As invasões francesas - Resumo
Portugal e Espanha foram os pioneiros na expansão marítima e comercial. Já haviam se apossado de muitas terras quando a França reuniu condições de entrar no movimento das Grandes Navegações.
Já no período pré-colonial (1500-1530), devido à descoberta de pau-brasil em nossas florestas, o litoral brasileiro passou a sofrer ataques de corsários franceses. Eles contaram com a colaboração dos indígenas, que cortavam as árvores e transportavam os troncos até o litoral, em troca de presentes. Além da madeira, levavam também especiarias, ervas medicinais, cocares, peles diversas, papagaios e macacos.
Após 1530, por duas vezes tentaram fundar uma colônia no Brasil: a primeira vez no Rio de Janeiro e a segunda, no Maranhão.
A invasão do Rio de Janeiro (1555-1567)
Na época em que o Brasil colônia vivia sob o governo-geral, na França a religião protestante ganhava cada vez mais força, e o número de adeptos aumentava. Essa situação provocou vários conflitos religiosos no país, e os protestantes franceses, conhecidos como huguenotes, sofreram perseguições violentas por parte dos católicos.
O vice-almirante Nicolau Durand de Villegaignon planejou fundar uma colônia francesa no Brasil, que receberia o nome de França Antártica. Essa colônia tinha como objetivos a exploração comercial dos produtos nativos e servir de abrigo religioso aos huguenotes.
Em 1555, a esquadra de Villegaignon chegou a Baia de Guanabara. Os franceses aportaram numa pequena ilha, a ilha de Seripe (mais tarde chamada Villegaignon), onde edificaram um forte, denominado Forte Coligny. Várias tribos indígenas da região de São Paulo e do Rio de Janeiro se uniram, fazendo uma aliança de guerra, e formaram a Confederação dos Tamoios.
Em 1560, o governador Mem de Sá começou o ataque aos franceses. O Forte Coligny foi destruído. Em 1563, os padres Manuel da Nóbrega e José de Anchieta resolveram negociar a paz com os tamoios. Partiram para Iperoig (atual Ubatuba, no Estado de São Paulo) e, após três meses, conseguiram que o chefe tamoio passasse para o lado dos portugueses. Foi a Paz de Iperoig.
Em 1565, Estácio de Sá, sobrinho do governador que comandara os reforços enviados por Portugal, reuniu embarcações e pessoal, inclusive indígenas tamoios, chefiados por Araribóia, e partiu para o Rio de Janeiro.
Em 01 de março, desembarcou na Baía de Guanabara e fundou, entre os Morros Cara de Cão e Pão de Açúcar, o povoamento de São Sebastião do Rio de Janeiro. Desse povoado, os portugueses atacaram as naus francesas e os indígenas que ainda permaneciam ao lado dos invasores.
Em 1567, Mem de Sá, reunindo novas forças, uniu-se ao seu sobrinho, e eles expulsaram definitivamente os franceses. Estácio de Sá foi ferido no rosto por uma flecha envenenada e morreu. Mem de Sá ordenou a mudança do povoado, e o lugar escolhido foi o Morro de São Januário, mais tarde chamado Morro do Castelo.
Os franceses no Maranhão (1612-1615)
No século XVII, os franceses resolveram organizar outra colônia no Brasil. Daniel de la Touche, senhor de La Ravardière, apoiado pelo governo da França, obteve a concessão de estabelecer essa colônia, a França Equinocial.
Em 1612, os franceses atracaram na ilha do Maranhão, onde ergueram o Forte de São Luis, em homenagem ao rei da França, Luís XIII. A partir desse forte, exploraram a costa até a foz do Rio Amazonas e entraram em contato com povos indígenas.
A expulsão dos franceses foi realizada por Jerônimo de Albuquerque e Alexandre de Moura em 1615. A partir daí, Portugal sentiu que era necessário defender o Nordeste e o Norte brasileiros e deu inicio a um povoamento mais intenso nessas regiões.
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