Fernando Collor: Modernidade e Impeachment.
Com uma carreira
política construída no Estado de Alagoas durante os anos da ditadura militar,
Fernando Collor de Mello é o primeiro presidente eleito por voto direto desde
1960, vencendo, no segundo turno das eleições de 89, Lula (42,75% x 37,86%).
Toma posse em 15 de março de 90, para um mandato de cinco anos. Anuncia a
chegada da “modernidade” econômica: livre mercado, fim dos subsídios, redução
do papel do Estado e um amplo programa de privatização. Já em sua posse, assina
20 medidas provisórias e três decretos relativos à economia e à extinção de
órgãos governamentais de cultura e educação. Ato contínuo, decreta o Plano
Collor de combate à inflação: extingue o cruzado novo e reintroduz o cruzeiro,
confisca o saldo das cadernetas de poupança, contas correntes e demais
investimentos acima de 50 mil cruzeiros.
O governo Collor
será abalado por uma sucessão de escândalos. Um esquema de corrupção envolvendo
o próprio presidente provoca, em meio a gigantescas manifestações populares, a
abertura do processo de impeachment.
O presidente é
afastado provisoriamente em 29 de setembro de 92 e em caráter definitivo em 29
de dezembro do mesmo ano. Assume Itamar
Cautiero Franco que dará continuidade ao programa econômico de Collor, ainda
que se mostrasse hesitante, dado a atitudes explosivas e populistas. Em 20 de
maio de 93, Fernando Henrique Cardoso assume o Ministério da Fazenda do governo
Itamar. Com a inflação acumulada em 2.708,55%, em dezembro deste ano é anunciado
o Plano Real.
Fonte:
CLIO História: Textos e Documentos
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