CRISTO «COM TODOS OS SEUS ANJOS»
331. Cristo é o centro
do mundo dos anjos (angélico). Estes pertencem-Lhe: «Quando o Filho do Homem
vier na sua glória, acompanhado por todos os [seus] anjos...» (Mt 25,
31). Pertencem-Lhe, porque criados por e para Ele: «em vista d'Ele é que foram
criados todos os seres, que há nos céus e na terra, os seres visíveis e os
invisíveis, os anjos que são os tronos, senhorias, principados e dominações.
Tudo foi criado por seu intermédio e para Ele» (Cl 1, 16), E são
d'Ele mais ainda porque Ele os fez mensageiros do seu plano salvador: «Não são
eles todos espíritos ao serviço de Deus, enviados a fim de exercerem um
ministério a favor daqueles que hão-de herdar a salvação?» (Heb 1, 14).
332. Ei-los, desde a
criação (172) e ao longo de toda a história da salvação, anunciando de longe ou
de perto esta mesma salvação, e postos ao serviço do plano divino da sua
realização: eles fecham o paraíso terrestre (173); protegem Lot (174), salvam
Agar e seu filho (175), detêm a mão de Abraão (176) pelo seu ministério é
comunicada a Lei (177), são eles que conduzem o povo de Deus (178), anunciam
nascimentos (179) e vocações (180) assistem os profetas (181) – para não citar
senão alguns exemplos. Finalmente, é o anjo Gabriel que anuncia o nascimento do
Precursor e o do próprio Jesus (182).
333. Da Encarnação à
Ascensão, a vida do Verbo Encarnado é rodeada da adoração e serviço dos anjos.
Quando Deus «introduziu no mundo o seu Primogênito, disse: Adorem-n'O todos os
anjos de Deus» (Heb 1, 6). O seu cântico de louvor, na altura do
nascimento de Cristo, nunca deixou de se ouvir no louvor da Igreja: «Glória a
Deus [...]» (Lc 2, 14). Eles protegem a infância de Jesus (183),
servem-n'O no deserto (184) e confortam-n'O na agonia (185) no momento em que
por eles poderia ter sido salvo das mãos dos inimigos (186) como outrora Israel
(187). São ainda os anjos que «evangelizam» (188), anunciando a Boa-Nova da
Encarnação (189) e da Ressurreição (190) de Cristo. E estarão presentes quando
da segunda vinda de Cristo, que anunciam (191), ao serviço do seu juízo (192).
Notas:
172. Cf. Jó 38, 7,
onde os anjos são chamados «filhos de Deus».
173. Cf. Gn 3, 24.
174. Cf. Gn 19.
175. Cf. Gn 21,
17.
176. Cf. Gn 22,
11.
177. Cf. Act 7.
53.
178.
Cf. Ex 23, 20-23.
179. Cf. Jz 13.
180. Cf. Jz 6,
11-24; Is 6. 6.
181. Cf. 1 Rs 19,
5.
182. Cf. Lc 1, 11.
26.
183. Cf. Mt 1, 20;
2, 13.19.
184. Cf. Mc 1,
13; Mt 4, 11.
185. Cf. Lc 22,
43.
186. Cf. Mt 26,
53.
187. Cf. 2 Mac 10,
29-30; 11, 8.
188. Cf. Lc 2, 10.
189. Cf. Lc 2,
8-14.
190 Cf. Mc 16,
5-7.
191. Cf. Act 1,
10-11.
192. Cf. Mt 13,
41; 24, 31; Lc 12, 8-9.
Fonte: Catecismo da Igreja
Católica (versão digital). Disponível: www.catolicoorante.com.br.
Acesso: 10/ago/2020
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