Civilização Egípcia – Resumo (Parte 04/04)
Religião
A religião desempenhou importante papel na vida dos egípcios e deixou marcas em quase todos os setores: nas artes, na literatura, na filosofia e até mesmo nas ciências. Os egípcios eram politeístas, acreditando em muitos deuses antropomórficos e zoomórficos, dentre os quais se destacavam: Rá, Osíris, Isis, Hórus. Certos animais eram considerados sagrados, como o gato, o crocodilo, o escaravelho, o boi.
Os egípcios acreditavam na imortalidade da alma e na sua volta para o mesmo corpo. Essa crença levou-os a desenvolver técnicas para a conservação dos corpos dos mortos.
A mais sofisticada delas foi a mumificação, um processo caro, só acessível aos privilegiados. Junto ao morto, eram colocados alimentos, armas, ferramentas etc., de que, segundo acreditavam, ele iria precisar quando ressuscitasse.
Acreditava-se também que a alma era julgada por um tribunal presidido pelo deus Osíris. Eram apresentadas as ações boas ou más do falecido, para se julgar se ele merecia o castigo ou a salvação eterna. Seu coração era colocado num dos pratos de uma balança e, no outro, uma pena. Se os pratos se equilibrassem, a alma estaria salva.
As pessoas mais ricas compravam dos sacerdotes o Livro dos Mortos, um conjunto de fórmulas mágicas, escritas num papiro, que facilitariam sua salvação após a morte. Com a venda dessas fórmulas, muitos sacerdotes enriqueceram.
Durante o Novo Império, o faraó Amenófis IV fez uma reforma religiosa, impondo o monoteísmo. Aton, representado pelo disco solar, era o único deus, e o próprio faraó mudou o seu nome para Aquenaton. Essa reforma religiosa teve também caráter político, pois o faraó pretendia reduzir a autoridade dos sacerdotes. Porém, o monoteísmo teve curta duração, e o faraó seguinte, Tutancâmon, restaurou o politeísmo.
A escrita dos egípcios
Os egípcios possuíam três sistemas de escrita: o demôtico (mais popular), o hierático (utilizado pelos sacerdotes) e o hieroglífico (mais complexo, utilizado pelos escribas). Em 1822, a escrita egípcia foi decifrada por Jean-François Champollion, graças a um bloco de pedra encontrado na região de Rosetta pelos soldados de Napoleão Bonaparte, quando da campanha do Egito. Esse bloco, que passou a ser conhecido como Pedra de Rosetta, trazia um texto em três escritas: hieroglífica, demótica e grega.
A decifração da escrita permitiu a tradução de textos que revelaram muito da história e do cotidiano do povo egípcio. Também ficaram conhecidos textos poéticos de grande sensibilidade.
As artes e ciências
Os egípcios desenvolveram a arquitetura, a pintura e a escultura. Na arquitetura, destaca-se a construção de pirâmides, palácios e templos amplos e sólidos. A pintura e a escultura eram auxiliares da arquitetura. Na pintura, não utilizavam a perspectiva, e as figuras eram representadas sempre de perfil.
Nas ciências, os egípcios desenvolveram a astronomia, a matemática e a medicina, que estavam voltadas para a resolução de problemas práticos do cotidiano, como o controle das inundações, a construção de canais de irrigação, o combate às doenças etc.
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