Adaptações necessárias (para uso do Catecismo)
23. A tônica deste Catecismo incide
sobre a exposição doutrinal. Com efeito, a sua intenção é ajudar a aprofundar o
conhecimento da fé. Todo ele se orienta no sentido do amadurecimento da mesma
fé, do seu enraizamento na vida e da sua irradiação no testemunho (10).
24. Pela sua própria finalidade, este
Catecismo não se propõe realizar as adaptações da exposição e dos métodos
catequéticos, exigidas pelas diferenças de culturas, idades, maturidade
espiritual, situações sociais e eclesiais daqueles a quem a catequese se
dirige. Essas indispensáveis adaptações pertencem aos catecismos apropriados e,
sobretudo, àqueles que ministram o ensino aos fiéis:
«Aquele que ensina deve "fazer-se
tudo para todos" (1 Cor 9, 22) para a todos atrair a
Jesus Cristo. [...] Sobretudo, não julgue que lhe está confiada apenas uma
categoria de almas e que, portanto, lhe incumbe o trabalho de ensinar e formar
de modo idêntico, na verdadeira piedade, todos os fiéis, usando sempre um só e
mesmo método! Atendendo a que, em Cristo Jesus, uns são como crianças
recém-nascidas, outros como adolescentes e outro, finalmente, já são efetivamente
adultos, é necessário que pondere com toda a diligência quais são os que
precisam de leite e quais os que carecem de um alimento mais sólido. [...]
Isto mesmo testemunhava de si próprio o Apóstolo. [...] Os que são chamados ao
ministério da pregação devem, ao transmitir o ensino dos mistérios da fé e
das normas dos costumes, adaptar as suas palavras à mentalidade e à
inteligência dos seus ouvintes» (11).
ACIMA DE TUDO — A CARIDADE
25. A concluir esta apresentação, é
oportuno lembrar este princípio pastoral enunciado pelo Catecismo
Romano:
Este é sem dúvida o caminho melhor, que
o mesmo apóstolo seguia quando fundamentava a sua doutrina e ensino na caridade
que não acaba nunca. A finalidade da doutrina e do ensino deve fixar-se toda no
amor, que não acaba. Podemos expor muito bem o que se deve crer, esperar ou
fazer; mas, sobretudo, devemos pôr sempre em evidência o amor de nosso
Senhor, de modo que cada qual compreenda que qualquer ato de virtude
perfeitamente cristão, não tem outra origem nem outro fim senão o amor (12).
Notas:
10. Cf. João Paulo II, Ex. ap. Catechesi
tradendae, 20-22: AAS 71 (1979) 1293-1296; Ibid., 25: AAS 71
(1979) 1207-1298.
11. Catechismus Romanus seu
Catechismus ex decreto Concilii Tridentini ad parochos, Pii V
Pontificis Maximi iussu editus, Praefatio, 11: ed P. Rodríguez (Città
del Vaticano – Pamplona 1989) p. 11.
12. Catechismus Romanus,
Praefatio 10: ed. P. Rodriguez (Città del Vaticano – Pamplona 1989) p. 10.
Fonte: Catecismo da Igreja Católica (versão digital). Disponível: www.catolicoorante.com.br. Acesso: 28/mai/2018
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