"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Entendendo nossa democracia: 4. Finalizando




Muito bem, então o que fazer, hein?
Primeiro entender que é nas eleições para vereadores, prefeitos, deputados e senadores que se provoca a verdadeira mudança. São eles que aprovam as leis para mudar isso tudo que está aí. Mas essas eleições não têm charme, não é? E deixamos pra lá, pro último momento, escolhendo o candidato que alguém indicar e fica por isso mesmo.
Neste caso, a minha recomendação é: se você não tem um candidato confiável, opte pela renovação. Vote em gente nova, com ideias novas, com uma história de empreendedorismo em sua área de atuação. Troque a velharia que lá está. Não vote no sujeito porque ele é pobrezinho, feinho, fala engraçadinho, ou é apenas um palhaço. Agindo assim você não ajuda a subir o nível de nossa representação.  Se é pra votar no palhaço porque faz palhaçada, é preferível votar em branco.
Se você não confia em ninguém, vote no que parecer menos ruim! Assim existe alguma chance de provocar uma mudança. 

A verdadeira reação possível está depois das eleições: transformar a indignação, a dúvida e o desprezo em ações efetivas de cobrança sobre o seu vereador, seu deputado, seu senador e sobre o presidente eleito. Lá em junho de 2013 a gente mostrou que é possível fazer pressão. Não deu em nada, porque a gente parou a pressão e aquilo estava tudo comandado, né? Mas os políticos acabaram se acomodando.
Você percebeu, hein? Só achar ruim não vai mudar nada. Pelo contrário.
O que dá pra fazer é não aceitar bovinamente as mentiras, desmascarar a falsidade, ridicularizar os malandros, chamar bandido de bandido e vigarista de vigarista, defender a lei e deixar claro que punguista eleitoral não tem mais vez. Só assim podemos pensar em provocar alguma mudança.
Coisinhas simples que, se um dia o brasileiro soube fazer, parece que desaprendeu…
Olha, hoje temos à disposição dezenas de sites com a ficha corrida dos candidatos. Não dá mais pra dizer “eu não sabia”. E também tem um monte de candidatos que nunca concorreram antes. Dá pra apostar numa renovação, sim senhor.

Bom voto.

Adaptado de Café Brasil de Luciano Pires

1 Response to "Entendendo nossa democracia: 4. Finalizando"

  1. Crislane Oliveira says:
    5 de outubro de 2018 às 00:18

    Como prometido, fez refletir! Parabéns!