"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

A Primeira Guerra Mundial – Resumo (Parte 01/05)


Graças à sua indústria, a Inglaterra dominava a maioria dos mercados consumidores mundiais. Mas a indústria da Alemanha, logo após a unificação, desenvolveu-se e o pais passou a procurar mercados consumidores e fontes de matérias - primas.
O governo alemão projetou a construção de uma estrada de ferro ligando a cidade de Berlim a Bagdá, com a finalidade de ter acesso ao petróleo do Golfo Pérsico e aos mercados orientais. A Inglaterra opôs-se a esse projeto, porque criaria dificuldades para o comércio com suas colônias. Para deter o avanço da Alemanha, os ingleses procuraram alianças. Em 1904, a França aliou-se à Inglaterra porque, quando perdeu os territórios da Alsácia-Lorena, sua indústria ficou prejudicada com a falta de minas de ferro e carvão. Os nacionalistas franceses pregavam o revanchismo e a recuperação dos territórios perdidos. Finalmente, a França e a Alemanha disputaram o domínio do Marrocos, país ao norte da África. Ao mesmo tempo, eclodiu a chamada crise dos Bálcãs. Em 1908, dois Estados eslavos, a Bósnia e a Herzegóvina, foram anexados ao Império Austro-húngaro, contrariando o ideal nacionalista, o pan-eslavismo, a união e a autodeterminação dos povos eslavos. Os governos dos países capitalistas clamavam pela paz, mas estimulavam a fabricação de armamentos e recrutavam civis para o exército. O militarismo cresceu e era cada vez mais difícil manter o equilíbrio entre as nações imperialistas. Os focos de tensão e a disputa pela supremacia levaram os países europeus à corrida armamentista.
Para defender seus interesses, as nações européias buscaram alianças. Surgiram dois blocos: a Inglaterra, a França e a Rússia formaram a Tríplice Entente, e a Alemanha, o Império Austro-húngaro e a Itália, a Tríplice Aliança.
No dia 28 de junho de 1914, o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império Austro-húngaro, em visita a Sarajevo, capital da Bósnia, foi assassinado. A responsabilidade do assassinato coube a um estudante que fazia parte de uma sociedade secreta da Sérvia, a Mão Negra. Esse foi o estopim para a deflagração da Primeira Guerra Mundial.

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