Asclépio / Esculápio
O culto a Asclépio/Esculápio, deus greco-romano da medicina, teve muito prestígio no mundo antigo, quando seus santuários converteram-se em sanatórios. Os textos primitivos não concediam caráter divino a Esculápio, que os gregos chamavam Asclépio. Homero o apresenta na Ilíada como um hábil médico e Hesíodo e Píndaro descrevem como Zeus o fulminou com um raio, por pretender igualar-se aos deuses e tornar os homens imortais. Com o tempo, passou a ser considerado um deus, filho de Apolo e da mortal Corônis, com o poder de curar os enfermos. Seu templo mais famoso era o de Epidauro, no Peloponeso, fundado no século VI a.C. O teatro dessa cidade foi construído para acolher os peregrinos que acorriam para a festa em honra de Esculápio, a Epidauria. Era também patrono dos médicos e sua figura aparecia nos ritos místicos de Elêusis. Seu culto foi iniciado em Roma por ordem das profecias sibilinas, conjunto de oráculos do ano 293 a.C. Na época clássica, Esculápio era representado, quer sozinho, quer com sua filha Higia (a saúde), como um homem barbudo, de olhar sereno, com o ombro direito descoberto e o braço esquerdo apoiado em um bastão, o caduceu, em volta do qual se enroscam duas serpentes, e que se transformou no símbolo da medicina.
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