"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

A economia no segundo reinado (Resumo)

A economia cafeeira

Durante a segunda metade do século XIX, o café sustentou a economia brasileira. Originário da Abissínia, foi trazido no século XVIII pelos franceses para a Guiana Francesa e, em 1727, introduzido por Francisco de MeIo Palheta nas regiões próximas a Belém do Pará. Em 1761, João Alberto Castelo Branco levou algumas sementes para o Rio de Janeiro, onde o produto se desenvolveu graças a mão-de-obra abundante, facilidades de transporte e proximidade do porto.
Do Rio de Janeiro, a lavoura cafeeira espalhou-se para províncias vizinhas (Vale do Paraíba) e, em alguns anos, o Brasil tornou-se o maior produtor mundial.
De início, manteve-se a estrutura colonial de produção: mão-de-obra escrava, latifúndio e monocultura, atendendo ao modelo econômico agrário-exportador.
No final do período monárquico, a terra roxa e a mão-de-obra dos imigrantes tornaram São Paulo o grande produtor nacional de café. A acumulação de capital aí gerada favoreceu o desenvolvimento industrial paulista.


O café na década de 1870

Declínio das áreas fluminense e vale - paraibana: devido à escassez de terras próprias para o cultivo do café, má distribuição dos cafeeiros, acelerado esgotamento das reservas naturais e utilização de tecnologia rudimentar, tanto no preparo da terra, quanto no beneficiamento do produto. O fim do tráfico negreiro, em 1850, também influenciou.
Ascensão do Oeste Paulista: condições geoclimáticas favoráveis (terra roxa), topografia pouco acidentada, técnicas mais sofisticadas no plantio e beneficiamento do produto, o que reduziu o custo de produção e aumentou a produtividade.

O café provocou várias transformações no Brasil.

  • a implantação e o desenvolvimento do sistema ferroviário;
  • as atividades industriais de máquinas de beneficiamento de café e sacaria, além do incentivo à indústria têxtil;
  • o crescimento e o surgimento de diversas cidades;
  • a dinamização do comércio de importação e exportação e do sistema bancário;
  • a introdução do trabalhador livre e assalariado depois da extinção do tráfico negreiro, em 1850.

A indústria brasileira

Em meados do século XIX, alguns fatores favoreceram o aparecimento de indústrias no Brasil. Os capitais liberados com a extinção do tráfico de escravos e acumulados com as exportações de café foram aplicados em atividades industriais. Além disso, em 1844, o ministro da Fazenda, Alves Branco, elevou as tarifas alfandegárias sobre as importações, protegendo a indústria nacional.

No desenvolvimento industrial da época, destacou-se Irineu Evangelista de Sousa, Barão e Visconde de Mauá. Algumas de suas realizações: a construção da Estrada de Ferro Mauá, ligando o Rio de Janeiro à raiz da Serra de Petrópolis; a construção do estaleiro de Ponta de Areia, em Niterói; a organização da Companhia de Navegação do Rio Amazonas; a introdução da iluminação a gás no Rio de Janeiro; também colaborou para a instalação do telégrafo submarino ligando o Brasil à Europa.

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