizes. A invenção da pólvora, do cálculo infinitesimal, a descoberta do princípio de conservação da energia, as leis do movimento, etc., são fatos que devem ser entendidos como ruptura, mas não necessariamente um rompimento consciente de seus efeitos.
Quando ouvimos uma teoria como a do big-bang, segundo a qual o universo é resultado de uma explosão ocorrida há cerca de 14 bilhões de anos atrás, a primeira questão que pensamos é: como os cientistas chegaram à tese da explosão?
Segundo o filósofo francês especialista em epistemologia, Gaston Bachelard, a ciência é um conjunto de saberes cuja compreensão histórica não se faz de traz para frente. Isso significa que não se entende a ciência investigando as origens de forma linear. Muitas vezes só se compreende as conexões de conhecimentos que permitiram uma descoberta científica num tempo posterior ao da descoberta. Bachelard cita o exemplo da pólvora, inventada por volta do século IX na China. Analisando os elementos que a compõem, sabemos que os conhecimentos que as pessoas tinham sobre enxofre, nitrato de potássio e carvão não eram suficientes para saber que a mistura desses ingredientes geraria uma explosão surpreendente.
Os constituintes, não tendo neles mesmos nem princípio de ignição, nem força de explosão, daí decorre que a pólvora de canhão não pode nem se inflamar, nem explodir. O velho inventor (...) não podia compreender sua invenção partindo do conhecimento comum das substâncias que ele misturava. (BACHELARD, 1972, p. 25)
Esse exemplo mostra a necessidade de se compreender a ciência a partir da história de seus métodos e diretrizes. A invenção da pólvora, do cálculo infinitesimal, a descoberta do princípio de conservação da energia, as leis do movimento, etc., são fatos que devem ser entendidos como ruptura, mas não necessariamente um rompimento consciente de seus efeitos.
Gaston Bachelard
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