"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Greves, Passeatas, Anistia, Diretas-Já: a crise e o fim da Ditadura Militar.


A greve dos metalúrgicos de Osasco, SP, e de Contagem, MG, ambas em 1968, são as últimas mobilizações operárias dos anos 60. Dez anos depois, em 12 de maio de 1978, a greve de 1600 operários da Saab-Scania, na região industrial do ABC paulista, marca a volta do movimento operário à cena política. Em junho, o movimento espalha-se por SP, Osasco e Campinas. A partir daí, a mobilização popular contra a ditadura é sempre crescente, culminando nas grandes manifestações pelas Diretas-Já. A primeira, organizada pelo PT em 27 de novembro de 83, reúne cerca de 10 mil pessoas em SP. Em 84, os atos de SP e RJ reúnem mais de l milhão de pessoas cada um. Apesar da mobilização, a emenda Dante de Oliveira (que restabelecia as diretas) é reprovada pelo Congresso. Abria-se, assim, o caminho para a “transição conservadora”. A eleição de Tancredo Neves no colégio eleitoral, com os votos da dissidência do PDS liderada por José Sarney, seu vice, põe fim ao período militar. O PT se recusa a comparecer ao Colégio Eleitoral sob o argumento de não compactuar com a farsa das eleições indiretas. Tancredo não chegará a tomar posse: morre em 21 de abril de 84, assumindo seu vice, José Sarney, que governará o país até a posse de Fernando Collor, em janeiro de 1990.


Fonte: CLIO História: Textos e Documentos

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