Pensar a Ciência (parte 03/05)
Revoluções Científicas
Retratação de Galileu Galilei (1564- 1642)
A geometria clássica euclidiana trabalhava analisando o espaço plano, a geometria atual opera com espaço tridimensional. Podemos notar que não são etapas de uma mesma geometria, mas são duas geometrias distintas. A mudança não ocorreu por meio de uma evolução ou progresso porque são baseadas em conceitos e sistemas diferentes.
Da mesma forma que a física de Aristóteles não é análoga à física de Galileu. O conceito de natureza adotado por Galileu Galilei é diverso do aristotélico, bem como os métodos utilizados são diferentes. Galileu considerado um dos fundadores da física moderna, acreditava que o grande livro da natureza universal estava escrito na linguagem matemática. E, sobretudo, os resultados esperados e o objeto de estudo que se espera conhecer não são iguais.
Para Bachelard, o conhecimento científico transforma-se por meio de uma descontinuidade, a que ele denominou “Ruptura epistemológica”. Essa ruptura acontece quando um conjunto de métodos, conceitos, teorias, instrumentos e procedimentos não alcançam os resultados esperados, ou não dão conta dos problemas propostos. Torna-se necessário desenvolver um novo paradigma, o que atesta que o conhecimento científico prospera por saltos e rupturas. Além disso, o conhecimento científico avança por meio de constantes retificações das próprias teorias. Segundo Bachelard é necessário ter coragem de errar. É a partir da retificação de certos erros que um novo paradigma se estabelece. O erro faz parte de experiência científica.
Para o cientista, o conhecimento sai da ignorância tal como a luz sai das trevas. O cientista não vê que a ignorância é um tecido de erros positivos, tenazes solidários. Não vê que as trevas espirituais têm uma estrutura e que, nestas condições, toda experiência objetiva correta deve implicar sempre a correção de um erro subjetivo (...) o espírito científico só pode se construir destruindo o espírito não científico. (BACHELARD, 1979, p. 06)
Na obra A filosofia do não, Bachelard aponta que a filosofia do não, de forma alguma, está restrita meramente a recusa e a negação; pelo contrário, está mais para uma atitude de conciliação, que permitirá resumir simultaneamente o conhecimento sensível e o conhecimento científico. O processo de negação não implica no abandono das teorias anteriores, mas a tentativa de fazer com que elas convivam simultaneamente. Trata-se de uma superação, um ir além, e a aceitação do diverso. Compreender a noção de Bachelard de ruptura no conhecimento científico é entender de uma maneira totalmente nova a própria história do pensamento científico.
Da mesma forma que a física de Aristóteles não é análoga à física de Galileu. O conceito de natureza adotado por Galileu Galilei é diverso do aristotélico, bem como os métodos utilizados são diferentes. Galileu considerado um dos fundadores da física moderna, acreditava que o grande livro da natureza universal estava escrito na linguagem matemática. E, sobretudo, os resultados esperados e o objeto de estudo que se espera conhecer não são iguais.
Para Bachelard, o conhecimento científico transforma-se por meio de uma descontinuidade, a que ele denominou “Ruptura epistemológica”. Essa ruptura acontece quando um conjunto de métodos, conceitos, teorias, instrumentos e procedimentos não alcançam os resultados esperados, ou não dão conta dos problemas propostos. Torna-se necessário desenvolver um novo paradigma, o que atesta que o conhecimento científico prospera por saltos e rupturas. Além disso, o conhecimento científico avança por meio de constantes retificações das próprias teorias. Segundo Bachelard é necessário ter coragem de errar. É a partir da retificação de certos erros que um novo paradigma se estabelece. O erro faz parte de experiência científica.
Para o cientista, o conhecimento sai da ignorância tal como a luz sai das trevas. O cientista não vê que a ignorância é um tecido de erros positivos, tenazes solidários. Não vê que as trevas espirituais têm uma estrutura e que, nestas condições, toda experiência objetiva correta deve implicar sempre a correção de um erro subjetivo (...) o espírito científico só pode se construir destruindo o espírito não científico. (BACHELARD, 1979, p. 06)
Na obra A filosofia do não, Bachelard aponta que a filosofia do não, de forma alguma, está restrita meramente a recusa e a negação; pelo contrário, está mais para uma atitude de conciliação, que permitirá resumir simultaneamente o conhecimento sensível e o conhecimento científico. O processo de negação não implica no abandono das teorias anteriores, mas a tentativa de fazer com que elas convivam simultaneamente. Trata-se de uma superação, um ir além, e a aceitação do diverso. Compreender a noção de Bachelard de ruptura no conhecimento científico é entender de uma maneira totalmente nova a própria história do pensamento científico.
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