Plano Real
As primeiras medidas de
estabilização da economia que levam ao Plano Real são tomadas em 1993. Em 1º de
julho de 1994, o ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, do governo
Itamar Franco, lança o Plano Real, que se destaca por buscar a estabilização
sem usar recursos tradicionais como o congelamento de preços e salários. As
medidas visam conter os gastos públicos, acelerar o processo de privatização
das estatais, controlar a demanda por meio da elevação dos juros e pressionar
diretamente os preços pela facilitação das importações. Com o plano, a moeda,
que havia mudado de cruzeiro para cruzeiro real em agosto de 1993, muda para
real em julho de 1994. O programa prevê continuação da abertura econômica do país
e medidas de apoio à modernização das empresas.
Durante o governo Fernando
Henrique, que toma posse em 1995, o Plano Real continua apresentando bons resultados
quanto ao combate à inflação. O desemprego, contudo, aumenta. Na agricultura,
cerca de 1,5 milhão de postos de trabalho desaparecem entre 1995 e 1996, por
causa do uso de novas tecnológicas no campo. Na indústria, a busca por novos
ganhos de produtividade também contribui para o aumento do desemprego no setor.
A melhora na distribuição de renda é pequena. No final de 1997, o governo sobe
a taxa de juros e lança um pacote fiscal para reduzir as despesas do governo e
melhorar as receitas. Em 1998, o país é atingido ainda mais duramente pela
crise financeira mundial. Há desaquecimento da economia e um significativo
aumento do desemprego. O governo aumenta os juros e recorre a empréstimos
internacionais para equilibrar as finanças internas.
Fonte:
CLIO História: Textos e Documentos
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