Período helenístico
Trata-se do último período da Filosofia antiga, quando a polis
grega desapareceu como centro político, deixando de ser referência principal
dos filósofos, uma vez que a Grécia encontra-se sob o poderio do Império
Romano. Os filósofos dizem, agora, que o mundo é sua cidade e que são cidadãos
do mundo. Em grego, mundo se diz cosmos e esse período é chamado o da
Filosofia cosmopolita.
Essa época da Filosofia é constituída por grandes sistemas
ou doutrinas, isto é, explicações totalizantes sobre a Natureza, o homem, as
relações entre ambos e deles com a divindade (esta, em geral, pensada como
Providência divina que instaura e conserva a ordem universal). Predominam
preocupações com a ética - pois os filósofos já não podem ocupar-se diretamente
com a política -, a física, a teologia e a religião.
Datam desse período quatro grandes sistemas cuja influência
será sentida pelo pensamento cristão, que começa a formar-se nessa época:
estoicismo, epicurismo, ceticismo e neoplatonismo.
A amplidão do Império Romano, a presença crescente de
religiões orientais no Império, os contatos comerciais e culturais entre
ocidente e oriente fizeram aumentar os contatos dos filósofos helenistas com a
sabedoria oriental. Podemos falar numa orientalização da Filosofia, sobretudo
nos aspectos místicos e religiosos.
Fonte:
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia.
São
Paulo: Ed. Ática, 2000.
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