Sísifo
De maneira semelhante a Prometeu, Sísifo encarnava na mitologia grega a astúcia e a rebeldia do homem frente aos desígnios divinos. Sua audácia, no entanto, motivou exemplar castigo final de Zeus, que o condenou a empurrar eternamente, ladeira acima, uma pedra que rolava de novo ao atingir o topo de uma colina, conforme se narra na Odisséia. Sísifo é citado na Ilíada de Homero como filho de Éolo (iniciador da estirpe dos eólios). Rei de Éfira, mais tarde Corinto, é tido como o criador dos Jogos Ístmicos celebrados naquela cidade e como o mais astuto dos homens. Em relatos posteriores a Homero, aparece como pai de Ulisses, que teria gerado com Anticléia. A lenda mais conhecida sobre Sísifo conta que aprisionou Tânato, a morte, quando esta veio buscá-lo, e assim impediu por algum tempo que os homens morressem. Quando Tânato foi libertada, por interferência de Ares, Sísifo foi condenado a descer aos infernos, mas ordenou à esposa, Mérope, que não enterrasse seu corpo nem realizasse os sacrifícios rituais. Passado algum tempo, pediu permissão a Hades para regressar à Terra e castigar a mulher pela omissão e não voltou ao além-túmulo senão muito velho. Sua punição final reafirma uma provável concepção grega do inferno como lugar onde se realizam trabalhos infrutíferos.
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