Técnica e sociedade
As transformações das técnicas alteram as relações sociais. Enquanto
o mundo agrícola e artesanal é marcado pela tradição, e fixa o homem ao campo,
o advento das fábricas no século XVII estimula o aperfeiçoamento das máquinas e
acelera o crescimento das cidades. Estabelecem-se novas relações de produção
com o aparecimento da classe proletária assalariada e dos capitalistas
detentores dos meios de produção.
O auge do desenvolvimento do sistema fabril se dá no século XIX,
sobretudo na Inglaterra. O setor secundário (indústria) se sobrepõe em
importância ao setor primário (agricultura), definindo as características dos
países industrializados e, portanto, modernos: urbanização, utilização de
várias formas de energia, organização hierarquizada da empresa, técnico especializado versus operário semiqualificado.
A partir de meados do século XX constata-se uma transformação talvez
tão radical como aquela ocorrida no início da era moderna. Na atual sociedade pós-industrial, a produção de
bens materiais passa a exigir a ampliação dos serviços (setor terciário).
Nessas circunstâncias, a tecnologia que conta é em última análise a informação; basta ver como o cotidiano
de todos se acha marcado pelo consumo de
serviços de saúde, educação, recreação, comunicação, publicidade, empresas
de comércio e finanças. Isso não significa que o setor secundário (industrial) perdeu
importância, mas que também ele sofre alterações decorrentes da informatização.
Fonte:
ARANHA, Maria
Lúcia de Arruda e MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de Filosofia. São
Paulo, Moderna, 2000 (edição digital).
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