"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

O período entreguerras - Resumo (Parte 06/07)

Benito Mussolini

O fascismo na Itália

Após o término da Primeira Guerra Mundial, a Itália era governada por uma monarquia parlamentar, dirigida pelo rei Vítor Emanuel III. Atravessava uma grave crise econômica, desemprego, miséria e inflação. As agitações eram constantes.
Benito Mussolini, ex-combatente da Primeira Guerra Mundial, ex-redator do jornal Avanti e ex-socialista, organizou em 1919 os “fascios de combate”, também conhecidos como “camisas negras”, que eram grupos de choque, para pôr fim às manifestações sociais. Nesse mesmo ano, os fascistas foram derrotados nas eleições parlamentares.
Em 1921, foi fundado o Partido Nacional Fascista, mas, nas eleições do ano seguinte, os fascistas foram novamente derrotados. Mussolini organizou, então, a Marcha sobre Roma (outubro de 1922), na qual milhares de seus partidários foram para a capital.
O rei Vitor Emanuel III foi obrigado a nomear Mussolini para o cargo de primeiro-ministro. Os fascios foram convertidos numa milícia para a segurança do Estado.
Nas eleições de 1924, os fascistas ficaram com a maioria no Parlamento. A oposição denunciou a fraude eleitoral, mas sofreu violenta repressão e seu líder, Matteotti, foi raptado e assassinado pelos camisas negras. Mussolini assumiu o poder como Duce, “condutor” concretizando o Estado fascista. A imprensa oposicionista foi fechada e, por meio da OVRA (polícia política fascista), houve perseguições aos socialistas e comunistas.
Uma das características da ideologia fascista é a exaltação do chefe e, segundo ela, um grande povo necessita de um grande homem como guia e a ele deve total obediência. Na Itália, em muitos lugares, principalmente nas salas de aula, figurava a seguinte frase: “Mussolini não erra nunca”
Em 1929, solucionando a Questão Romana, ao assinar o Tratado de Latrão, reconhecendo o Estado do Vaticano, Mussolini passou a contar com o apoio do clero. O catolicismo foi transformado em religião oficial do Estado fascista italiano.
Com o apoio das classes dominantes, Mussolini procurou desenvolver a economia da Itália. Mas a crise mundial de 1929 atingiu também os italianos. Para tentar superá-la, Mussolini aumentou a produção de armamentos e voltou-se para a expansão colonialista, tentando conquistar novos mercados. Em 1936, a Itália invadiu a Abissínia (atual Etiópia), no norte da África. A Sociedade das Nações, apesar de inúmeros protestos, acabou por aceitar o fato. Mussolini aliou-se à Alemanha e ao Japão em diversas questões internacionais.

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