"Nada se espalha com maior rapidez do que um boato" (Virgílio)

Ares


Uma das 12 grandes divindades do panteão helênico, Ares, deus da guerra, não era muito apreciado pelos gregos, que davam prioridade aos valores do espírito e à sabedoria. Ares era filho de Zeus, deus supremo grego, e de Hera. Sua figura representava o espírito violento e combativo, que só encontra prazer nas batalhas. Embora dotado de força extraordinária, era continuamente enganado por outros deuses que, como Atena - personificação da sabedoria -, sabiam tirar proveito de sua pouca inteligência. Ares era representado com couraça, capacete, lança e escudo. No combate, sua presença era anunciada com ferozes gritos de guerra que provocavam pânico. Lutava a pé ou num carro puxado por cavalos, às vezes em companhia dos filhos que teve com Afrodite: Deimos (o Medo) e Fobos (o Terror), e outras vezes com sua irmã Éris (a Discórdia). Segundo a mitologia, foi vencido em várias ocasiões. Os Aloídas o derrotaram e o encerraram numa urna de bronze durante 13 meses. Segundo se narra no canto V da Ilíada, o herói Diomedes, ajudado pela astuta Atena, conseguiu ferir Ares, que se refugiou no Olimpo. Ares manteve constantes aventuras amorosas com mulheres mortais, de que resultaram seus filhos Alcipe, Ascálafo e Flégias, entre outros. Seus amores com Afrodite foram descobertos pelo marido desta, Hefesto, que envolveu astutamente os amantes numa rede para levá-los ante o soberano juízo dos deuses e assim demonstrar a traição. Em Roma, com o nome de Marte, recebeu maior veneração que entre os gregos, sobretudo por parte das legiões romanas.

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