"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

A Europa no século XIX – Resumo (Parte 02/03)


A unificação italiana

O Congresso de Viena, em suas decisões territoriais, havia dividido a Itália em vários Estados:
• o reino de Piemonte-Sardenha, governado pela dinastia italiana de Savóia;
• o reino Lombardo-Veneziano e dos ducados de Parma, Módena e Toscana, sob domínio da Áustria;
• os Estados Pontifícios, ao centro, sob domínio do papa;
• o reino das Duas Sicilias, governado pela dinastia dos Bourbons, da Espanha.

O ideal de unificação foi posto em prática pelo primeiro-ministro do reino de Piemonte, conde Camilo Cavour, a partir de 1852. Esse reino era o mais desenvolvido da região. Sua burguesia industrial começava a crescer e queria expandir-se, o que seria facilitado com a unificação. Cavour, com o apoio da burguesia, organizou o exército, iniciando as lutas.
No começo de 1859, Cavour e Napoleão III, da França, firmaram um acordo de ajuda mútua e, graças a ele, a Áustria foi derrotada. O reino de Piemonte-Sardenha anexou a região da Lombardia e os ducados de Parma, Módena e Toscana. Porém, Napoleão III rompeu a aliança e firmou um acordo com a Áustria, que manteve sob seu domínio a região de Veneza.
Giuseppe Garibaldi, líder revolucionário, republicano convicto e bastante popular, reuniu e chefiou um exército de voluntários, os “camisas-vermelhas”. Marchou sobre o reino das Duas Sicílias, conquistando-o em 1860. Nesse mesmo ano, Vitor Emanuel II chegou ao sul da Itália, sendo aclamado rei do país por Garibaldi.
Em 1866, a Itália aliou-se à Prússia numa guerra contra a Áustria. Com a vitória dos prussianos e italianos, a Áustria foi obrigada a entregar Veneza aos italianos.
Para que a Itália fosse unificada, restavam apenas os Estados Pontifícios, sob domínio do papa.
Em 1870, estourou a guerra franco-prussiana, e Napoleão III retirou seus exércitos dos Estados Pontifícios. Aproveitando-se disso, os nacionalistas italianos invadiram e dominaram a região central da península, completando o processo de unificação.
Duas regiões, Trieste e Trento, chamadas irredentas, continuaram em poder dos austríacos. Só foram anexadas à Itália após a Primeira Guerra Mundial.
O papa Pio IX, em reação à perda de seus territórios, declarou-se prisioneiro voluntário do governo italiano, dando origem à Questão Romana.
Essa questão foi resolvida somente em 1929, quando Mussolini, ditador da Itália, e o papa Pio XI assinaram o Tratado de Latrão, criando o Estado do Vaticano, sob domínio da Igreja.

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