«UM PARA O OUTRO» – «UMA UNIDADE A DOIS»
371. Criados juntamente, o
homem e a mulher são, na vontade de Deus, um para o outro. A Palavra
de Deus no-lo dá a entender em diversos passos do texto sagrado. «Não convém
que o homem esteja só: vou fazer-lhe uma ajudante que se pareça com
ele» (Gn 2, 18). Nenhum dos animais pode ser este «par» do homem
(242). A mulher que Deus «molda» da costela tirada do homem e que apresenta ao
homem, provoca da parte deste, uma exclamação admirativa, de amor e comunhão:
«E osso dos meus ossos e carne da minha carne» (Ga 2, 23). O homem
descobre a mulher como um outro «eu», da mesma humanidade.
372. O homem e a mulher são feitos «um para o outro»: não é que Deus os tenha feito «a meias» e «incompletos»; criou-os para uma comunhão de pessoas, em que cada um pode ser «ajuda» para o outro, uma vez que são, ao mesmo tempo, iguais enquanto pessoas («osso dos meus ossos») e complementares enquanto masculino e feminino (243). No matrimônio, Deus une-os de modo que, formando «uma só carne» (Gn 2, 24), possam transmitir a vida humana: «crescei e multiplicai-vos, enchei e dominai a terra» (Gn 1, 28). Transmitindo aos seus descendentes a vida humana, o homem e a mulher, como esposos e pais, cooperam de modo único na obra do Criador (244).
373. Segundo o desígnio
de Deus, o homem e a mulher são vocacionados para «dominarem a terra» (245)
como «administradores» de Deus. Esta soberania não deve ser uma dominação
arbitrária e destruidora. A imagem do Criador, «que ama tudo o que existe»
(Sb 11, 24), o homem e a mulher são chamados a participar na Providência
divina em relação às outras criaturas. Daí a sua responsabilidade para com o
mundo que Deus lhes confiou.
Notas:
242. Cf. Gn
2, 19-20.
243. Cf. João Paulo II, Ep.
ap. Mulieris dignitatem, 7: AAS 80 (1988) 1664-1665.
244. Cf. II Concílio do
Vaticano, Const. past. Gaudium et spes, 50: AAS 58 (1966) 1070-1071.
245. Cf. Gn 1, 28.
Fonte: Catecismo da Igreja
Católica (versão digital). Disponível: www.catolicoorante.com.br.
Acesso: 30/ago/2020
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