"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Conceituando o termo “Identidade”


Ao pensarmos “Identidade” somos remetidos quase que imediatamente ao RG, nosso registro civil, que possuí um número para nos identificar e uma série de outras informações que nos tornam “reconhecíveis” para o “sistema”, aos olhos da lei, para questões burocráticas etc. Nele constam nossa naturalidade indicando em que estado nascemos, nacionalidade, indicando nosso país, filiação e data de nascimento; contudo o termo “Identidade” tem um significado muito mais complexo e abrangente, afinal não podemos ser resumidos apenas em um número. Para Jurandir Freire Costa (1989), “(…) a identidade é tudo que se vivencia (sente, enuncia) como sendo eu, por ocasião àquilo que se percebe ou anuncia como não-eu (aquilo que é meu; aquilo que é outro) (…) “a identidade não é uma experiência uniforme, pois é formulada por sistemas de representações diversos. Cada um destes sistemas corresponde ao modo como o sujeito se atrela ao universo sócio-cultural. Existe assim, uma identidade social, étnica, religiosa, de classe; profissional, etc.”  

Nós não nascemos já com uma identidade pronta, aliás segundo o filósofo Henri Bergson construímos o nosso “eu” todos os dias, ou seja, desde a mais tenra infância vamos nos construindo como indivíduos únicos, esse processo nunca acaba, iremos construir e reconstruir nossas identidades ao longo da vida. O indivíduo nunca a constrói sozinho: depende tanto dos julgamentos dos outros como das suas próprias orientações e autodefinições. A identidade é um produto de sucessivas socializações. (DUBAR, Claude. A Socialização Construção das Identidades Sociais. Porto Editora. Lisboa. Portugal. 1997)
 A “sociedade humana” é formada por pessoas que têm necessidade uma das outras para continuarem a espécie, buscarem seus objetivos, e sobreviverem. É uma imensa corrente que permite que o ser humano nasça, cresça e viva. O homem é um animal social, pois tende a se agrupar através de propósitos, gostos, preocupações e costumes em comum com outros indivíduos, e assim formamos os chamados grupos sociais que, para a sociologia, aparecem enquanto um sistema de relações e de interações recorrentes entre pessoas.
Uma tendência natural do ser humano é a de procurar uma identificação em alguém ou em alguma coisa, ou seja o sentimento de “pertencimento” ou “identificação”. Quando uma pessoa se identifica com outra e passa a estabelecer um vínculo social com ela, ocorre uma associação humana. Com o estabelecimento de muitas associações humanas, o ser humano passou a organizar os grupos sociais.
Grupo social é uma forma básica de associação humana que se considera como um todo, com tradições morais e materiais. Para que exista um grupo social é necessário que haja uma interação entre seus participantes. Os grupos sociais possuem uma forma de organização, mesmo que subjetiva, se diferem quanto ao grau de contato de seus membros, e pode ser definido como uma reunião de pessoas, interagindo umas com as outras, e por isso capazes de ação conjunta, visando atingir um objetivo comum compartilham os mesmos interesses, portanto partilham ideias.

Principais grupos sociais:
  • Grupo familiar – família;
  • Grupo vicinal – vizinhança;
  • Grupo educativo – escola, universidade, curso etc.;
  • Grupo religioso – igreja;
  • Grupo de lazer – clube,etc;
  • Grupo profissional – empresa, etc;
  • Grupo político – Estado, partidos políticos;



Fonte: Texto “Sociologia – 1º Ano do Ensino Médio” da Profª Bianca Wild 

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