As questões discutidas pela Filosofia contemporânea: As utopias revolucionárias
No século XIX, em decorrência do
otimismo trazido pelas idéias de progresso, desenvolvimento técnico-científico,
poderio humano para construir uma vida justa e feliz, a Filosofia apostou nas
utopias revolucionárias - anarquismo, socialismo, comunismo -, que criariam,
graças à ação política consciente dos explorados e oprimidos, uma sociedade
nova, justa e feliz.
No entanto, no século XX, com o
surgimento das chamadas sociedades totalitárias - fascismo, nazismo, stalinismo
- e com o aumento do poder das sociedades autoritárias ou ditatoriais, a
Filosofia também passou a desconfiar do otimismo revolucionário e das utopias e
a indagar se os seres humanos, os explorados e dominados serão capazes de criar
e manter uma sociedade nova, justa e feliz.
O crescimento das chamadas
burocracias - que dominam as organizações estatais, empresariais,
político-partidárias, escolares, hospitalares - levou a Filosofia a indagar
como os seres humanos poderiam derrubar esse imenso poderio que os governa
secretamente, que eles desconhecem e que determina suas vidas cotidianas, desde
o nascimento até a morte.
Fonte: CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia.
São Paulo: Ed. Ática, 2000.
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