Filosofia da Ilustração ou Iluminismo e Filosofia Contemporânea
Filósofos Iluministas
Filosofia da Ilustração ou Iluminismo (meados do século
XVIII ao começo do século XIX)
Esse período também crê nos poderes da razão, chamada de As
Luzes (por isso, o nome Iluminismo). O Iluminismo afirma que:
● pela razão, o homem pode conquistar a liberdade e a
felicidade social e política (a Filosofia da Ilustração foi decisiva para as
idéias da Revolução Francesa de 1789);
● a razão é capaz de evolução e progresso, e o homem é um
ser perfectível. A perfectibilidade consiste em liberar-se dos preconceitos
religiosos, sociais e morais, em libertar-se da superstição e do medo, graças
as conhecimento, às ciências, às artes e à moral;
● o aperfeiçoamento da razão se realiza pelo progresso das
civilizações, que vão das mais atrasadas (também chamadas de “primitivas” ou
“selvagens”) às mais adiantadas e perfeitas (as da Europa Ocidental);
● há diferença entre Natureza e civilização, isto é, a
Natureza é o reino das relações necessárias de causa e efeito ou das leis naturais
universais e imutáveis, enquanto a civilização é o reino da liberdade e da
finalidade proposta pela vontade livre dos próprios homens, em seu
aperfeiçoamento moral, técnico e político.
Nesse período há grande interesse pelas ciências que se
relacionam com a idéia de evolução e, por isso, a biologia terá um lugar
central no pensamento ilustrado, pertencendo ao campo da filosofia da vida. Há
igualmente grande interesse e preocupação com as artes, na medida em que elas
são as expressões por excelência do grau de progresso de uma civilização.
Data também desse período o interesse pela compreensão das
bases econômicas da vida social e política, surgindo uma reflexão sobre a
origem e a forma das riquezas das nações, com uma controvérsia sobre a
importância maior ou menor da agricultura e do comércio, controvérsia que se
exprime em duas correntes do pensamento econômico: a corrente fisiocrata (a
agricultura é a fonte principal das riquezas) e a mercantilista (o comércio é a
fonte principal da riqueza das nações).
Os principais pensadores do período foram: Hume, Voltaire,
D’Alembert, Diderot, Rousseau, Kant, Fichte e Schelling (embora este último
costume ser colocado como filósofo do Romantismo).
Filosofia contemporânea
Abrange o pensamento filosófico que vai de meados do século
XIX e chega aos nossos dias. Esse período, por ser o mais próximo de nós,
parece ser o mais complexo e o mais difícil de definir, pois as diferenças
entre as várias filosofias ou posições filosóficas nos parecem muito grandes
porque as estamos vendo surgir diante de nós.
Para facilitar uma visão mais geral do período, faremos, no
próximo capítulo, uma contraposição entre as principais idéias do século XIX e
as principais correntes de pensamento do século XX.
Fonte:
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia.
São
Paulo: Ed. Ática, 2000.
5 de março de 2018 às 22:07
Muito bom
20 de novembro de 2018 às 16:29
Adoreiii