As Grandes Navegações
No inicio do século XV, o mundo conhecido pelos europeus resumia-se ao seu próprio continente (Europa) e partes da África e da Ásia. Algumas cidades italianas, sobretudo Veneza e Génova, dominavam grande parte do comércio realizado no Mar Mediterrâneo. Era o comércio de especiarias e artigos de luxo (cravo, canela, noz-moscada, seda etc.) que vinham do Oriente, principalmente da Índia e da China.
Para também lucrar, alguns países europeus ambicionavam entrar nesse comércio. Contudo, teriam de descobrir um novo caminho para chegar às Índias. Com esse objetivo, começaram a navegar pelo Oceano Atlântico. As longas viagens marítimas foram facilitadas por uma série de invenções: a bússola, a caravela, o astrolábio, a pólvora. Portugal foi o pioneiro das Grandes Navegações. Condições favoráveis contribuíram para isso, como posição geográfica privilegiada, monarquia centralizada, a Escola de Sagres e as grandes invenções, como a bússola, o astrolábio, a pólvora e outros.
Os portugueses queriam chegar às Índias contornando o continente africano. As etapas de suas navegações foram:
•1415 — conquista da cidade de Ceuta, ao norte da África.
•1416 — o Infante D. Henrique fundou, em Sagres, a primeira escola de navegação do mundo.
•1488 — Bartolomeu Dias contornou o Cabo da Boa Esperança, no sul da África.
•1498 — Vasco da Gama chegou a Calicute, nas Índias.
•1500 — Pedro Álvares Cabral tomou posse do Brasil.
Ao tomar posse das terras brasileiras, Portugal passou à condição de metrópole, e o Brasil, à de colônia. Iniciou-se o sistema colonial, pelo qual toda a economia colonial passou a ser controlada pela metrópole. Essa política recebe a denominação de pacto colonial.
A Espanha queria chegar ao Oriente navegando para o Ocidente.
Em 1492, Cristóvão Colombo atingiu uma pequena ilha e pensou que havia chegado às Índias. Entretanto, era uma das ilhas de um novo continente, mais tarde chamado de América.
A disputa entre Portugal e Espanha pelas terras descobertas e por descobrir levou a dois tratados: a Bula Inter Coetera e o Tratado de Tordesilhas.
Pela Bula Inter Coetera, de 1493, um meridiano imaginário deveria cortar o Atlântico a 100 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. Todas as terras descobertas e por descobrir que ficassem a oeste pertenceriam à Espanha. Terras a leste pertenceriam a Portugal.
O governo português não aceitou essa divisão, e por isso foi assinado, em 1494, o Tratado de Tordesilhas, pelo qual o meridiano imaginário foi deslocado para 370 léguas a oeste de Cabo Verde. Essa atitude demonstra que Portugal provavelmente sabia da existência de terras a oeste.
Portugal e Espanha adotavam o mercantilismo uma política econômica cujas principais características eram:
•controle estatal da economia;
•acumulação de metais preciosos;
•exportação maior que a importação;
•protecionismo alfandegário, ou seja taxação elevada sobre produtos importados para desestimular sua com pra e promover a produção nacional
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