"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Éolo


A mitologia grega apresenta três personagens com o mesmo nome de Éolo, cujas tradições se confundem, o que acarreta certa confusão para essa figura. Um dos heróis com o nome de Éolo é o rei mítico da Magnésia, na Tessália, filho de Helena e pai de Sísifo. Foi o ancestral dos eólios e deu nome à terra em que viviam, a Eólia, na costa oeste da Anatólia. Seus filhos Cânace e Macareu cometeram incesto e depois se suicidaram. A história deles serviu de tema à tragédia Éolo, de Eurípides, que se perdeu. O segundo personagem de nome Éolo é neto do mesmo rei da Magnésia e filho do deus Posêidon com Melanipe. Quando esta deu à luz gêmeos, seu pai mandou cegá-la, prendeu-a num calabouço e expôs as crianças à intempérie. Teano, esposa do rei da Icária, ameaçada de abandono pelo marido por não conceber, acolheu os dois, mas pouco depois deu também à luz gêmeos. Mais tarde, sugeriu aos filhos legítimos que matassem Éolo e Beoto, mas como estes eram filhos de um deus, levaram a melhor e mataram os filhos de Teano. O rei, que preferia os adotivos, soube da verdadeira história, mandou matar Teano e casou-se com Melanipe. Homero, na Odisséia, fala de um Éolo, filho de Posêidon. Rei dos ventos, acolheu Ulisses em sua ilha e deu-lhe um odre, em que guardava os ventos adversos. Em liberdade ficou apenas Zéfiro, que soprava suavemente sobre as velas das naus. Enquanto Ulisses dormia, seus companheiros, à procura de vinho e de ouro, abriram o odre e desencadearam uma tormenta que acabou por devolvê-los à Eólia. Esse episódio levou Éolo a pensar que os deuses perseguiam Ulisses e seus companheiros e, por isso, negara-lhes ajuda para prosseguir viagem.

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