A “Nova” República
“O neoliberalismo reinterpreta
o processo histórico de cada país: os vilões do atraso econômico passam a ser
os sindicatos, e junto com eles, as conquistas sociais... Ao mesmo tempo, a
direita, os conservadores, se reconvertem à modernidade na sua versão
neoliberal, via privatizações e um modelo de Estado mínimo.” (Emir
Sader)
“A doutrina neoliberal nunca
foi implementada completamente por qualquer governo.”
(Perry Anderson)
“Todo o político prático ou
administrador que pensa que está agindo de acordo com o senso comum, na verdade
segue as idéias de algum economista maluco já falecido.”
(John Maynard KEYNES: 1883-1946)
Para onde vamos?
“O Brasil está mudando” – esta frase foi muito ouvida na chamada “Nova
República”. De certo modo, expressava o que muitos brasileiros gostariam que
acontecesse. Mas será que o novo mais uma vez não vinha misturado com o velho?
Sarney e Collor se criaram no regime militar. Itamar e FHC vieram da oposição
consentida pela ditadura, nunca foram “opositores” de fato... Velho dilema
brasileiro: mais se muda, mais permanece a mesma coisa. Quando não piora muito,
como tem acontecido nos últimos desgovernos que temos tido... Tancredo, Sarney,
Indiana Collor, Itamar e FHC. Um novo Brasil com velhas coisas: Inflação,
miséria, violência, corrupção, desigualdade social, compadrio, práticas de
favor, políticos venais. Pouca coisa mudou de fato desde que as primeiras
caravelas lusitanas chegaram por aqui.
Fontes
bibliográficas:
História do Brasil – Luiz Koshiba –
Ed. Atual
História Crítica do Brasil – Mário
Schmidt – Ed. Novos Tempos
História do Brasil – Boris Fausto –
Ed. Difel
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