Mito e razão
Alguns
autores reduzem os mitos a narrativas referentes há tempos antiquados e
elaborados em épocas pré-críticas, isto é, antes do uso de métodos racionais de
estudo e análise. Entendem que o mito tornou-se, com o tempo, mera literatura,
embora encontrem dificuldades para estabelecer com precisão quando teria
cessado a criatividade mítica.
Outros
estudiosos, ao contrário, consideram o pensamento mítico um constante estudo
sobre o homem e a classificação dos caracteres físicos dos grupos humanos,
complementares ao pensamento racional e não um estágio "menos
evoluído" deste.
Apontam, para
demonstrá-lo, sinais de que o pensamento mítico está em operação em muitas das
manifestações culturais contemporâneas como a arte.
O pensamento
racional e científico não seria, portanto, um decifrador de mitos e substituto
do pensamento mítico, mas pode ser capaz de reconhecer sua atualidade.
Enquanto a
astronomia, com suas descobertas, esvaziou os céus, antes povoados de deuses, a
sociologia e a psicologia descobriram forças que se impõem ao pensamento e à
vontade humana, e, portanto, atuam e se manifestam de modo independente.
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